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CONTRIBUIÇÃO DOS SOFISTAS PARA FILOSOFIA E O DIREITO

Por:   •  11/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.674 Palavras (23 Páginas)  •  2.757 Visualizações

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             UNIEVANGÉLICA – CAMPUS CERES

DIREITO

HEBERT GRAUBERT TEIXEIRA CHAVES

MAYCON DOUGLAS TEIXEIRA CHAVES

MONALIZA VIEIRA MENDONÇA

NAKAYAMA TOSHIYUKI NETO

NÁZIA LETÍCIA RODRIGUES

CONTRIBUIÇÃO DOS SOFISTAS PARA FILOSOFIA E O DIREITO

CERES - 2016

HEBERT GRAUBERT TEIXEIRA CHAVES

MAYCON DOUGLAS TEIXEIRA CHAVES

MONALIZA VIEIRA MENDONÇA

NAKAYAMA TOSHYICK NETO

NÁZIA LETÍCIA RODRIGUES

CONTRIBUIÇÕES DOS SOFISTAS PARA FILOSOFIA E O DIREITO

Artigo científico apresentado ao curso de Direito da Uni Evangélica - Campus Ceres, como requisito parcial para obtenção de nota na 3° V.A., orientado pelo Prof. Dr. Paulo Alberto.

CERES-2016

Resumo

O presente artigo pretende tratar de algumas características da sofística, esclarecendo-nos quem eles eram, o contexto histórico e social que surgiram, o que faziam, as mais relevantes contribuições, as divergências na concepção de alguns filósofos, os principais filósofos da época, abordando dessa forma, a importância e quão grande fora a influência exercida pelos filósofos sofistas.        

Abstract

This article aims to address some sophistic characteristics, clarifying us who they were, the historical and social context that emerged, which made the most significant contributions, the differences in the conception of some philosophers, the main philosophers of the time, addressing thus the importance and how great was the influence exerted by the sophists philosophers.


  1. Introdução

As condições em que os sofistas viviam, ganharam êxito construíram um marco na história da Filosofia. Provocaram uma transição do objeto de investigação filosófica. O foco da filosofia, que antes seria a natureza, com o surgimento dos sofistas passou a ser o homem, na medida em que compreenderam as necessidades do cidadão de uma sociedade que começara a conhecer e experimentar os efeitos da democracia. Desse modo, podemos afirmar que Sócrates inicia o período humanista da Filosofia Antiga, aquilo que hoje chamamos de cultura do homem é, portanto, a centralização dos interesses sobre a ética, retórica, política, a religião, a língua, a arte e educação. Os métodos que utilizavam e o que ensinavam, demonstra que a atividade educativa dos sofistas expressa um papel no desenvolvimento cultural do povo grego, em que reconheceu a função da educação no homem da polis.

As mudanças sociopolíticas também favoreceram o nascimento da sofística, bem como crise da Aristocracia, acompanhada pari passu pelo crescente poder do povo; o fluxo maciço de estrangeiros pela cidade, especialmente em Atenas; a difusão dos conhecimentos e experiência dos viajantes; a ampliação do comércio superando os limites das cidades levava o contato de um mundo mais amplo.

Devido às críticas que os sofistas faziam a Platão e Sócrates, eles não eram bem vistos pela sociedade, além de serem mal interpretados. Este momento não se dirige ao povo em geral, mas a uma elite, aos bons oradores que poderiam fazer o uso da palavra nas assembleias públicas para pronunciar discursos oportunos e convincentes. A retórica é o instrumento desse processo e os sofistas, os mestres, da nova areté política.

  1. O surgimento dos Sofistas

Antes do surgimento da democracia, o regime político grego era considerado a primeira matriz da democracia moderna, controlado por uma minoria, que eram os grandes proprietários de terras. Com as questões cosmológicas mais avançadas nesse período, o foco principal dos assuntos filosóficos passa a ser o homem.

 O desenvolvimento de cidades como Atenas e seu regime político democrático tornou um meio favorável e propício para o progresso do pensamento. Várias transformações ocorreram na sociedade após o surgimento da democracia na Grécia Antiga, exigindo novas formas de se relacionar, dando lugar para a figura de um cidadão capaz de opinar, argumentar, defender ideias, criticar, fazer escolhas, etc.

Essa capacidade exigida do novo cidadão abriu espaço para que os jovens da época fossem treinados para o exercício da cidadania. Para que os interesses dos cidadãos se fizessem valer, era preciso dominar a fala. Surgem, então, os famosos mestres da oratória ou da retórica, os sofistas. Para os sofistas, os filósofos cosmologistas tinham em seus ensinamentos erros e contradições notórias, e de nada serviam seus ensinamentos para a vida na polis.

Eles afirmavam que seria possível ensinar aos jovens a arte que os mesmos dominavam, tornando-os bons cidadãos. Mediante pagamento, a arte da retórica era passada para aqueles interessados, ensinado a arte da persuasão, os sofistas mostravam que podiam aprender a defender uma opinião ou posição A, depois a opinião ou posição contrária, não- A, de forma que ninguém ou nenhuma assembleia tivessem argumentos a favor ou contra uma opinião, fazendo ganhar qualquer discussão. Seria essa uma contraposição de argumentos e que a efetividade de certo argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro).

Atacados por Platão, Aristóteles e alguns outros filósofos, o termo que originalmente significaria “sábios” ganhou fama pejorativa, um sentido de desonestidade intelectual, falsos sábios, ilusionistas, interesseiros...

 “Esmaguem os fanáticos e os patifes, suas insípidas declarações, os miseráveis sofismas, a história mentirosa... o amontoado de absurdos! Não permitamos que os possuidores de inteligência sejam dominados pelos que não a tem - e a geração vindoura nos deverá a razão e a liberdade”. (Voltaire, iluminista francês escritor e filósofo, inflamando as massas contra os sofistas defensores dos regimes totalitários, e da Igreja, no fim da idade média).

Portadores de uma eloquência incomum, porém, suas técnicas nada mais eram do que uma forma de persuadir seja por meio da emoção, por meios de falácias, entre outros. Além de serem oradores ardilosos, para eles era fácil convencer conforme seus interesses, articulando conforme as necessidades do debate, para convencer e derrotar seu oponente.

Devido à habilidade que possuíam de defender de forma igual duas teses diferentes mesmo sendo opostas, independente de qual fosse verdadeira ou falsa, foram desprezados por filósofos. Só ensinavam a quem pudesse pagá-los, dizendo serem portadores de um saber universal.

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