TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fichamento Bobbio Capítulo I

Por:   •  23/9/2018  •  Resenha  •  552 Palavras (3 Páginas)  •  319 Visualizações

Página 1 de 3

Fichamento do livro “A Teoria e as Formas de Governo”

Autor: Norberto Bobbio.

Direito Noturno 2018.2 UFSC

Uma Discussão Célebre

        

Nesse primeiro capítulo Bobbio começa a discutir as formas de governo a partir de uma história narrada por Heródoto que data da época da Antiga Grécia. O autor ressalta o fato da discussão quanto à melhor forma de governo possuir um considerável nível de desenvolvimento antes mesmo de Platão de Aristóteles.

        A história é protagonizada por três personagens persas imaginários: Otanes, Megabises e Dario, os quais possuem opiniões distintas sobre qual das formas “clássicas” de governo (democracia, aristocracia e monarquia) é a melhor para ser instaurada em seu país após a morte de Cambises.

        Otanes inicia argumentando a favor da democracia. Para isso aponta os defeitos da monarquia: “De que forma poderia não ser irregular o governo monárquico se o monarca pode fazer o que quiser, se não é responsável perante nenhuma instância? Conferindo tal poder, a monarquia afasta do seu caminho normal até mesmo o melhor dos homens. A posse de grandes riquezas gera nele a prepotência, e a inveja é desde o princípio parte da sua natureza. Com esses dois defeitos alimentará todas suas malvadezas (...)”. Segundo essa personagem a forma de governo deveria ser a “isonomia”, que seria a igualdade de todos perante a lei. Cargos públicos seriam distribuídos a sorte e todas as decisões seriam sujeitas a voto popular.

        Logo após Otanes, Megabises ganha palavra para aconselhara confiança no governo oligárquico. Concorda com Otanes no que se refere à abolição da monarquia, porém condena o governo popular porque “A massa inepta é obtusa e prepotente (...)”. Defende que o tirano ao menos toma suas decisões conscientemente e o povo nem sequer sabe o que faz. Desse modo, sugere entregar o poder a um grupo de homens escolhidos dentre os melhores, pois “É natural que as melhores decisões sejam tomadas pelos que são melhores”.

        Por fim, Dario concorda com Megabises no que o segundo disse sobre o governo popular; não, no entanto, sobre a oligarquia. Diz que “Numa oligarquia, é fácil que nasçam graves conflitos pessoais entre os que praticam a virtude pelo bem público: todos querem ser o chefe, e fazer prevalecer sua opinião, chegando por isso a odiar-se; de onde surgem as facções, e delas os delitos. Os delitos levam à monarquia, o que prova que esta é a melhor forma de governo.”

        Depois da exposição dessa história, Bobbio ainda faz algumas considerações finais do modo de Heródoto apontar os pontos positivos e negativos de cada forma de governo (sem, porém, posicionar-se), gerando uma dualidade bem/mal de cada uma, que pode ser apresentada no quadro do livro que cruza “quem governa?” com “como governa”.

        Esse primeiro capítulo, julgo muito importante para começar a entender a grandiosidade da discussão das formas de governo, discussão essa que acompanha a sociedade desde seus primórdios e sempre gerou muitas opiniões distintas. É interessante ver como uma história de tanto tempo atrás, com pequenas modificações poderia facilmente se passar nos dias de hoje.

        

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.2 Kb)   pdf (40 Kb)   docx (11.3 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com