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Obsolescência planejada: armadilha silenciosa na sociedade de consumo

Por:   •  2/5/2017  •  Dissertação  •  1.172 Palavras (5 Páginas)  •  380 Visualizações

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Fichamento 02

Aluno: Carlos Moura/ RA: 21326279

Obras: Obsolescência programada. Comprar, tirar, comprar. Direção: Cosima Dannoritzer. Produção: Joan Úbeda. Barcelona, Spain: Media 3.14, 2010. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GCKsmGqXDi4

PADILHA, V; BONIFÁCIO, R.C., Obsolescência planejada: armadilha silenciosa na sociedade de consumo. Le Monde Diplomatique Brasil, Ano 7, nº 74, set. 2013.

A origem da obsolescência planejada e seus resultados até os dias de hoje.

Pensar que algo é construído com tempo de vida para que futuramente sua troca seja inevitável é algo intrigante, que nos faz pensar como os produtos estão menos duradouros já que a tecnologia só evolui a cada dia que passa.

É notável a baixa qualidade nos produtos atuais, podemos ver com clareza sua fragilidade em relação aos produtos fabricados há alguns anos como eletroeletrônicos, telefonia, computadores, entre outros. Se antes uma geladeira durava sem nenhum defeito dez, vinte anos, hoje temos vários problemas com três anos de uso ou menos ainda. Se uma bateria de celular durava cinco anos sem problemas, temos aparelhos com necessidade da troca da peça com pouco mais de um ano. Logo após o término da garantia contratual oferecida pelo fabricante.

Outro fato que nos coloca para pensar é que além dos produtos terem vida útil menor, o custo do seu reparo geralmente é bem alto, fazendo com que a compra de um novo produto seja mais vantajosa. A questão é, vantajosa para quem?

Entrando a fundo nesse tema é possível observar que existem vários interesses envolvido nisso, e que não é algo de hoje, desde os anos de 1920 em diante já havia o interesse na prática da obsolescência planejada inclusive com grandes cartéis, monopolizando toda a produção da época e considerando como solução para a crise que se passava em 1929.  

As primeiras vítimas desse fenômeno chamado obsolescência programada foram as lâmpadas.

Inicialmente as primeiras lâmpadas tinham duração de 1500 horas, com a evolução chegaram a durar até 2500 horas. Porém os fabricantes começaram a perceber que lâmpadas duradouras não davam o lucro esperado. E na época existia um grande cartel chamado “PHOEBUS” que tinha a ideia de controlar a produção e gerar mais lucros aos fabricantes.

Assim, no ano de 1940, o cartel atingiu sua meta e conseguiram fabricar uma lâmpada com apenas 1000 horas de duração.

Fatos esses abordados no texto: Obsolescência planejada: armadilha silenciosa na sociedade de consumo:

“Planejar quando um produto vai falhar ou se tornar velho, programando seu fim antes mesmo da ação da natureza e do tempo de uso é a obsolescência planejada. Trata-se da estratégia de estabelecer uma data de morte de um produto, seja por meio de mau funcionamento ou envelhecimento perante as tecnologias mais recentes. Essa estratégia foi discutida como solução para a crise de 1929. O conceito teve início por volta de 1920, quando fabricantes começaram a reduzir de propósito a vida de seus produtos para aumentar venda e lucro. A primeira vítima foi a lâmpada elétrica, com a criação do primeiro cartel mundial (Phoebus) para controlar a produção. Seus membros perceberam que lâmpadas que duravam muito não eram vantajosas. A primeira lâmpada inventada tinha durabilidade de 1.500 horas. Em 1924, as lâmpadas duravam 2.500 horas. Em 1940, o cartel atingiu seu objetivo: a vida-padrão das lâmpadas era de 1.000 horas. Para que esse objetivo fosse atingido, foi preciso fabricar uma lâmpada mais frágil. “

E ainda com a ideia de que a obsolescência programada seria a solução para a crise. Partiu de Bernard London a iniciativa de propor que a obsolescência programada seja obrigatória, assim aparecendo ao público e livremente o termo por escrito.

Era simples, a ideia de London era que se os produtos tivessem uma duração programada, eles estragariam com um tempo bem menor, assim forçaria as pessoas a comprarem mais, que como consequência os fornecedores também comprariam mais, fazendo com que as fábricas aumentassem a produção, gerando mais empregos e aquecendo a economia. Essa era a ideia de London para solucionar o problema da crise.

Com o passar dos anos, se começou a perceber que não existia somente um tipo de obsolescência programada, não era apenas criar um produto que estragasse fácil. As fábricas pensaram e conseguiram mais uma alternativa para incentivar as pessoas a comprar cada vez mais. Instigavam seu desejo de compra criando produtos novos sempre, com pouco espaço de tempo. Fazendo com que os consumidores desejassem o novo produto imputando na suas cabeças que o produto que já possui é antiquado, que o novo modelo é melhor e que precisaríamos ter a qualquer custo.

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