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Cooperativo

Por:   •  28/11/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.733 Palavras (15 Páginas)  •  256 Visualizações

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA – SOCIESC

CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC – UNISOCIESC

COOPERATIVAS E AGRICULTURA FAMILIAR

Aline Dionizio

Bruna Zappelin

Cláudia Mariane Marques

Juliê Cristine Gomes de Santana

Tatiani Bernardes

Joinville

2016/1

COOPERATIVAS E AGRICULTURA FAMILIAR

        As cooperativas tiveram origem na cidade de Manchester (Inglaterra), no bairro de Rochdale. Tudo se iniciou quando um grupo de 28 tecelões decidiu fundar a primeira cooperativa do mundo no dia 21 de dezembro de 1844. Os Pioneiros de Rochdale, inicialmente, fizeram uma reunião, onde discutiram suas ideias, estabeleceram condutas, definiram seus objetivos e traçaram metas, e tinham como foco uma organização social do grupo.

        Depois de um longo prazo de 12 meses, esses operários conseguiram economizar 28 libras. Sendo esse o valor necessário para conseguirem abrir um pequeno armazém cooperativo para fornecer aos associados, artigos necessários para sobrevivência e vários outros serviços, fornecendo então, melhor condição de vida para os cooperados.

        Quando foi observado o sucesso da cooperativa de Rochdale, as cooperativas de consumo foram crescendo e sendo criadas na Europa, e ainda aparecendo em todos os lugares do mundo. Com isso, sugiram cooperativas de vários ramos da atividade econômica, tendo sempre como base os princípios criados pelos pioneiros de Rochdale.

O QUE É COOPERATIVA?

Cooperativa é uma associação que possui autonomia, composta por um mínimo de 20 (vinte) pessoas, que voluntariamente se unem com a finalidade de atender necessidades de cunho social, cultural e econômico em comum, através de uma empresa de propriedade coletiva que possui controle democrático dos associados.

Estas empresas se baseiam em valores de mutua ajuda nos valores de responsabilidade, de democracia, além da solidariedade e participação. Por tradição os cooperados possuem a crença dos valores de honestidade e da ética, da responsabilidade social, e o mais importante, a preocupação para com o outro.

Diferente dos demais tipos de sociedade, a cooperativa é ao mesmo tempo uma associação de pessoas, como também é considerado um negocio.

IMPORTÂNCIA DO COOPERATIVISMO PARA PEQUENA PRODUÇÃO E REFORMA AGRÁRIA

O cooperativismo é um sistema de organização que valoriza a utilização da mão de obra dos seus associados, tem por objetivo uma estratégia politica que busca organizar a produção e a comercialização visando sempre o menor e o  melhor aproveitamento dos recursos produtivos disponíveis, neste caso a mão de obra dos agricultores familiares.

Trata-se então, de uma estratégia competitiva que diferencia a inserção dos agricultores familiares em mercados estruturados, como por exemplo, as diferentes cadeias produtivas do leite, das verduras e legumes e dos produtos agroecológicos.

O modelo do cooperativismo visa unir os produtores que trabalham como autônomos e reuni-los em um processo de compra e venda em comum. Este modelo é considerado de economia solidaria onde são maximizados as utilizações dos fatores de produção que predominam no interior da comunidade, que é o trabalho.

Estudos demonstram que a participação em cooperativas trazem para os produtores rurais ganhos econômicos no valor da produção.

         Ganhos médios de até 147,7% a mais para os produtores cooperados, sobre os valores da produção animal e vegetal, dos não cooperados. O detalhamento desse estudo em estratos de área aponta que, dos estabelecimentos agropecuários filiados a cooperativas no Estado de São Paulo, 73,2% estão situados no estrato de área de até 100 hectares e conseguem ganhos econômicos superiores aos não associados em torno de 50%.

No Brasil, dos mais de 5 milhões de produtores rurais, conforme Censo Agropecuário do IBGE, cerca de 7% desses produtores estão engajados em cooperativas, 57% desse numero são de produtores que possuem propriedades de 5 até 50 hectares, o que podemos ver que os pequenos produtores predominam as filiações em cooperativas.

No estado de São Paulo, de 200 mil produtores rurais identificados também pelo IBGE, 16% estão associados a alguma cooperativa, seguindo o mesmo padrão 56% estão classificados no grupo que possuem pequenas propriedades, de 5 a 50 hectares.

Entretanto, quando se tratando de produtores rurais que não possuem a titulação definitiva, ou seja, os assentados de reforma agraria, segundo o mesmo Censo, do numero total do país mais de 200 mil estabelecimentos, deste, 5% apenas estão filiados a cooperativas.

Podemos notar, através dos dados que os pequenos produtores representam sem duvidas a grande maioria dos estabelecimentos que não apresentam titulo estabelecido.

Logo, os empreendimentos cooperativos acabam por se beneficiar do poder de comercio a partir da capacidade de organização em fazerem negócios com outras empresas, sejam fornecedoras de insumos ou compradoras de produtos. Por fim, entende-se que quanto maior a quantidade comercializada de produtos, mais favorável serão os preços que os produtores recebem por eles, e quanto maior a quantia de insumos comprados menor será o preço desembolsado.

Com as transformações do setor agropecuário no Brasil, surgiu a necessidade das cooperativas de produtores rurais, sejam de projetos de Assentamentos ou não, uma estrutura que fosse adequada afim de atender as atividades dos seus associados. Assim podem se modernizar e exigir serviços das cooperativas, quais sejam, a capacidade de armazenagem, o beneficiamento e industrialização dos seus produtos, o que acaba por exigir investimentos elevados por parte dos produtores rurais. Logo surge a necessidade das cooperativas agrícolas adotarem estratégias de forma geral e especificas para atender as exigências de seus associados, já que a questão da cooperativa vai além da compra e venda em comum, e passa a ser necessariamente de outras questões, como a saúde , educação por exemplo.

A organização dos beneficiários dos projetos de Reforma Agrária está entre as preocupações do estado na implementação dos projetos de assentamento. O próprio Estatuto da Terra (Lei Federal nº 4.504 de 30/11/1964) define e estabelece todo um ordenamento jurídico e administrativo destinado ao assunto do cooperativismo nesses projetos. A própria Constituição Federal, no artigo 187, estabelece que além de compatibilizar as ações de política agrícola e as de reforma agrária, deverá ser considerado no seu planejamento e execução, o cooperativismo.

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