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A Formação Padres da Igreja

Por:   •  16/9/2023  •  Bibliografia  •  800 Palavras (4 Páginas)  •  35 Visualizações

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A TEOLOGIA DOS PADRES DA IGREJA (Patrística)

        A Patrística (século II a VII) é um período teológico muito fértil e elaborou muitos elementos fundamentais a teologia católica. O destaque está na catequética, na ajuda da definição dos dogmas católicos e na área da teologia social. Nesse texto vamos apresentar alguns recortes do pensamento dos Padres da Igreja referente a teologia social.

Para os Padres da Igreja não somos donos e sim administradores

“Já nos primeiros tempos do cristianismo os bens são considerados como dons de Deus, significando esta expressão não só sua procedência gratuita, como também sua possessão real e última.

Somos administradores de bens alheios, repete a Tradição com força e insistência. As riquezas são alheias, porque Deus é seu dono e há um direito de posse que, por disposição divina, pertence a todos em comum.”[1]

Justiça social

“A justiça, segundo os Padres da Igreja, é uma rede de relações sociais que tem como eixo a igualdade e tem como primazia o bem comum que está sempre acima do bem individual... a dimensão horizontal da justiça como relações inter-humanas baseadas na igualdade social que eliminam todo tipo de discriminação, de marginalizações e de exclusões que, sobretudo, os pobres sofrem. Os Padres resgatam, de maneira marcante, a justiça social tão pregada pelos profetas do Antigo Testamento.”[2]

“A JUSTIÇA SOCIAL se realiza por meio do BEM COMUM, segundo os Padres da Igreja: ‘Deus não fez alguns ricos e outros pobres. A terra é toda do Senhor e os frutos têm de ser comum para todos. As palavras ‘meu’ ou ‘teu’ são motivo e causa de discórdia. A comunidade dos bens é a forma de existência mais adequada à natureza do que a propriedade privada. Sendo que a terra é um dom de Deus, então, é comum a todos. Como é possível que você tenha tantos hectares e que o teu próximo não tenha nada? (São João Crisóstomo)[3].

Os pobres

“Não expulsarás o pobre, mas partilharás tudo com teu irmão e não dirás que, seja o que for, te pertence. Pois se compartilhas dos bens imortais, com muito maior motivo compartilharás dos bens passageiros.”[4] 

“Segundo os Padres, a fé em Cristo é inseparável da atitude para com o outro, para com os irmãos. E inseparável da caridade. A menção à fé é quase sempre ligada à menção à caridade, como companheiras inseparáveis. Por havermos sido chamados à fé – lembra-nos Clemente Romano – não nos podemos descuidar da caridade nem da obra de justiça.”[5]

Fé e vida

        A Igreja deseja fomentar uma sociedade que é regida pelo amor, solidariedade e partilha.[6] Nesse sentido se faz necessário unir fé e vida (Cf. Tg 2, 14 – Fé e obra).

“Um dos dramas do cristianismo contemporâneo consiste no fato de haver divorciado a fé da solidariedade. E contra semelhante divórcio que os Padres lutam com coragem... É por isso que São João Crisóstomo, justamente porque ‘conhece a essência do cristianismo’, não se cansa de falar em solidariedade.”[7]

“Um bispo do século IV, Santo Ambrósio, defende a necessidade de uma Igreja pobre, para se tornar solidária e libertadora. Cristo fundou a Igreja sem ouro. Esta – argumenta Ambrósio – deve ajudar os pobres. Melhor é conservar os vasos vivos que os de metal. Os sacramentos não requerem ouro.”[8]

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