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A Contabilidade Social

Por:   •  9/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.251 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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Questionário 1

  1. Os três fatores de produção são: terra, capital e trabalho. Eles são homogêneos entre si porque todos possuem o mesmo peso em relação ao valor para o fluxo circular da renda; e são homogêneos em si pelo mesmo motivo, referindo-se particularmente a cada um dos fatores de produção. A noção de fatores de produção deriva da teoria do valor utilidade.

  1. Na economia fechada e sem governo, as unidades de análise básicas da Contabilidade Social são as famílias e as empresas. Os fatores de produção pertencem às famílias e são vendidos às empresas.
  1. No fluxo circular de renda, admitindo-se o equilíbrio, as famílias cedem seu fator de produção (trabalho) às empresas, e são por elas remuneradas com salários. Tais salários retornam às empresas mediante a compra de mercadorias pelas famílias, gerando um fluxo de dinheiro para a empresa, e de bens e serviços para as famílias compradoras.
  1. A moeda é o elemento de unificação utilizado para equiparar distintas variáveis macroeconômicas na mensuração do fluxo circular de renda. Essa unidade de medida também representa o meio pelo qual são realizadas as transações comerciais, isso é, atua como intermediária nas relações de troca e, assim, garante o Fluxo Circular da Renda.
  1. Paulani propõe três tipos de problemas na mensuração da economia a partir do modelo do Sistema Nacional de Contas; são as dificuldades técnicas, operacionais, conceituais.
    Como
    dificuldades técnicas, pode-se citar a problemática quanto à variação dos preços entre períodos, a dificuldade de comparação entre países que utilizam padrões monetários distintos, e o hiato de tempo que decorre entre o momento da coleta de dados e a divulgação dos mesmos, depois de contabilizados.
    As
    dificuldades operacionais dizem respeito à existência de um conjunto de atividades financeiras que não são registradas oficialmente e, assim, fogem à Contabilidade Nacional. Essas atividades provém: 1) da produção de bens e serviços ilegais, como armas e drogas (economia ilegal); 2) da produção de bens e serviços legais que não declarados propositalmente para escapar à cobrança de impostos (economia subterrânea); 3) de atividades informais, como a produção de bens para o autoconsumo que, embora não sejam práticas ilegais, deixam de ser declaradas devido à pequena dimensão (economia informal).
    Já as
    dificuldades conceituais consistem nas externalidades, como o desgaste do meio-ambiente; ou da contabilização das atividades não monetizadas, cuja definição de quais bens e serviços serão computados varia de país para país e cujo valor de tais bens e serviços são imputados, o que demonsta determinado grau de arbitrariedade.
  1. A contabilidade social surge na Nova Ordem Mundial pós Segunda Guerra; mais precisamente após a crise de 1929, com o advento da teoria Keynesiana que surgiu como um ataque à teoria Neoclássica hegemônica, no sentido de demonstrar que a economia não dispunha de mecanismos automáticos para sair de situações de recessão e desemprego. Keynes descartou vários pressupostos, criou novos conceitos e revelou identidades, estas que constituíram o fundamento a partir do qual pôde ser desenhado o sistema nacional de contas, base da Contabilidade Social.
  1. A vantagem de mensurar a economia a partir de cada uma das três óticas possíveis para a mensuração do fluxo circular da renda é a possibilidade de enxergar, de uma ótica, os elementos omitidos pelas demais.
    A
    ótica da renda analisa os indivíduos na condição de proprietários dos fatores de produção e mostra a distribuição funcional de remunerações totais aos fatores de produção (salários, lucros, juros e aluguéis), sem especificar o setor. A separação entre os setores é apresentada mais precisamente pela ótica do produto, a qual analisa as unidades produtivas, demonstrando o produto de cada uma delas no período analisado. A relação entre os distintos setores da cadeia produtiva se encontra na ótica da despesa, que contabiliza o que não foi consumido produtivamente durante o período (consumo total das famílias, FBKF e variação de estoques).
