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Ágora: Alexandria no Direito

Por:   •  27/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  635 Palavras (3 Páginas)  •  456 Visualizações

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TEXTO DA RESENHA

A obra de AMENÁBAR, Alejandro (Ágora/ Alexandria) nos apresenta a vida de Hipátia de Alexandria, uma astrônoma, matemática e filósofa. Essa viveu entre 355 e 415 da Era Cristã. Nesse trabalho podemos observar os conflitos de gênero, religioso, e também o inicio das indagações perante o universo.

Hipátia representa um contraste da cultura antiga na própria época, mulher com uma educação surpreendente e que tinha a possibilidade de lecionar para homens. Ela teve o consentimento de seu pai (Théon) para permanecer solteira, sem se submeter as vontades de um marido. Era uma figura moderna, porém o filme não deixa de mostrar que ela era rica em uma sociedade escravista, característica que fica explicita em sua censura para dois de seus alunos: -“As lutas são coisas de escravos e canalhas”. Poderíamos considera-la como uma mulher da atualidade, sendo também uma promotora.

Conseguiríamos encontrar um romance na história em relação a paixão sentida por Orestes -filho do prefeito- para com Hipátia, entretanto essa não correspondia tal sentimento. Esse personagem era pagão e depois se tornou o prefeito. Orestes discutiu com Sinésio para que a professora censurasse tal acontecimento. No mundo contemporâneo aquele coincidiria com um presidente, e esse com conselheiro. Outro dado importante foi o teorema de Euclides, também dito por ela a esses dois: “Se duas coisas são iguais a uma terceira, as três são iguais entre si”, sendo que no seu enlace foi dita pelo antigo discípulo, o já então bispo Sinésio de Cirene que tentava submete-la à fé cristã.

Seu escravo, Davus, sofreu uma mudança ao longo do filme, primeiramente era submisso e obediente, mas aos poucos se aproximou dos valores cristãos. Um agente de sua mudança foi Amonius, que mostrava o poder do cristianismo às pessoas. O escravo começou a se rebelar, e em sua fuga na queda de Alexandria ele voltou para ajudar os cristãos a destruir a tão famosa Biblioteca de Alexandria. Após esse ato ficou afastado por um tempo, mas seu sentimento secreto por Hipátia o fez retornar e quase violenta-la, ela então o libertou. Esses cristãos podem ser considerados como padre e bispo , respectivamente.

Dentro da poética do filme, Davus tentou evitar uma morte dolorosa a Hipátia, já que essa havia sido julgada como bruxa por permanecer pagã, ele então a sufocou e quando seus companheiros voltaram para apedreja-la ela já se encontrava morta.

Analisando historicamente o conhecimento que o filme nos revela, podemos acompanhar o início das indagações sobre as leis do universo, assim como o sistema heliocêntrico de Aristarco que Hipátia desejava descobrir se era real ou não. Nesse período, ela praticamente chegou a mesma conclusão de Isaac Newton, em sua lei da Inércia, onde a mulher testou vários métodos para comprovar tal pensamento.

Naquela época os cristãos não eram tolerados, e os descobertos -assim como Davus- eram punidos, diferente da atualidade, por exemplo, em nosso pais vivemos em uma democracia onde todas as opiniões são aceitas teoricamente, existindo a liberdade de expressão. Porém, embora nos julgamos um Estado laico, ainda, deparamos com violências religiosas.

Embora, muitos acreditam que antigamente não existiam leis, estão engodados com tal pensamento. Pois, eles tentavam negociar e também julgavam o que era correto ou não, logicamente que de sua maneira. Depois da Queda de Alexandria os cristãos começaram a comandar a população, e com o decorrer dos anos chegaram a ser os mais poderosos. Podemos observar um júri primitivo, onde o prefeito era o juiz e os demais justificavam sua vontade.

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