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A Sociologia do Direito

Por:   •  3/6/2019  •  Resenha  •  1.762 Palavras (8 Páginas)  •  99 Visualizações

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Centro de Estudos Superiores Aprendiz

Aluno: Jockson Vitor Portes

Sala: Z   Período: 1º

Orientador: Aline

   

O Suicídio, Émile Durkheim

A obra “O suicídio” vem para demonstrar um pensamento de Durkheim em consolidar a análise sociológica como uma ciência própria e específica, por meio de um método que dele resulta, ao buscar dados estatísticos, organizar as informações colhidas, demonstrar certa regularidade em eventos antigos tidos como aleatórios e ao basear-se nesses elementos para uma sólida construção da teoria. Ao provar que o suicídio, apesar de se apresentar como um acontecimento individual está intimamente ligado a fatores sociais quando se trata de um conjunto de suicídios em certa sociedade e em certo período; quando é total não é a soma de unidades independentes mas sim, um fato novo.

        Com isso, afirma que as sociedades apresentam em cada momento uma maior ou menor tendência a essa prática, na qual seu estudo consiste principalmente na tentativa de identificar os fatores determinantes do suicídio dentro dos mais variados meios. O autor mencionado busca compreender os fatores sociais que levam o indivíduo a tal atitude, considerando que o modo como esses fatores refletem na realidade individual dependem muito do modelo de sociedade que se considera. Diante disso, explica-se o suicídio por meio  de três modos: o suicídio Egoísta, o Altruísta e o Anômico, sendo a atração social a grande responsável pela variação dessas categorias.

        Nessa extensão geral, classifica-se o suicídio Altruísta como aquele onde o individuo atribui a sociedade ou a uma causa um valor muito maior que o da sua própria existência, abdicando da vida em nome de uma razão maior, em prol do bem social.
O suicídio Egoísta, por sua vez, como aquele em que o ego individual está acima do ego social, no qual o reflexo de uma extrema individualização do sujeito, relacionado muitas vezes ao rompimento de laços com a sociedade. Caracterizado principalmente pela busca de objetivos individuais, dentro de uma sociedade consumista, individualista, movida a aparências, além de possuir um ilimitado desejo no método de aceitação social. Por fim, define o suicídio Anômico como aquele decorrente de uma negligência, quando as normas sociais não conseguem mais regular o ritmo de vida do sujeito, resultando em uma ausência generalizada de respeito a tais normas, as instituições perdem a efetividade e como consequência as normas decorrentes dessas instituições também deixam de funcionar, caracteriza-se principalmente pela ausência de normas.
Émile Durkheim é considerado o pai da sociologia, empenhou-se ao longo da vida em transformam o estudo da sociologia em uma ciência, seu método e sua importância são notáveis, visto que pouco se tem avançado nesse campo após sua morte. Um ponto importante observado é o estado de anomia evidenciando de modo abrangente, o que demonstra que ele enxergava além das causas que seriam mais óbvias no caso o tipo egoísta e o altruísta.

Outro elemento que pode gerar a prática de suicídio são as crises econômicas, de modo que, a crise contribui para a ruptura do equilíbrio, e quando a sociedade é perturbada por crises ou mudanças repentinas, os indivíduos acabam não se ajustando e os valores das forças sociais e morais permanecem indeterminados, acarretando sofrimento e por esse motivo o suicídio. Em determinado modo é falado que as taxas de suicídio são maiores entre solteiros, viúvos e divorciados, podendo ser ainda sob a forma altruísta, que ocorre quando os indivíduos se sentem oprimidos pela sociedade, ou quando se sacrificam por um grande ideal. O mais importante é que ele definiu alguns dos entendimentos acerca do suicídio sob um foco sociológico que relaciona o homem no interior da sociedade sob diferentes pressões, normas e contextos culturais.

As taxas de suicídios constituem, portanto, uma ordem de fatos única e determinada; é o que demonstram, ao mesmo tempo, sua permanência e sua mudança.Com isso, buscou identificar as causas sociais de suicídio e os seus tipos e a sua metodologia consistiu em classificar as causas para categorizar os tipos, pois para esse sociólogo,se conhecida à natureza das causas podemos deduzir a natureza dos efeitos.

Além do mais o autor buscou identificar a relação entre suicídio e religião, ao examinar a relação entre a taxa de suicídio e as confissões religiosas, no qual comparou alguns países,e identificou que nos países católicos a prática do suicídio era menor. Embora protestantes e católico proibissem o suicídio, o sociólogo encontrou alguns elementos importantes para entender a diferença nas taxas dessa prática. No Catolicismo o sistema hierárquico de autoridades é mais rígido, a doutrina é pronta e inquestionável, sendo marcada por grande interação e as crenças e práticas são comuns aos fieis, já no protestantismo existiria pouca hierarquia e uma multiplicidade de seitas, sendo o crente mais autor da sua fé,com pouca integração; ou seja, menos crenças e práticas comuns entre eles.

No caso específico do papel da religião, o homem comete o suicídio, porque a sociedade religiosa de que faz parte perdeu o sentido,além disso argumentava que a religião exerce uma ação preventiva sobre o suicídio, por possuir um conjunto de crenças e práticas tradicionais e obrigatórias, exercendo a função de integração, criando situações coletivas que integram a comunidade. Quanto mais adaptada esta, maior sua virtude de preservação, pois no seu pensar o protestantismo é superior em taxas de suicídios ao ser menos integrador e quanto menor o vínculo com outros indivíduos, mais propício ao suicídio estará o indivíduo.

Analisa-se também a relação entre o Judaísmo e o suicídio, na qual a perseguição contra esse povo foi fonte de fortalecimento da solidariedade, tendo sua identidade fortalecida. O Judaísmo estaria marcado por práticas que regulamentam os detalhes da existência, deixando pouco espaço para o julgamento individual. A ciência não teria um impacto contrário a essa religião, isso porque sua tradição estava muito bem consolidada, por isso,o Judaísmo seria uma realidade de que a ciência não destrói a tradição pois sua tradição continua sólida, buscou também destacar que o suicídio é uma doença da época, no qual a anomia seria a causa principal, pois seria um estado marcado pela falta de regulamentação e regras, paixões ilimitadas, horizontes infinitos e tormento no qual se tornaria um cenário ideal da prática de suicídio.

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