TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Isenção Tributária

Por:   •  6/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.062 Palavras (13 Páginas)  •  127 Visualizações

Página 1 de 13

Estudo sobre Isenções Tributárias

SUMÁRIO

1.        Introdução        3

2.        Exclusão do Crédito Tributário        4

3.        Teorias sobre a isenção        4

3.1.        Críticas às Teorias        5

4.        Fenomenologia das isenções tributárias        6

5.        Características da isenção        7

6.        Isenção e imunidade        9

7.        Isenção e Alíquota Zero        10

8.        Conclusão        11

BIBLIOGRAFIA        12


  1. Introdução

Conforme o artigo 175, do Código Tributário Nacional, a isenção é causa de exclusão do crédito tributário, bem como a anistia:

Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.

A Constituição Federal estabelece que ela só poderá ser concedida mediante lei específica:

Art. 150, § 6º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g.

Já em âmbito infraconstitucional, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) define a isenção como hipótese de renúncia de receita, nos termos do art. 14, caput e § 1º.

Ao mesmo tempo, o Supremo Tribunal Federal entende:

A isenção ocorre quando a lei exclui das hipóteses de incidência uma parcela do conteúdo fático da regra de tributação. Retrata, em outras palavras, a dispensa do pagamento de um tributo devido em face da ocorrência de seu fato gerador. Instaura-se a relação jurídico-tributária e existe a obrigação, mas a lei promove a exclusão do crédito tributário.[1]

É claro, portanto, que a natureza jurídica deste instituto ainda é tema controvertido, mesmo que exista posicionamento antigo e consolidado por parte do STF. Pretende-se, a seguir, compreender um pouco mais as especificidades da isenção tributária.

  1. Exclusão do Crédito Tributário

Não há possibilidade lógica de existir obrigação, recebida aqui com a dimensão semântica de vínculo entre dois sujeitos, sem o binômio antagônico crédito/débito. Um e outro são da essência bilateral da categoria obrigação e integram o nexo jurídico com a mesma força compositiva das duas pessoas de direito (sujeito pretensor e sujeito devedor).

A exclusão do crédito quer dizer extinção da obrigação tributária, uma vez que, retirado qualquer dos componentes do vínculo entre os sujeitos (e o crédito é um deles), o liame se esfalecerá. Mas não é isso que a observação das regras jurídicas sobre o tema sugere.

O art. 175 do CTN traz duas únicas modalidades excludentes (isenção e anistia), alertando-se que a circunstância de o crédito ter sido “excluído” da obrigação tributária não significa que os deveres instrumentais a ela relacionados deixem de ser cumpridos (ex: redes de dormir são isentas de IPI, mas o ente industrial continua obrigado a extrair nota fiscal de saída).

  1. Teorias sobre a isenção

No Brasil, algumas teorias foram apresentadas por juristas da mais elevada reputação, para explicitar os fundamentos do instituto da isenção.

Prevê a tese clássica que a isenção seria um favor legal consubstanciado na dispensa do pagamento do tributo devido. Ou, em outras palavras, um mecanismo pelo qual o legislador, movido por reclamos de ordem social, econômica, etc., desonera o sujeito passivo da obrigação tributária de cumprir o dever jurídico de recolher o gravame, mediante disposição legal expressa. Parte-se da premissa que o fato jurídico ocorre, gerando o vínculo obrigacional, cujo débito, entretanto, será dispensado por força da norma de isenção.

Tais fundamentos foram duramente criticados pela doutrina, sobretudo de Becker e Souto Maior Borges. Procurando demonstrar o inconsistente artifício sobre o qual se levantava tal tese, afirmaram que a lógica de tal definição estaria correta apenas no plano pré-jurídico, quando o legislador raciocina para a criação da regra jurídica (portanto, fora do campo de atuação da Ciência do Direito Tributário), chegando à conclusão que a regra de isenção incide para que a da tributação não possa incidir, ou que as isenções tributárias seriam hipóteses de não incidência legalmente qualificadas.

Outra teoria científica de peso enxerga o instituto como fato impeditivo, encartado normativamente na regra isencional, e que teria a virtude de impedir que certas situações fossem atingidas pelo impacto da norma que institui o tributo. O suposto da norma jurídica de isenção teria estrutura mais complexa que a hipótese da norma jurídica tributária, porque, além de abranger os aspectos desta, encerra um fato impeditivo que elide a eficácia da norma do tributo.

Existem, ainda, outras, que consideram a isenção como delimitação negativa da hipótese de incidência tributária, como tutela jurídica do interesse do contribuinte, como limitação ao poder de tributar, etc.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (20 Kb)   pdf (170.1 Kb)   docx (22.8 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com