A Revolução dos Bichos

Sobre o autor

Eric Arthur Blair (Motihari, Índia Britânica, 25 de junho de 1903 — Camden, Londres, Reino Unido, 21 de janeiro de 1950), mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita. Apontado como simpatizante da proposta anarquista, o escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo. Sua hostilidade ao stalinismo e pela experiência do socialismo soviético,[6] um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico A Revolução dos Bichos. (FONTE WIKIPEDIA)

Resenha Crítica

O livro A Revolução dos Bichos apresenta uma série de comparações, inicialmente observa-se que o Sr. Jones (Fazendeiro da Granja) remete-se a uma figura de Estado, no qual exige dos bichos trabalho e sustento, os bichos por sua vez remetem-se ao povo, a população a qual se vê acuada e oprimida pela pessoa do Sr. Jones.

Inicialmente os bichos só trabalham e quase nada ganham em troca, até que aparece a figura em que muda todo esse senário, o Major, um porco já experiente que propõe a revolução. Em certo dia ele explica para os bichos que tudo que acontece na granja deriva deles, que Jones só é forte por conta dos bichos que fazem todo o trabalho e ainda sim não são justamente retribuídos, muito pelo contrario, são inúmeras vezes maltratados por Jones. Dias após a explicação o Major morre.

Os animais aderem a ideia do Major e um dia de muita fome e revolta a revolução enfim acontece, eles tomam o poder e a granja é toda dos bichos, agora todos comungam de uma ideia igualitária de um lugar melhor para os bichos e cria-se sete mandamentos que resumidamente exalta os bichos e atribui o homem como inimigo.

Não muito obstante os porcos sendo os animais mais inteligentes da granja assumem uma suposta liderança, tendo como principais mentores: Napoleão e Bola-de-Neve, dois porcos. Bola de Neve representa o socialismo a igualdade entre os animais, sempre trazendo ideias de bem comum, já Napoleão representa o egoísmo, a ganancia, luxuria. Porém essas características só podem ser observadas ao final da literatura.

Napoleão consegue dar um golpe em Bola de Neve e o expulsa da granja, dai em diante tudo de ruim que acontece é culpa do porco expulso, o poder e o luxo possuem o Napoleão e então os bichos passam a ser tratados da mesma forma ou pior do que eram tratados por Jones, exceto os porcos que também assumem o poder e se assemelham a figura humana a qual era tão temida pelos bichos da granja.

Aproximando a ideia do livro a nossa realidade, podemos observar que os oprimidos após conhecer o poder passaram a ser opressores. O sentimento de ambição e a busca pelo poder, pela vantagem, levam os porcos, principalmente Napoleão, a esquecer dos princípios e motivos que os levaram até a Revolução e então passam a ter a mesma ganancia a qual criticavam, pois se corromperam. Percebe-se também que os mandamentos eram esquecidos pelos demais animais da granja após certo período, assim se assemelhando com as propostas que recebemos de nossos governantes, não temos a capacidade do cobrar, pois somos facilmente