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A Psicologia ao Direito

Por:   •  25/3/2017  •  Tese  •  865 Palavras (4 Páginas)  •  1.028 Visualizações

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3- Ana Lúcia foi casada com Joaquim durante 13 anos, juntos tiveram dois filhos: Thiago(10 anos) e

Beatrice (8 anos). O casal se conheceu na adolescência, tinham uma relação bastante afetiva marcada

por muita cumplicidade e comunhão de vidas. Muitas foram as conquistas afetivas e de crescimento

mútuo: viajaram juntos, gostavam de ler Raduam Nassar, ouvir Amy Winne house, adoravam Dorival

Caymmi e curtiam blues das antigas. Dentre as muitas conquistas juntos, compraram um amplo

apartamento em um bairro confortável de sua cidade, assim como economizaram em pequenos luxos

para obtenção da confortável casa de praia em que as crianças podiam correr pelo quintal com pés

descalços e plantar e hortinha com alfaces e salsa. Todavia, após o nascimento de Beatrice, Ana Lúcia

pediu demissão do emprego e ficou em casa para dedicar-se aos filhos, gostava da maternagem e queria

acompanhar cada detalhe do desenvolvimento das crianças, isso a deixava absurdamente feliz. E vendo

a felicidade e bem estar de seus filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter as despesas da casa, foi um

entusiasta da nova situação.

Joaquim, em função de uma maior responsabilidade com as despesas da casa foi trabalhar numa outra

empresa que tomava-lhe muito tempo e dedicação. Não era um trabalho criativo e nem tão pouco era

uma atividade que ele gostava de exercer, mas o fazia já que havia ganhos financeiros maiores que o

emprego anterior.

Nos três últimos anos de casamento, Joaquim manteve-se frio e distante de Ana Lúcia sem nenhum

motivo aparente. Ao perguntar o motivo da mudança de comportamento, Joaquim dizia que precisava

trabalhar muito para manter o padrão de vida da família e não tinha “cabeça” para afetos e/ou sexo. Este

último era feito de maneira mecânica e sem a magia de outrora. Em conversas com amigas, estas diziam

que se tratava de um comportamento normal advindo do cansaço, da presença dos filhos e da idade dos

homens.

Ana Lúcia sentia-se culpada por gastar demais e por ter parado de trabalhar e ao perceber o cansaço e

olheiras de seu marido se consumia emocionalmente. Tentava estimular sexualmente seu marido, assim

como buscava agradar-lhe de todas as formas mas não lograva êxito. A esposa buscou ajuda em

psicoterapias, centro espírita e até cartomantes e nada conseguiu mudar o comportamento frio

que Joaquim estabelecia com sua esposa. Não conseguindo suportar a permanência daquele tão frio

tratamento, Ana Lúcia, mesmo apaixonada por seu marido, procurou uma advogada de sua confiança e

entrou com o pedido de divórcio.

Ana Lúcia acreditava que tinha sido a grande culpada do fracasso do seu casamento, sofria com a

saudade que seus filhos sentiam do pai e nos dias que Joaquim levava as crianças para a visita na casa

da avó paterna, após a saída das crianças, Ana Lúcia chorava quieta e sozinha no sofá da sala. Em

função desta silenciosa culpa e compaixão com o cansaço de Joaquim, Ana Lúcia deixou a casa de praia

integralmente com Joaquim (a casa passou a pertencer somente a Joaquim), enquanto o apartamento

que ambos adquiriram foi dividido e mantinha-se no nome dos dois. Após a separação, com as crianças

maiores, Ana Lúcia retornou ao mercado de trabalho e por ter uma formação acadêmica melhor que

Joaquim, conseguiu uma boa colocação numa grande e poderosa empresa na área de telecomunicações.

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