TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

No Sistema Penal Brasileiro, Todas As Pessoas São Tratadas Iguais Perante A Lei?

Por:   •  29/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.407 Palavras (6 Páginas)  •  33 Visualizações

Página 1 de 6

NO SISTEMA PENAL BRASILEIRO, TODAS AS PESSOAS SÃO

TRATADAS IGUAIS PERANTE A LEI?

LINK DO VÍDEO

Adelia Palczuk1

RESUMO: O presente trabalho apresenta uma discussão analítica reflexiva sobre a

questão: No sistema penal brasileiro, todas as pessoas são tratadas iguais perante a

lei? Foi utilizada pesquisa bibliográfica crítica com abordagem qualitativa e com base

fundamental em alguns autores que são referência para esse estudo, tais como:

Michel Foucault (1999), Eugênio Raúl Zaffaroni (1992), Constituição Federal de 1988,

entre outros. Utilizou-se pesquisa bibliográfica, onde foi identificado publicações

relevantes sobre o objeto de estudo em questão. Percebeu-se que o assunto em

pauta, se mostra em formato de distopia, onde o mais importante que o indivíduo ser

vigiado é que ele se sinta vigiado. Pois, de fato, o Princípio da Isonomia (igualdade)

nem sempre é respeitado no Brasil. A justiça é diferente de igualdade, de acordo com

a Constituição Brasileira. E, em algumas vezes distorcida, tendenciosa e ambígua,

embora se mostre legítima.

Palavras-Chaves: Sistema penal brasileiro; igualdade; justiça.

INTRODUÇÃO

O art. 5º da Constituição Federal dispõe que: “Todos são iguais perante a lei,

sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros

residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à

segurança e à propriedade...”

Vários dispositivos legais determinam a afirmação acima, mas na prática

percebe-se que não é bem assim que funciona. Pois, as pessoas são desiguais na

natureza e especialmente na sociedade, da mesma forma que nos lugares, nos fatos

e nas circunstâncias em que vivem. E a simples leitura do artigo constitucional,

considerando o princípio da isonomia (igualdade), leva a impressão de que cada

cidadão residente no Brasil é tratado de maneira igual, independentemente de sua

condição econômica, sexo, credo, raça, etc.

Tais dispositivos desencadeiam entendimentos meticulosos, e, aliados com a

fragilidade do sistema penal brasileiro, muitas vezes levam a um entendimento

distorcido sobre a falta de equilíbrio no pensamento judiciário atual. Por isso, o intuito

do presente trabalho não é expressar uma opinião se o fato de haver desigualdade no

tratamento entre os cidadãos brasileiros perante a lei, é certo ou errado, mas externar

que esta desigualdade existe e que convivemos com ela.

METODOLOGIA

Para desenvolver este trabalho o tipo de abordagem utilizada foi a pesquisa

qualitativa e a proposta de leitura é analítica reflexiva. Utilizou-se pesquisa

bibliográfica, onde foi identificado publicações relevantes sobre o objeto de estudo em

questão.

Como fundamentação teórica utilizou-se alguns autores que são referência

para esse estudo, tais como: Michel Foucault (1999), Eugênio Raùl Zaffaroni (1992),

Constituição Federal de 1988, entre outros.

Em termos gerais (FOUCAULT, 1999, não paginado), declara em seu livro

VIGIAR E PUNIR, que é mais útil para o poder, manter o tripé de sustentação: polícia

– prisão – delinquência, para controlar a sociedade. E, embora não se saiba com

exatidão quando nasceu a prisão física de fato, o autor explica que até meados do

Século XIII (reinado) a punição se dava por meio do suplício, ou seja, tortura física

especialmente. A partir daí nasceu a prisão física (privação da liberdade de ir e vir),

com o intuito de disciplinar de forma racional o indivíduo, numa espécie de prisão da

“alma”, preservando o corpo e servindo de exemplo também, para os demais cidadãos

não entrarem em delinquência.

É sabido que no sistema penal brasileiro, as pessoas nem sempre são tratadas

de maneira igual perante a lei a observar as classes econômicas, entre outras. E

embora para o autor (FOUCAULT, 1999, p. 125), a punição ideal seria transparente

ao crime que sanciona; assim, para quem a contempla, ela será infalivelmente o sinal

do crime que castiga; e para quem sonha com o crime, a simples ideia do delito

despertará o sinal punitivo.

No entanto, no Brasil pode-se citar exemplos de desigualdade e não

transparência no que tange o direito ao Princípio da Isonomia (igualdade) aos

cidadãos, como a atuação do poder Judiciário do Trabalho que teoricamente

constituem uma forma de “proteção” ao trabalhador, e ao exercer a função judicante,

impõe a sociedade por meio de suas Leis, Súmulas e Normas, a inversão do ônus da

prova, pode estipular prazos diferenciados às partes, concede justiça gratuita

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.5 Kb)   pdf (57.3 Kb)   docx (13.3 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com