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O Abuso Infantil

Por:   •  14/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.549 Palavras (7 Páginas)  •  250 Visualizações

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ABUSO INFANTIL:

Abuso ou maltrato infantil não é somente relacionado ao abuso sexual. O abuso sexual é só um tipo de maltrato infantil dentre as quatro situações que são: a) abuso físico (muito praticado pelos parentes mais próximos); b) abuso emocional (que é o mais praticado e o menos relatado); c) negligência e/ou abandono (quase nunca são denunciados); e d) abuso sexual (normalmente o agressor está dentro de casa);

O QUE É ABUSO/MALTRATO INFANTIL: É aquele que acontece dentro de casa, onde as vítimas são crianças e adolescentes e é geralmente cometido pelo responsável que deveria cuidá-los. E, normalmente, de 20% a 30% dessas crianças que sofrem violência se tornam adultos violentos, e isso é consequência do descaso que os pais dessas crianças sofreram quando eram crianças combinando com o abuso de álcool e entorpecentes, pois quando eles foram educados o meio de resolução de problemas era a violência.

A violência acontece em mais frequência com crianças de 04 à 07 anos de idade, sendo em sua maior parte o abuso emocional. De 0 à 09 anos, é mais comum acontecer a negligência e/ou abandono, bem como abuso sexual. De 10 à 14 anos, violência física e sexual. De 15 à 19 anos, é normalmente praticado pelos agressores a violência física, psicológica e sexual, sendo a violência física a mais praticada.

INDICADORES DE ABUSO: lesões, sangramentos e infeccções nas zonas genital e/ou anal; gravidez; hematomas ou escoriações no corpo todo; comportamentos hiper sexualizados e auto-eróticos; conduta regressiva; temores sem explicações diante de situações ou pessoas; retração social; prostituição; uso de drogas; anorexia e bulimia.

PEDOFILIA E ABUSO INFANTIL: A Classificação de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde considera a pedofilia como sendo um transtorno de personalidade causado pela ‘preferência’ sexual por crianças e/ou adolescentes, sem ocorrer, necessariamente, o abuso sexual. O abuso sexual infantil independe de qualquer transtorno psíquico – está mais relacionado às “oportunidades” que surgem para que o agressor possa aproveitar-se da inofensividade da criança. Nem todo o abusador é pedófilo, assim como nem todo o pedófilo é abusador.

ABUSO SEXUAL INFANTIL: O abuso sexual infantil ocorre, muitas vezes, dentro da própria família: pais e irmãos são os agressores mais comuns. Essa situação é reflexo das relações familiares. Muitas das vítimas vivem em ambientes em que os pais têm problemas com álcool ou drogas ou, ainda, possuem um histórico que já envolve situações de abuso sexual em sua própria infância/adolescência.

Outra situação muito comum é o abuso sexual praticado por um terceiro, não familiar, que obtém o consentimento dos pais da criança por auxiliarem em alguns gastos ou até mesmo pagando pela prática do ato sexual.

ABUSO FISÍCO: Emprego de força física no processo disciplinar de uma criança ou adolescente por parte dos pais ou quem exercer este papel.

Exemplo: Palmadas, ou agressões com instrumentos como barra de ferro, e também socos, pontapés e queimaduras.

ABUSO EMOCIONAL/PSICOLÓGICO: Ocorre quando o adulto deprecia constantemente a criança, bloqueando seus esforços de auto aceitação. Bullyng que os pais cometem contra os filhos, excesso de controle sobre eles com insultos e ameaças. Exemplos:

Ignorar - não olham para a criança e não chamam pelo nome

Rejeitar – Recusar-se a responder ás necessidades da criança (não trocar a criança)

Isolar – Impedem a criança de interagir socialmente com outros membros da família. (confinar a criança, limitar sua liberdade de circulação).

Explorar – Ensinar a criança a roubar ou força-la a prostituição

Agredir Verbalmente – Envergonhar, ridicularizar, ameaçar a criança verbalmente.