  1. Identidade é o termo utilizado para relacionar grandezas quantitativamente iguais e qualitativamente diferentes.
  1. Y, a identidade macroeconômica básica é PRODUTO ≡ RENDA ≡ DISPÊNDIO. Ela se relaciona ao Fluxo Circular da Renda através da noção de equilíbrio: ao final de um período, a soma de tudo que foi produzido pelas unidades produtivas (produto) corresponde quantitativamente à renda que foi concedida aos proprietários dos fatores de produção e, também, ao dispêndio destes, seja na forma de consumo ou poupança.
  1. Produto bruto é o produto total. Por definição, produto líquido é o produto bruto deduzida a depreciação.
  1. O investimento é composto pela formação bruta de capital fixo e pela variação de estoque, que soma tudo aquilo que foi produzido em um período e servirá para o consumo futuro. Portanto, não é possível afirmar que o investimento é sempre planejado pois, apesar de que a formação bruta se dá em função do planejamento empresarial, a variação de estoques está fora do controle das empresas e depende de circunstâncias arbitrárias, tais como a moda.
  1. Não existe nenhuma relação de causa e efeito nas variáveis que constituem uma identidade contábil, dado que o modelo se posiciona majoritariamente em função do que existe em comum entre a teoria hegemônica, a Neoclássica; e a que está se tornando hegemônica, a Keynesiana. Assim, visto que a identidade INVESTIMENTO ≡ POUPANÇA é o maior ponto de divergência entre ambas as teorias (a Neoclássica afirma que a poupança determina o investimento, enquanto para a teoria Keynesiana, é o investimento que determina a poupança), o modelo não pode posicionar-se a respeito disso e, assim, não estabelece uma causalidade única entre tais variáveis.
  1. A identidade entre investimento e poupança é uma maneira alternativa de expressar a identidade macroeconômica básica. Supondo uma economia de dois setores, o produto nacional é composto pela produção de bens de consumo e de bens de capital (PN = C + I), e a renda nacional ou é consumida ou é poupada (RN = C + S). Assim, sendo PN = RN, surge a identidade INVESTIMENTO (I) ≡ POUPANÇA (S). Ela deriva da conta de capital e mostra que, se a variação de estoques e a FBKF devem ser consideradas investimento porque possibilitam consumo futuro, elas também devem ser consideradas poupança, pois indicam que, dos esforços de produção da sociedade num determinado período de tempo, nem tudo foi consumido naquele período, mas parte foi guardada (poupada) para ser consumida no futuro.
  2. De acordo com o princípio das partidas dobradas, a todo lançamento a débito deve haver um lançamento a crédito de igual valor. Tal equilíbrio deve ser constatado tanto internamente à cada conta, quanto externamente, entre todas as contas do sistema. Além disso, nada pode ser contabilizado duas vezes, e nada pode deixar de ser contabilizado.
  1. Tabelas em anexo.
  1. produto nacional bruto ≡ despesa nacional bruta
    renda nacional bruta ≡ produto nacional bruto
    renda nacional bruta ≡ despesa nacional bruta
    produto líquido ≡ renda líquida
    renda líquida ≡ despesa líquida
    despesa líquida ≡ produto líquido
    renda ≡ despesa
    produto ≡ renda
    despesa ≡ produto
    investimento ≡ poupança
    depreciação ≡ formação bruta de capital fixo
    variação de estoques ≡ poupança líquida
  1. Série Histórica

2008

2009

2010

2011

PRODUTO BRUTO

2830

2300

1500

2400

DEPRECIAÇÃO

210

250

300

400

RENDA LÍQUIDA

2620

2050

1200

2000

SALÁRIOS

702

760

300

500

LUCROS

520

545

400

700

JUROS

1185

465

300

520

ALUGUÉIS

213

280

200

280

CONSUMO

2220

1600

800

2100

Δ DE ESTOQUES

400

450

400

-100

FBKF

210

250

300

400

INVESTIMENTO

610

700

700

300

[pic 1]

A série histórica referente ao período de 2008 a 2011 em Hipoteticalândia sugere que uma crise se iniciou nessa economia a partir do ano de 2010.

...

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