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Fichamento: Política. Quem manda, por que manda, como manda

Por:   •  26/9/2023  •  Resenha  •  881 Palavras (4 Páginas)  •  36 Visualizações

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Fichamento: Política. Quem manda, por que manda, como manda.

Para o Baiano João Ubaldo Ribeiro, o termo “Política” se refere ao exercício de alguma forma de poder, e às consequências desse exercício. O exercício do poder seria complexo, envolvendo uma série de atos relacionados anteriormente ao ato de poder propriamente dito. Haveria também uma relação entre quem pratica o ato de poder e quem é submetido ao poder. Contudo, o autor afirma que não é satisfatório definir Política apenas como algo relacionado ao poder, pois o mesmo só pode ser visto ao exercer-se. Antes do exercício, o poder seria somente uma presunção.

O autor argumenta que a discussão teórica do que é poder é inútil para fins práticos, devendo ficar a cargo de filósofos e teóricos, pois o poder só se torna visível ao manifestar-se: “é em ação que se analisa o poder. É no processo, na inter-relação, não na elaboração intelectual abstrata” (RIBEIRO, 1998, p. 5).

O autor prossegue na busca por outros elementos que possam conceituar Política mais precisamente. Explica que o ato político possui dois aspectos: um interesse (alguém deseja implantar a modificação pretendida), e uma decisão (que efetivamente ponha em prática o interesse).nesse sentido, a Política poderia ser entendida como um processo onde interesses são transformados em objetivos. “Pode-se afirmar que a Política tem a ver com quem manda, por que manda, como manda. Afinal, mandar é decidir, é conseguir aquiescência, apoio ou até submissão” (RIBEIRO, 1998, p. 6).

Concluindo a questão do conceito de Política, o autor chega na definição final: “A Política fica então vista como o estudo e a prática da canalização de interesses com a finalidade de conseguir decisões” (RIBEIRO, 1998, p. 6), podendo ser compreendida como arte (pois requer um talento especial), como ciência (pois é possível sistematizar cientificamente o que se observa), como um ramo da Filosofia (pois permite indagações filosóficas), e como uma profissão (pois por meio dela ordenamos nossa vida em coletividade, profissão de quem se dedica a influenciar).

Concluindo a primeira sessão, o autor nos ensina que tudo deve ser visto sob um ponto de vista político. Explica que quem se auto-denomina “apolítico”, por não se interessar pelos fenômenos políticos, na verdade está sendo ignorante ou apático, pois apenas faz o que os convém. Na verdade estaria contribuindo para que o político consiga o que quer.

Na sessão 2, RIBEIRO inicia com uma abordagem sobre as formas de exercício do poder: em umas situações pode ser palpável, mas em outras pode ser mais difícil de visualizar (como por exemplo o preconceito, nas suas diversas formas, onde o sujeito se submete a um poder, portanto seria de origem política).

Para o autor, estamos envolvidos num processo político que influencia todas as nossas atitudes, maneira de ser e agir, independente se queiramos ou não. Apresenta o exemplo do planejamento da aposentadoria: há o requisito da qualificação profissional para exercer a ocupação, que passa pelo acesso à educação, e passa pela permissão governamental de se acumular dinheiro. Tudo isso se obtém através de um processo político. Assim, quando pensamos em ser “apolíticos”, na verdade estamos sendo ignorantes ou comodistas. Até mesmo a opção de ficar à margem da Política, seria um exercício de um direito facultado pelo sistema político. “Então não é apolítico, palavra que indica ‘ausência de política’. No máximo, falta-lhe a consciência de seu significado e papel político” (RIBEIRO, 1998, p. 9).

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