Aterrorizar – ameaça ou provoca a criança para deixa-la com medo, usando um ser amado por ela (irmão, cachorro).

Negligenciar a criança - Negligencia educacional, mental e médica.

PERFIL DO AGRESSOR: Físico - Na maioria das vezes, o agressor nesse módulo é a mãe da criança, e também a maior “justificativa” é a de disciplinar, para impor limites. O método mais utilizado nesse tipo de agressão é a mão, ocorrendo casos em que é utilizada uma cinta ou até outras ferramentas. Além das mães ainda ocorrem casos em que outros envolvidos com a criança cometem a agressão, como é o caso de padrastos, os pais também que quase se igualam às mães, entre outros. Grande parte desses acontecimentos ocorrem em família simples, pais casados e o filho ou filhos abusados, porém, há também o fator problema: pode ser o uso de álcool ou alguma substância entorpecente, a violência contra a mãe, ou qualquer outro tipo de violência no âmbito domiciliar.

Sexual: O abusador ou molestador sexual pode ser membro da família ou simplesmente um outro terceiro. Há certas diferenças entre Abusador e Molestador, o primeiro contentando-se na maioria das apenas com carícias, e o segundo como sendo mais invasivo. O agressor pode ser seletivo, ou seja, escolher suas vítimas apenas como crianças ou pode optar também por outras vítimas de diferentes idades. Existe o pedófilo seletivo sádico, que na maioria das vezes apenas obtém o prazer pelo uso de violência, e normalmente acaba com a morte do indivíduo, mas não necessariamente uma morte simples, podendo ocorrer dilacerações e esquartejamento durante o processo.

NEGLIGÊNCIA OU ABANDONO: Normalmente a ideia de negligência está ligada com aquelas famílias pobres que normalmente são excluídas socialmente, porém não é somente assim. Vários casos ocorrem em famílias consideradas totalmente aptas monetariamente para a criação de uma criança, o que ocorre nessas e em outras famílias pode ser considerada uma não preparação, ou um descaso simplesmente. A negligência pode ser definida como uma ação ou omissão responsável em que não se alimenta a criança adequadamente, nem tem o cuidado em vesti-la, nem medicá-la, nem educa-la, não impor limites, não manda-la para a escola, não mantê-la com a mínima higiene, entre outros aspectos.

CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO: As consequências do abuso sexual para crianças e adolescentes podem incluir o desenvolvimento de transtornos psicológicos do humor, de ansiedade, alimentares, enurese, encoprese, transtornos dissociativos, hiperatividade e déficit de atenção e transtorno do estresse pós-traumático. Dentre as alterações comportamentais, destacam-se a conduta hipersexualizada, o abuso de substâncias, fugas do lar, furtos, isolamento social, agressividade, mudanças nos padrões do sono e alimentação, comportamentos autodestrutivos (se machucar e tentativas de suicídio). Abrangem as alterações cognitivas: baixa concentração e atenção, dissociação, refúgio na fantasia, baixo rendimento escolar e crenças distorcidas (sensação de culpa pelo abuso, diferença em relação aos pares, desconfiança e crença de inferioridade e inadequação). Em relação as alterações emocionais, as vítimas podem apresentar, sentimentos de medo, vergonha, culpa, ansiedade, tristeza, raiva e irritabilidade. Estes sintomas são característicos em crianças e adolescentes abusados sexualmente, entretanto, não necessariamente as vítimas de abuso sexual apresentarão as sintomatologias citadas anteriormente. O abuso sexual infantil é composto por diversas variáveis, é um fenômeno bastante complexo. A partir disso, o abuso sexual intrafamiliar além de ser considerado um crime contra a liberdade sexual das crianças, também é considerado um crime que fere o direito ao respeito, à liberdade, à convivência familiar saudável, ao desenvolvimento moral, social, físico, mental e sexual.

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