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O FÓRUM DE ANTROPOLOGIA – FILME “O ÚLTIMO SELVAGEM”

Por:   •  1/10/2021  •  Relatório de pesquisa  •  477 Palavras (2 Páginas)  •  231 Visualizações

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FÓRUM DE ANTROPOLOGIA – FILME “O ÚLTIMO SELVAGEM”

O filme O Último Selvagem traz uma abordagem antropológica, sob o ponto de vista cultural, social e etnocêntrico, retratando a vida de um indígena (Ishi), último sobrevivente de sua tribo, com a sociedade americana do século XX. Retrata fielmente, em diversas cenas, a condição de aceitação do índio em razão de sua vulnerabilidade frente à imposição do homem branco, não só na maneira de vestir, como também, no aspecto comportamental e espiritual, destacando a relação de superioridade da “sociedade civilizada” frente a um homem considerado primitivo.

O conceito de evolucionismo retratado no filme baseia-se na ideia de que a sociedade americana, em relação ao índio Ishi, é mais avançada, de modo que os valores do homem branco são tomados como centro e paradigma, de tal maneira que as outras culturas e civilizações são analisadas sob esses modelos e definições comportamentais e existenciais.

Nessa visão etnocêntrica, o nativo Ishi é considerado selvagem, pois os valores e a visão de mundo aceitas como civilizadas é da sociedade americana, que vê a cultura indígena como primitiva e inferior. As normas ditadas pela sociedade americana “civilizada” desprezam, naquilo que é diferente, os costumes e hábitos próprios do indígena, fazendo com que o nativo se submete às vontades dos outros e aceite tudo que lhe é imposto, sem questionamentos e manifestação de sua vontade.

Neste sentido, A relação do Antropólogo, Kroeber, com o índio é de superioridade. Kroeber acredita que sabe decidir o que é melhor para os índios e como se torna o único estudioso que entende a língua Yahi, isso faz com que ele se sinta o "mestre" dos índios. Além dele outros personagens advindos da sociedade americana da época tratavam Ishi como se estivessem exercendo poder sobre ele, estavam seguros que essa superiodade imposta por eles estivessem ligada a cultura, tratando a cultura americana como sendo a "cultura correta" e os índios tivessem que se adaptar a ela.

Contudo, após tratar o nativo, Ishi, como seu objeto de pesquisa e, com isso buscar entendê-lo, o antropologo, após a convivenvia, passa a compreender a forma como os índios veem a realidade atual. Diante disso, o que marca neste filme é que no decorrer, Kroeber passa a entender e compreender a cultura do nativo de uma maneira diferente, onde passa a adentrar no relativismo cultural.

Uma das poucas cenas em que o nativo Ishi questiona a cultura dos “brancos”, transcorre após o funeral da esposa do dr. Kroeber, pois todos estão tristes e com vestes pretas, e ele acaba questionando o antropólogo do porquê de não canatarem após a morte dela, visto que para sua cultura o canto a ajudaria a achar o “caminho dos mortos”, além de não terem cremado o corpo. Para Ishi, esses rituais são essenciais para a vida após a morte, e ele questiona o dr. Kroeber, não se submetendo a cultura da “sociedade civilizada”. 

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