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A Formação Econômica do Brasil 

Por:   •  5/9/2019  •  Resenha  •  570 Palavras (3 Páginas)  •  164 Visualizações

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Universidade Federal de Viçosa

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Departamento de Economia

Eco 462 – Formação Econômica do Brasil – Trabalho em Sala 02

Prof.a. Giovana F. Rossi

2018/2

Vitor de Siqueira Rodrigues                ES92713

Fábio da Silva Reis                                ES92722

        A relação metrópole-colônia tão característica do sistema colonial durante o mercantilismo traça uma trajetória específica que apenas podemos compreender a partir da observação de fenômenos econômicos, sociais e políticos, de modo a elucidar as diversas situações em que apenas um ou dois destes não satisfazem a causalidade. Após o estabelecimento da colônia esta tinha por objetivo fornecer à metrópole vantagens diante do mercado europeu através da atividade exploratória, que justifica a produção agrícola que sustentava a manufatura e mão-de-obra europeia, além dos próprios metais preciosos extraídos. Os principais aspectos deste sistema colonial são o trabalho compulsório e escravismo, o exclusivo colonial, o controle do sistema de produção da colônia pela metrópole, além de todo o especifico contexto mercantilista e, por isso, metalista.

        Pelo monopólio da metrópole se estabelece um sistema de produção que necessita de diminuição de custos que encontra sua solução em primeiro momento no trabalho compulsório e escravismo, que era propicio pelo fácil acesso ao tráfico negreiro. Além disso, a dinâmica de mercado era delimitada pela relação comercial permitida apenas com a metrópole que comprimia o mercado e tornava ainda mais improvável o crescimento e desenvolvimento da economia por conta da dependência da economia metropolitana que também definia o que seria (ou não seria) produzido pela colônia.

        O sistema colonial em si possibilitou uma acumulação primitiva por conta dessa afunilamento e extração, não só física, mas de potencial de crescimento que era redirecionado para a Europa, e ademais, promoveu um aumento do mercado de manufaturas que alavancou o desenvolvimento da economia a partir do aumento da demanda.

Todavia, este sistema que possibilitou o florescimento do capitalismo moderno torna-se rapidamente um empecilho para o desenvolvimento. Com a produção em expansão, a metrópole não precisava mais de produtos agrícolas para comerciar e nem se focava na extração de metais, mas tinha por necessidade de matérias-primas e alimentos para sustentar a indústria. Por outro lado, surge a necessidade de se expandir ainda mais o mercado para que este absorva todo o ganho de produtividade do novo sistema produtivo, o que causa pressões para assalariamento da mão de obra em oposição do escravismo e outras formas de trabalho compulsório para que se tenha um aumento do mercado consumidor e consequente especialização da mão de obra que promove ainda mais crescimento.

Deste modo, essas pressões se ajuntam com os objetivos de nações que se industrializaram primeiro para que se finde tanto o monopólio do mercado colonial que promovia o lucro a partir da exploração da mão-de-obra e imposição de preços, quanto as amarras que ancoravam a produção da colônia para que essa não deixasse de ser vantajosa para a metrópole. Doravante, tem-se assim a crise do sistema colonial em face do surgimento do capitalismo industrial que extingue a relação exclusivo metropolitano e reorganiza as relações comerciais do mundo, incorrendo na Divisão Internacional do Trabalho.

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