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As Prisões da Miséria

Por:   •  3/5/2018  •  Artigo  •  599 Palavras (3 Páginas)  •  182 Visualizações

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AS PRISÕES DA MISÉRIA

WACQUANT, Loic. Prisões da miséria. Tradução: André Telles. São Paulo: Jorge Zahar, 2001.

        Loïc Wacquant, nascido em MontpellierFrança em 1960, é um professor na University of California, em Berkeley e investigador do Centre de Sociologie Européenne, em Paris, além de ser antropólogo e sociólogo e foi colaborador regular do Le Monde diplomatique entre 1994 e 2004. Seus interesses perpassam estudos comparativos sobre marginalidade urbana, dominação étnico-racialpugilismo, o Estado penal, teoria social e a política da razão. Loïc Wacquant já ministrou aulas em Los AngelesRio de JaneiroParisNova York e Viena. Seus artigos já foram publicados em revistas de sociologiaantropologiacriminologia, teoria social, estudos feministas, políticas sociais, filosofiapsicologiaeducação físicaliteraturaarquitetura, estudos da cidade e de culturas, entre outros, tendo sido traduzidos para 24 línguas diferentes.

        Diferentemente do intuito para que foi criado, de recuperar e reintegrar o detento na sociedade, o que se observa hoje no sistema carcerário é o oposto. As prisões no Brasil “que se parecem mais com campos de concentração para pobres, ou com empresas públicas de depósito industrial dos dejetos sociais...” (pg. 7), devido às condições subumanas a que são submetidos os detentos, não cumprem com sua função penal, e mais parece torturá-los submetendo-os a condições de superlotação, fome, ambientes insalubres, sem higiene e sem cuidados básicos de saúde, difundindo assim muitas doenças.

        Loïc Wacquant afirma que a prisão é a resposta do neoliberal a pobreza, onde o Estado Punitivo seria consequência da transformação neoliberal da sociedade. O autor se baseia nos padrões adotados nos EUA, onde o Estado de Punição toma o lugar do Estado de Bem Estar Social, criminalizando a miséria e as classes operárias. Uma vez que os pobres não tem lugar na economia de mercado, eles têm que buscar uma alternativa no mercado informal ou no mundo do crime, e por não terem um espaço no mercado de consumo são punidos com sua exclusão, indo assim na direção contrária de uma sociedade democrática, criando uma “ditadura sobre os pobres”, sem se preocupar em implementar medidas assistencialistas, centrando-se mais na repressão do que na prevenção.

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