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A Taxa Natural de Desemprego

Por:   •  13/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  900 Palavras (4 Páginas)  •  781 Visualizações

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Universidade Católica de Moçambique – Faculdade de Educação e Comunicação

Macroeconomia II – Taxa Natural de Desemprego

O ensaio tem como tema Taxa natural de desemprego, Elaborado de acordo com o respetivo programa ele visa essencialmente garantir um melhor acompanhamento em relação a cadeira, assim facilitando o processo de compreensão relacionado com o tema. O ensaio usa uma linguagem simples, clara e objetiva. O objetivo é de dar a conhecer assuntos relacionados  sobre a taxa natural de desemprego. Para a realização do ensaio foi usada uma metodologia de investigação científica que consiste na colecta e interpretação de dados, partindo do geral para o individual. Estrutura-se da seguinte forma: Introdução, o desenvolvimento, conclusão e as referências bibliográficas.

Taxa Natural de Desemprego

A taxa natural de desemprego designa o nível de desemprego ao qual a taxa de inflação não tem tendência para aumentar nem para diminuir. Friedman (1968) e Phelps (1968), entendia como uma taxa produzida pela estrutura do mercado de trabalho e pela natureza das relacoes entre firmas e trabalhadores. A partir dos trabalhos iniciais destes autores muito foi feito na tentativa de formalizar o conceito intrduzido e especificar os seus determinantes. Para Phelps(1995), a taxa natural de desemprego serve como um atrator para a taxa corrente e choques monetarios causam apenas desvios temporarios dela. Politicas monetarias expansionistas que objctivem a criacao de empregos produzem efeitos temporários. No curto prazo a taxa de desemprego pode até cair para um nivel inferior ao da taxa natural, mas no longo prazo ela tendera a retornar a este patamar, a nao ser que novas medidas de politica monetaria sejam tomadas. Ou seja, a taxa de desemprego nao pode ser mantida abaixo da taxa natural, a nao ser de maneira artificial, à custa de inflacao crescente, ou em virtudes de choques externos.

Hayek (1985), mostra que se os governos se compremetem a praticar uma politica de pleno emprego o desemprego deixa de ser um fator relevante no processo de barganha sararial dos trabalhadores. Os sindicatos passam a demandar salarios cada vez maiores. Ganhos salariais acima do aumento da produtividade tornam necessaria uma elevacao da demanda total para evitar o desemprego. O resultado desse processo é claro, uma escalada nos indices de inflacao, que deve ser cada vez maior para que a politica de desemprego seja mantida. Nao basta apenas uma inflacao elevada, mas ela deve continuar subindo.

Dessa forma, os fatores determinantes da “taxa natural de desemprego” podem ser, por exemplo, os benefícios aos desempregados, os salários mínimos fixados acima do nível salarial de equilíbrio, o poder sindical, a incidência de impostos sobre os salários e a folha salarial, fatores demográficos ou migratórios, as diferenças entre oferta e demanda setoriais por trabalho e a ocorrência de histerese  no desemprego. A ordenada variação do salário nominal pode ser substituída pela variação do nível de preços, ou inflação. Dessa maneira, aumentos estimulados de renda nominal no curto prazo poderiam gerar transitoriamente mais emprego, mas também produziriam inflação. Ou seja, a curva de Phillips de curto prazo mostra o tradeoff entre inflação e desemprego. Aproximação da curva de Phillips monetarista. Ela poderia levar à ilusão de que, para se obter uma menor taxa de desemprego, se poderia admitir alguma taxa de inflação maior, porém estável. Os teóricos monetaristas afirmam que esta opção é impossível, visto que a inflação tenderia a crescer continuamente. Partindo-se de uma situação com taxa de desemprego natural e inflação nula, uma política expansionista poderia produzir um aumento no emprego no curto prazo, considerando-se a ilusão monetária dos trabalhadores, mas ao custo de um aumento de preços. Quando os trabalhadores derem-se conta de que os salários reais não aumentaram, eles diminuem a oferta de mão-de-obra e a taxa de desemprego volta a subir para a natural. No entanto, como foi gerada uma taxa inflacionária, as expectativas extrapolam esta inflação para o período seguinte (trabalhadores e empresas embutem esta expectativa na negociação salarial e em seus aumentos de preços, por exemplo), de forma que a curva de Phillips vai se deslocar, gerando uma situação de equilíbrio com taxa de desemprego natural e taxa de inflação positiva (a curva de curto prazo CP2 não vai voltar para CP1, mas se deslocar para CP3). Portanto, existiria sempre uma “taxa natural de desemprego”, determinada por fatores reais, que vigora quando em média as expectativas se realizam e que é compatível com qualquer nível de preços ou de inflação, de forma que, neste caso, a “moeda é neutra”. No entanto, de acordo com Friedman, “... mudanças não esperadas na demanda agregada nominal e na inflação causarão erros sistemáticos de percepção tanto por parte dos empregadores como dos empregados, que inicialmente desviarão o desemprego na direção oposta a sua taxa natural. Neste sentido, a moeda não é neutra. Todavia, tais desvios são transitórios, embora possa levar um longo tempo até que eles sejam revertidos e, finalmente, eliminados com o ajuste das previsões” Friedman (1985).

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