A onda de linchamentos no Brasil, o fenômeno copycat e o esvaziamento das normas

A onda de linchamentos no Brasil, o fenômeno copycat e o esvaziamento das normas

Devido a grande influência que a mídia possui atualmente, o fenômeno copycat está ocorrendo cada vez com mais frequência, seja como as pessoas copiam o modismo, compram a mesma cor de carro ou saem dando tiros nas escolas. Este fenômeno vem sendo observado principalmente nos casos de suicídios, homicídios e linchamentos. Os massacres nos Estados Unidos e os constantes linchamentos no Brasil têm sido grandes provas.

Segundo dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e do Conselho de Relações Exteriores, o país teve 130.347 pessoas mortas em incidentes envolvendo armas de fogo entre 2001 e 2011. Acredita-se que um dos fatores que contribui esse elevado número é o porte de arma ser liberado para qualquer cidadão norte-americano, facilitando a reprodução de cenas de filmes, massacres já ocorridos anteriormente ou imitação de serial killers.

No primeiro semestre de 2014 foram noticiados 50 casos de linchamento no Brasil, ocorridos em diversos estados do país. Os “justiceiros” possuem a tese de que “bandido bom é bandido morto” e com isso acabam linchando não somente os bandidos, mais também suspeitos e inocentes confundidos com criminosos. Os linchamentos são vistos como uma resposta à ineficiência do Estado, pois o linchado não sairia impune pelo delito cometido.

Assim, como o Estado não cumpre seu dever de manter a segurança, os cidadãos tomam para si esse papel fazendo a denominada justiça com as próprias mãos, onde os linchamentos tornam uma doença social causada pela ausência de coesão social proveniente da desordem.