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O Karl Marx - Sociologia Jurídica

Por:   •  12/7/2019  •  Abstract  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  141 Visualizações

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Karl Marx

Contexto histórico do século XIX, capitalismo já amadurecido após a dupla-revolução. As suas contradições já estavam afloradas e as crises do capital já eram notáveis.

Início da transformação da classe trabalhadora em classe política, que identificava a divergência entre os seus interesses e os interesses do capitalismo

A filosofia marxista ajuda a organizar essa classe, orientando-a ao ajudar a entender o mundo como ele é

A revolução comunista e o consequente fim das classes sociais era possível naquele momento, pois, diferentemente da época do feudalismo e do escravismo, o capital já se encontrava desenvolvido o suficiente

O materialismo histórico-dialético é a concepção materialista que define a filosofia marxista. Nessa perspectiva, entende-se que tudo é matéria e história. Não existe algo que tenha sido criado e desenvolvido fora da história. Toda matéria tem a sua própria história

A partir dessa ideia, Marx trata de três esferas ontológicas do ser: o ser físico, o ser biológico e o ser social.  

Entende-se, por esses diferentes “seres”, respectivamente, o ser dos elementos e átomos, o ser que representa a vida e a reprodução por si mesmo, e o ser que realiza trabalho.

Para existir e se reproduzir enquanto ser social, o ser humano trabalha.

Por trabalho, Marx refere-se à transformação da natureza através de um processo de prévia-ideação e objetivação. Por meio do trabalho, o homem chega a resultados novos, mas que já estava presente na representação ideal do trabalhador. Essa ação de criar coisas novas conscientemente, a partir de uma ideia inicial, é o que define o ser social, pois ao transformar a natureza, o homem transforma a si mesmo.  

O trabalho e o grande debate ideológico contemporâneo: enquanto os conservadores acreditam que o homem não pode mudar a sua história pois é possui uma essência egoísta, burguesa e mesquinha, independentemente da história, Marx e os revolucionários creem que o homem pode mudar a própria história através do trabalho, construindo uma sociedade emancipada da opressão

Para Marx, a vantagem humana de realizar trabalho é dividida em duas características essenciais e complementares: a teleologia e a causalidade. Citada também como capacidade de prévia-ideação ou consciência, a teleologia representa a possibilidade humana de estabelecer fins, de, como resposta a uma necessidade concreta, a fim de saná-las, idealizando uma ação ou um objeto. Contudo, sem o entendimento necessário sobre a natureza e sobre a realidade na qual está inserido, de nada serve a prévia-ideação, pois ela só é útil a partir da ligação com o processo de causa e efeito, possibilitando a objetivação a partir do entendimento do mundo como ele é.

Essa compreensão liberta o homem, uma vez que oferece possibilidades de escolha para mudar a sua realidade e consequentemente fazer a própria história, de acordo com as suas decisões.

As consequências do trabalho não estão restritas à transformação apenas da natureza, mas também à transformação do próprio ser, visto que, quando trabalha, colabora e constrói um conhecimento que não possuía antes enquanto indivíduo, e que não estava presente na sociedade. Além de generalizar esse conhecimento tornando-o acessível para o resto da sociedade, ele o generaliza também a própria novidade. Isso significa o trabalho gera outros possíveis trabalhos. Se um indivíduo constrói um machado com o objetivo de cortar um coco, ele posteriormente poderá ser utilizado em guerras, ou seja, com um propósito diferente do inicial

Como toda objetivação resulta em uma nova situação, a história jamais se repete. Nenhum ato humano ocorre fora da sua história e da sociedade, pois tem é influenciado e influencia a história. Assim, tem por base o passado, faz parte da sociedade e molda o futuro.

Olhando para o percurso da história, é possível entender que cada estágio da sociedade se liga à forma de trabalho desenvolvida nele.

Nas sociedades primitivas, as classes sociais eram desconhecidas e a organização social era baseada na caça e na coleta dos recursos naturais. Baixo desenvolvimento das forças produtivas. Não havia exploração do homem pelo homem

A partir do trabalho e do conhecimento gradativo da realidade, o ser humano aumentou o seu poder de transformação da natureza e conheceu a agricultura e a pecuária, gerando excedente econômico. Assim, começa a exploração do homem pelo homem com o interesse de aumentar a produção, facilitando as trocas comerciais vantajosas

A partir disso, surgem as sociedades escravistas, onde o modo de produção escravista era legitimado e protegido pelo Direito e pelo Estado, que, para Marx, são instrumentos de de perpetuação das classes sociais, reprimindo a classe trabalhadora e servindo aos interesses das classes dominantes.

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