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O que é ética

Por:   •  7/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.111 Palavras (13 Páginas)  •  433 Visualizações

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O QUE É ÉTICA

Os Problemas da Ética

Quando nos perguntam o que é a ética, sabemos o que é, mas temos dificuldade em responder.

A ética pode ser entendida como um estudo ou reflexão cientifica ou filosófica e, até mesmo teológica, que envolvam a ação humana. A ética pode ser analisada através dos costumes e ações que são considerados corretos, ou seja, pode ser a realização do comportamento do indivíduo.

Costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problema específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética profissional, da ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética, etc. É um procedimento didático ou acadêmico, pois na vida real eles não vêm assim separados. (pág. 8)

Em relação a um suborno, lucro, ou até mesmo um troco errado, a desobediência de uma lei imposta por um Estado autoritário, será que agindo dessa forma estamos tendo um comportamento ético? Cabe analisar a conduta e verificar se realmente é culpado, ou se o que existe é somente um sentimento de mal-estar.

Em várias coisas podemos encontrar problemas éticos, como na arte do poder de sedução de uma música, encantamento, personagens, mas esses problemas fazem parte das disciplinas teóricas e praticas, onde todas estão ligadas ao problema ético. Vale lembrar que os costumes mudam e o que ontem certo amanhã pode ser considerado errado.

Se fosse assim, o que seria um comportamento correto, em ética? Não seria nada mais do que um comportamento adequado aos costumes vigentes, e enquanto vigentes, isto é, enquanto estes costumes tivessem força para coagir moralmente, o que aqui quer dizer, socialmente. Quem se comportasse de maneira discrepante, divergindo dos costumes aceitos e respeitados, estaria no erro, pelo menos enquanto a maioria da sociedade ainda não adotasse o comportamento ou o costume diferente. (pág. 10)

A ética tem pelo menos uma função descritiva onde se deve procurar a conhecê-la, pode ser apoiada na antropologia cultural, costumes de diferentes épocas e, de diferentes lugares.

Em certos casos, só chegaremos a descobrir qual a ética vigente numa ou noutra sociedade através de documentos não escritos ou mesmo não-filosóficos (pinturas, esculturas,   tragédias e comédias, formulações jurídicas, como as do Direito Romano, a políticas, como as leis de Esparta ou Atenas, livros de medicina, relatórios históricos de expedições guerreira se até os livros penitenciais dos bispos medievais). (pág. 13)

Não é variado somente os costumes, mas também os valores, normas e ideais de cada sociedade.

Mas alguém poderia argumentar que, embora só conheçamos as normas éticas dos últimos milênios, certamente deve haver um princípio ético supremo, que perpasse a pré-história e a história da humanidade. Não seria, quem sabe, o princípio que proíbe o incesto (sexo entre parentes)? Mas até esta norma tão antiga e tão importante carece de uma verdadeira concreção, de uma formulação bem determinada. Afinal, a definição concreta dos casos de incesto constantemente variou. (pág. 14).

Há muito tempo atrás na Idade Média uma relação incestuosa atingia o parentesco de até o sétimo grau, o que era considerado um crime o que fugisse dessa norma.

Não seria exagerado dizer que o esforço de teorização no campo da ética se debate com o problema da variação dos costumes. E os grandes pensadores éticos sempre buscaram formulações que explicassem, a partir de alguns princípios mais universais, tanto a igualdade do gênero humano no que há de mais fundamental, quanto as próprias variações. Uma boa teoria ética deveria atender a pretensão de universalidade, ainda que simultaneamente capaz de explicar as variações de comportamento, características das diferentes formações culturais e históricas. (pág. 16)

Sócrates foi o fundador da moral, sendo assim, a ética seria sinônimo da moral, onde a ética era a interiorização das normas. Já Kant, buscava através da igualdade, uma ética de validade universal.

Teremos de analisar mais calmamente, as posições de Sócrates e de Kant, juntamente com outras posições clássicas e contemporâneas. Talvez já se possa afirmar que, com nosso pequeno esboço sobre o que teria sido a vida ética grega antes de Sócrates e sobre a posição extremamente racionalista de Kant, ficaram colocadas as duas margens para o grande rio do pensamento ético, no meio do qual se encontram muitas outras posições, algumas atentas principalmente aos costumes exteriores, que teriam de ser interiorizados, outras mais preocupadas com a atitude individual e subjetiva. Neste grande rio se movimentam pensadores do porte de Platão e Aristóteles, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, Maquiavel e Spinoza, Hegel e Kierkegaard, Marx e Sartre, enfim, quase todos os grandes pensadores que nós, conhecemos, assim como, no meio deles, todos nós, que a cada dia enfrentamos problemas teóricos e práticos, éticos ou morais.  (pág. 21-22)

Ética Grega Antiga

A Grécia começou a refletir em uma pesquisa sobre a natureza moral, visando os princípios da conduta, os preceitos religiosos era um elo para a ética.

Os homens deveriam procurar, então, durante esta vida, a contemplação das ideias, e principalmente da ideia mais importante, a ideia do Bem. Platão descreve, de uma maneira literariamente muito sedutora, como há uma espécie de “Eros filosófico” que atrai o homem para este exercício de contemplação. (pág. 25)

A virtude era considera a purificação do homem, virtude essa ligada aos preceitos de Deus, onde o sábio era aquele que busca assemelhar-se a Deus.

Platão vai organizando um quadro geral das diferentes virtudes. As principais virtudes são as seguintes: - Justiça (dike), a virtude geral, que ordena e harmoniza, e assim nos assemelha ao invisível, divino, imortal e sábio; - Prudência ou sabedoria (frônesis ou sofía) é a virtude  própria da alma racional, a racionalidade como o divino no homem: orientar-se para os bens divinos. Esta virtude, que para Platão equivale à vida filosófica como uma música mais elevada, é aquela que põe ordem, também, nos nossos pensamentos; - Fortaleza ou valor (andréia) é a que faz com que as paixões mais nobres predominem, e que o prazer se subordine ao dever; - Temperança  (sofrosine) é a virtude da serenidade, equivalente ao autodomínio, à harmonia individual. (pág. 27)

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