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CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Por:   •  20/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.939 Palavras (8 Páginas)  •  205 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

MÁRCIO CLAUDIO DE JESUS FERREIRA

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NAS UNIVERSIDADES.

SÃO LUÍS - MA

2020

MÁRCIO CLAUDIO DE JESUS FERREIRA

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NAS UNIVERSIDADES.

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Trabalho apresentado à Universidade Federal do Maranhão, curso de direito, como pré-requisito para obtenção parcial de nota na disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica sob orientação do Profª. Raimunda Ramos Marinho.

SÃO LUIS - MA

2020

Márcio Claudio de Jesus Ferreira

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NAS UNIVERSIDADES.

As instituições de ensino já passaram por várias transformações em diferentes momentos históricos com uma expansão mais consolidada a partir de uma política econômica mercantilista que se estabelece, principalmente na Europa, em meados do Século XV. Um grande ensaio de produção de conhecimento a serviço da busca por riquezas e financiado pelos detentores de poder e grandes interesses comerciais fizeram do ambiente acadêmico da época um verdadeiro escravo do conhecimento científico aplicado. É claro que com o advento de algumas revoluções, fazendo um grande recorte temporal, que coincide com o declínio do mercantilismo no século XVIII, houve a necessidade social de se expandir o sentido da existência das instituições de ensino, notadamente das Universidades.

A partir de um resumido traçado histórico escrito em linhas anteriores, notamos que as Universidades transitam de uma produção de conhecimento de alto controle eclesiástico e passa a transitar entre os conhecimentos filosófico e científico. Este último, com o passar do tempo, passa a ser a principal marca dos cursos universitários. O rigor do método imposto pelo conhecimento científico e o delineamento de objetos de estudo fazem do conhecimento generalista um fator de fragilidade da própria produção científica. A grande tendência era a formação de especialistas e cada vez mais surgem novos cursos nas universidades particionando ainda mais a produção do conhecimento. Existe aí um contraponto histórico, em rasa análise temos que até a idade média, mas sobretudo na idade antiga, o homem se apropriava de um conhecimento mais amplo como vemos de forma icônica nos grandes filósofos gregos da antiguidade que eram tratados como matemáticos, físicos, retóricos e muitos outros títulos emblemáticos.

É com essa visão, de produtora de conhecimento científico, que por muito tempo a universidade legitima sua existência, contudo, passou-se a perceber que a academia, mesmo cercada por muros e com acesso muito restrito à maioria da população, estava inserida em um meio social que direta ou indiretamente a financia. Nesse ponto as instituições de ensino superior ganham força em torno das pesquisas. A palavra “cientista” começa a prevalecer no meio acadêmico, surgem muitos títulos e linhas de pesquisa em diversas áreas com ênfase nos séculos XX e XXI.

O ensino, até então única função da universidade, tratando os indivíduos que ali ingressavam como “sacos vazios”, desprezavam qualquer possibilidade de aproveitamento de uma serie de conhecimentos já incorporados nos alunos e adquiridos através das suas experiências sócio afetivas.  Além disso, as demandas tecnicistas levavam a universidade a uma resumida e incoerente forma de existir. Com o fomento da pesquisa esse patamar se altera. As publicações aumentam de forma espantosa, as universidades passam a ser o pilar da tecnologia e a sociedade refém dos seus resultados.

No Brasil não foi diferente, mesmo tendo um aparecimento tardio em relação à Europa, as universidades passam a ser referência de ensino e pesquisa. As universidades públicas, sobretudo as Federais, tomam frente e se espalham por todo território brasileiro. Poucas instituições de ensino dedicados à formação superior surgiram no século XIX, foi somente no Século XX que a primeira universidade de fato se consolida em território pátrio, a Universidade do Rio de Janeiro.

Ainda baseando-se em alguns recortes históricos notamos que o ensino e a pesquisa esgotavam a função das universidades. Tudo que se produzia tinha um retorno muito indireto para a sociedade; a formação de uma carreira profissional era o grande objetivo dos alunos e a universidade gozava ainda de um prestígio elitista. Uma ferrenha contradição tomou conta dessas instituições, em um certo momento, as universidades públicas, através de um processo de seleção, passaram a excluir cada vez mais pessoas de baixas condições financeiras. Ne verdade a universidade pública abarcava aqueles que tinham melhores condições de ensino secundarista, sobretudo os advindos de instituições particulares e que desejavam ingressar em cursos mais concorridos.

Em uma evolução institucional dirigida por políticas públicas, ou mesmo pela falta delas, a função social da universidade passou a ser notada, houve a necessidade de se estruturar as instituições e prepará-las para a derrubada simbólica dos seus muros. Era latente a visão retributiva da produção acadêmica. A população passou a ter acesso a alguns serviços prestados pelas instituições de nível superior. Esse caráter de prestação de serviço trouxe à tona as primeiras noções de extensão universitária. Agora, o ensino e a pesquisa precisavam ser compartilhados com as comunidades que sempre estavam inseridas no processo de firmação das universidades, mas que ao mesmo tempo eram renegadas, talvez por excesso de formalismo e formação tecnicista típica do conhecimento engessado e pouco crítico.

A universidade passa agora a pautar em uma tríade composta pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão.

Nos últimos anos a academias de nível superior incorporaram no seu escopo programas que comtemplam estas três bases que as sustentam. O ensino, primeiro pilar histórico, passa a adotar critérios de qualificação mais rígidos ou, pelo menos, focados em uma carreira típica das atividades do magistério e escalonadas em títulos latu sensu e strictu sensu, como as especializações, mestrados, doutorados e pós-doutorados. De forma conexa, a exigência de produções através de pesquisas também se tornam latentes nas referidas instituições. São planos de pesquisa, grupos de estudo, sociedades cientificas dentre outas. As reuniões que tratam do conhecimento acadêmico também como fóruns, congressos e outros encontros invadem positivamente os calendários acadêmicos, proporcionando uma grande troca de experiencias e explanação de teorias que fortalecem os laços da comunidade científica em diferentes áreas, inclusive com espaço para tratativas do conhecimento filosófico nas mais diversas vertentes.

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