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A IMPORTÂNCIA DOS DIAGNÓSTICOS GENÉTICOS E DO ACONSELHAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE PACIENTES COM SÍNDROME DO X FRÁGIL

Por:   •  15/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.448 Palavras (14 Páginas)  •  157 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DOS DIAGNÓSTICOS GENÉTICOS E DO ACONSELHAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE PACIENTES COM SÍNDROME DO X FRÁGIL

Fernanda da Costa Borges[1]

Graduanda em Biomedicina – FAM

Vanessa Corrêa da  Costa²

Graduanda em Biomedicina – FAM

Nicole Hellvig³

Graduanda em Biomedicina – FAM

Elba Regina Pinho4

Graduanda em Biomedicina – FAM

Rogério Bovo5

Professor Mestre – FAM

Trabalho de Conclusão do Curso de Biomedicina do Centro Universitário das Américas – FAM – 2019

Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de mostrar as alterações genéticas e hereditárias da Síndrome do X Frágil. Essa síndrome é caracterizada pelo desajuste genético causado por uma mutação no gene FMR1, no cromossomo X, responsável pela produção da proteína FMRP (Fragile Mental Retardation Protein), que é essencial na regulação de outras proteínas que estão ligadas diretamente no desenvolvimento do sistema nervoso, gerando uma inativação ou baixa na produção dessa proteína, levando ao déficit na capacidade intelectual como, cognição, comunicação e sociabilidade.

        Visa ainda, mostrar qual sexo tem a maior taxa de incidência, sintomas, características, diagnóstico preciso e possíveis tratamentos para SFX (Síndrome do X Frágil). O diagnóstico de uma criança com a Síndrome do X Frágil estabelece uma oportunidade de fazer estudos em toda a família, servindo de prevenção para novos casos.

Palavras-chave: Síndrome do X frágil, epidemiologia X  frágil, SXF evidências e prevalência, diagnóstico x frágil, aconselhamento genético no X Frágil, Presença do espectro autista no X Frágil, FMRP e FMR1.

Data de Submissão do Artigo:

Data de Aprovação do Artigo:

1 INTRODUÇÃO

Ao falar sobre a Síndrome do X Frágil, é necessário o entendimento de alguns conceitos básicos  para a melhor  compreensão do tema.

A autora CONTRACTOR, A. et al. (2015)  afirma que cada célula do corpo possui 23 pares de cromossomos os quais contêm nosso  material genético (sendo 50% provenientes do pai e 50% da mãe).  Dentre esses 46 cromossomos, um par é sexual, onde o sexo feminino possui cromossomos XX e o sexo masculino XY, elucidando que o  DNA (Ácido desoxirribonucléico) contém as informações/características que constituem o ser humano, logo,  tem-se as sequências específicas de informações (genes) que ocasionarão consequentemente, a produção de proteínas.  Os genes são compostos por  regiões regulatórias (indicam início ou fim do gene, sendo muito importantes para transcrição e replicação) + éxons (sequências de DNA codificantes) + íntrons (sequências de DNA não codificantes).

TRAVERS, A. et al (2015), afirma que o  modelo genético do DNA,  é constituído por uma dupla fita, onde as bases nitrogenadas de uma fita  são pareadas com as base da outra  fita. O pareamento ocorre entre Citosina-Guanina e Adenina-Timina, ligadas respectivamente por três e por duas ligações de hidrogênio. [pic 1]

A partir do DNA, temos duas possibilidades:

  • Replicação: DNA → DNA
  • Transcrição:  DNA → RNA → Tradução →  Proteína

Na Transcrição (que nada mais é do que a cópia das informações contidas no DNA, “escrita” na “linguagem” de RNA - Ácido ribonucléico, para posterior geração de uma determinada proteína), existem regiões promotoras, ou seja, sequências consenso que sinalizam por onde a RNA Polimerase deve iniciar a Transcrição.[pic 2]

De acordo com COELHO, C. (2016), a SXF foi primeiramente apontada por Martin e Bell no ano de 1943, que percebeu em duas gerações de uma família, atraso mental em 11 meninos. Observando mães normais, suspeitou-se de uma síndrome ligada ao cromossomo X. [pic 3]

XIAOYAN, Ke. et al (2015), comenta que no  ano de 1969 um pesquisador chamado Herbert Lubs destacou um marcador citogenético, constituído por um sítio frágil na extremidade do braço longo do cromossomo X, em pacientes com retardo mental.

TEJADA, M. et al (2018), afirma que nos anos 70, Sutherland utilizou um meio de cultura pobre em ácido fólico para destacar o sítio acometido do cromossomo X na

região FRAXA (Síndrome Ligada ao X Dominante) , sendo possível pontuar os sinais e sintomas.  Essa síndrome é a mais comum deficiência mental hereditária. A mesma acomete homens e mulheres, podendo apresentar variados graus sintomáticos, porém a expressão de sintomas são mais graves e característicos em pacientes do sexo masculino, devido ao acometimento de seu cromossomo X. Nas mulheres, por terem um par cromossômico X, a incidência total da doença é muito menor.

Ainda assim, segundo observa-se no caso descrito por SALDARRIAGA, W. et al (2014), as mulheres pré-mutadas possuem maior chance de serem acometidas por FXPOI (Insuficiência Ovariana Primária Associada ao X Frágil).

HESSL, D. et al (2015), enfatizam que a  Síndrome do X Frágil (SXF) é um desajuste genético causado pela repetição expandida do trinucleotídeo CGG (de 55 a mais de 200 repetições), causando metilação da Citosina, no cromossomo sexual X,    na região da extremidade 5’, no lócus (localização do gene no cromossomo) FRAXA em Xq27.3, em seu microssatélite,  no gene FMR1 (expressão do gene), que codifica a proteína FMRP (Fragile Mental Retardation Protein), importantíssima para o bom desenvolvimento cerebral.

Segundo MACPHERSON, J.N. et al (2016), essa mutação silencia a expressão gênica, levando a inativação ou perda de função do referido gene, e consequentemente uma perda ou baixa na produção da proteína FMRP.  Há também uma fragilidade no lócus FRAXE em Xq28, do gene FMR2, relacionado a um déficit de aprendizagem em probandos falso-positivo, por essa razão, é feito um exame de PCR (Reação de Cadeia Polimerase) também para este gene (mesmo a repetição de bases deste ser GCC). 

Conforme alegam THURMAN, A.J, et al (2015), a proteína FMRP (Fragile Mental Retardation Protein), importante para a maturação dos dendritos e da função sináptica cerebral, logo, quando acometida, caracteriza o retardo mental, sendo assim, devido à esta baixa concentração da proteína, o indivíduo apresenta déficit na capacidade intelectual englobando cognição, comunicação e sociabilidade. A  SXF é uma das causas genéticas mais comuns do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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