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REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Por:   •  21/8/2017  •  Artigo  •  2.672 Palavras (11 Páginas)  •  272 Visualizações

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 A REVOLUÇÃO DOS BICHOS DE GEORGE ORWELL,  E UMA REFLEXÃO SOBRE O DESENCADEAMENTO DE PROBLEMAS POLÍTICOS E SOCIAIS DE UMA REVOLUÇÃO TOTALITÁRIA.

THE GEORGE ORWELL REVOLUTION, AND A REFLECTION ON THE  DEVELOPMENT OF POLITICAL AND SOCIAL PROBLEMS OF A REVOLUTION TOTALITARIAN.

                                                                                                         Luizianne F. Aires

                                                                                                                     Mariana Camêlo

                                                        RESUMO

Este artigo visa primeiramente uma análise acerca da obra de George Orwell, ‘’A revolução dos bichos’’, e uma reflexão sobre o desencadeamento de problemas sociais e políticos entre os animais que participaram da revolução. Antes mesmo de concluir a leitura do livro podemos observar o desafio do autor ao trazer seu romance o mais próximo da realidade da qual vemos em muitos países, sejam eles capitalistas ou socialistas. Estes sofrem ou já sofreram uma revolução, mas o livro traz caracteristicas onde podemos especificar essa revolução como totalitária. E todos os elementos presentes em regimes totalitários estão lá: uma classe trabalhadora alienada, a manipulação psicológica através da fabricação de um inimigo externo, o culto ao líder, o forte papel da propaganda com objetivo de alienar, poemas e músicas, a adoção de medidas tirânicas e a criação de privilégios para uma elite dominante às custas do suor de seu povo. E, principalmente, o abandono dos ideais sociais inicialmente defendidos. Isso reflete não somente na sociedade mas em todo um sistema judiciário e político.

PALAVRAS-CHAVE: REVOLUÇÃO; TOTALITARISMO; JUDICIÁRIO; POLÍTICO.

                                                 

                                                     

                                                   ABSTRACT

This article first aims at an analysis of George Orwell's work, 'The Animals Revolution', and a reflection on the triggering of social and political problems among the animals that participated in the revolution. Before we even finish reading the book we can observe the author's challenge in bringing his novel as close to reality as we see in many countries, whether they are capitalist or socialist. These suffer or have already undergone a revolution, but the book brings characteristics where we can specify this revolution as totalitarian. And all the elements present in totalitarian regimes are there: an alienated working class, psychological manipulation through the fabrication of an external enemy, worship of the leader, the strong role of propaganda in order to alienate, poems and music, the adoption of measures And the creation of privileges for a dominant elite at the expense of the sweat of its people. And, above all, the abandonment of the social ideals initially defended. This reflects not only in society but throughout a judicial and political system.

KEYWORDS: REVOLUTION; TOTALITARISMO; JUDICIARY; POLITICAL.

1 INTRODUÇÃO

    No livro “A Revolução dos Bichos”, que é uma fábula criada por George Orwell em 1945, é uma crítica a revolução russa quando em muitos aspectos certas situações se combinam. Neste livro, o autor, em linguagem metafórica, constrói uma sátira em que critica a Rússia Soviética e o regime lá implantado por Stalin. Orwell foi um dos maiores defensores da liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa. Ao mesmo tempo, foi crítico de todos os totalitarismos.

    Podemos iniciar essa reflexão relembrando que a revolução russa foi um levante popular ocorrido contra o regime czarista, em plena Primeira Guerra Mundial. Os revolucionários aboliram a monarquia e implantaram um regime de governo baseado em ideias socialistas e comunistas.

    Temos como causa, a falta de liberdade que era quase absoluta na Rússia, em meados do século XIX. No meio rural, os camponeses viviam submetida à nobreza que tinha terras como riqueza, classe social teoricamente livre, pois vivia subjugada pelo imperador.

    O regime czarista reprimia todo tipo de oposição, e era extremamente retrógrado comparado aos outros países que avançavam cada vez mais na modernidade. Houve algumas vitórias e conquistas de alguns direitos, como abolição da servidão e a reforma agrária.

     Apesar disso, as condições de vida pioraram, com a fome, o desemprego e com a desvalorização dos salários. A burguesia também não tirava proveito, pois o capital estava concentrado nas mãos de capitalistas. A oposição ao governo crescia. Os partidos perseguidos iam para a clandestinidade, e as divergências de opinião fragmentaram o partido, que se dividiu em duas tendências: Bolcheviques, defendiam a ideia revolucionária da luta armada para chegar ao poder e Mencheviques, defendiam a ideia evolucionista de se chegar ao poder através de vias normais e pacíficas como, por exemplo, as eleições.

   Após o fracasso da revolução de 1905, os movimentos grevistas iniciados em Petrogrado espalharam-se por vários centros industriais. Os camponeses se rebelaram. A maior parte dos militares aderiu aos revolucionários, o que forçaram a abdicação do czar Nicolau II, em fevereiro de 1917.

    No dia 6 de novembro, a massa operária e os camponeses, sob a liderança de Lênin, tomaram o poder. Os bolcheviques distribuíram as terras entre os camponeses e estatizaram os bancos, as estradas de ferro e as indústrias, que passaram para o controle dos operários.

    Após a morte de Lênin, em 1924, iniciou-se uma luta pelo poder entre Trotsky e Stálin. Derrotado, Trotsky foi expulso do país e, em 1940 foi morto na cidade do México, por um assassino a serviço de Stálin. Com Stálin no poder a URSS conheceu uma das mais violentas ditaduras da história. (Bezerra, 2017)

    Assim, o escritor de Animal farm se tornou um ícone dos que combateram o stalinismo e todas as outras ideologias totalitárias. É nesse viés que o autor procura denunciar, através de uma história de fácil entendimento, a influência negativa do mito soviético sobre o operariado dos países do Ocidente.

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