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Economia Política

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  200 Visualizações

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1. O que são trocas? Por que as realizamos? Por que as trocas são importantes para entendermos a obra de Smith?

As trocas podem ser descritas como as relações nas quais uma pessoa cede algo e recebe outra coisa por aquilo que cedeu. Realizamos as trocas porque desde a época das sociedades primitivas o homem já percebia que era mais fácil ater-se ao trabalho no qual ele era proficiente e com o fruto desse trabalho, realizar trocas para conseguir satisfazer as suas necessidades do que tentar satisfazê-las todas sozinho. Por essa razão, é impossível falar de troca sem falar da divisão do trabalho; é somente por causa desta que aquela é possível. Ao realizarmos a divisão do trabalho, cada pessoa fica responsável por produzir apenas uma coisa – e futuramente, menos ainda do que isso -, o que permite que as pessoas realizem aquele trabalho no qual elas conseguem os melhores resultados – leia-se “maior produtividade” – e com o excedente desse trabalho (tudo aquilo que é além do que necessitam), realizarem trocas para conseguirem aquilo que não produzem.

As trocas são importantes para entendermos a obra de Smith, pois ele baseia sua teoria em dois fatos, sendo um deles a capacidade inata do homem de realizar trocas. Partindo desse princípio, Smith explora a relação entre a divisão do trabalho e as trocas e principalmente fundamenta a sua tese de que o trabalho é o que gera riqueza.

Na visão de Smith, podemos definir troca como: uma pessoa induz a outra a ver vantagem em ceder o que ele tem em excesso, em troca daquilo que lhe interessa (que lhe é escasso).

2. Os mercantilistas tinha uma explicação de como se originava o excedente econômico em uma economia. Como Smith explica a origem do excedente econômico?

Para Smith o excedente econômico tem origem no trabalho; isto porque para o autor, o trabalho é a fonte de toda riqueza de um país. Aqui é preciso cuidado: apesar de Smith falar que a riqueza vem do trabalho, ele não considera a geração de riqueza uma propriedade exclusiva do trabalho: apesar da terra por si só não gerar riqueza, quando trabalhada pelo homem, ela aumenta a geração de riqueza (aqui podemos traçar um paralelo com os fisiocratas: apesar de Smith discordar da tese deles de que somente a terra é capaz de gerar riqueza, ele também acredita que a terra é produtiva).

É preciso também destacar que ao falar que a riqueza vem do trabalho, o autor estava falando do trabalho produtivo, ou seja, do trabalho que gera mercadorias, que deixa algum valor após ser realizado.

3. Explique os conceitos de 'Homo economicus', troca', 'divisão do trabalho' e 'excedente' para Smith. Explique como o encadeamento desses conceitos pode permitir a prosperidade econômica da nação.

Para Smith, o ‘Homo economicus’ era o homem racional capaz de ponderar suas opções e escolher aquela que mais lhe beneficiasse. Isso estava intrinsicamente relacionado com a troca que nada mais é que as relações nas quais uma pessoa cede algo e recebe outra coisa por aquilo que cedeu, pois durante esse processo de trocas, o ‘Homo economicus’ sempre buscava a melhor opção pra si, aquela que lhe permitisse adquirir o maior benefício possível.

A divisão do trabalho pode ser descrita como a quebra do processo produtivo em unidades menores, de modo a fazer com que cada pessoa seja responsável por uma parte cada vez menor deste processo produtivo. Para Smith, esta divisão do trabalho não só ocorreria naturalmente como também era indispensável para a prosperidade econômica de uma nação, uma vez que ela aumentava exponencialmente a produtividade do trabalhador. O autor mostra como exemplo disso a produção de alfinetes e sua “extensa divisão de tarefas entre dez trabalhadores” de tal maneira que “um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas etc..”. O resultado disso é um enorme aumento das forças produtivas de trabalho: os dez operários juntos agora produzem quarenta e oito mil alfinetes por dia, ao passo que sozinhos mal conseguiriam produzir vinte.

Porém, o próprio Smith mostra que a divisão do trabalho tem suas limitações, sendo elas: a sua aplicação na agricultura, devido ao reduzido espaço de trabalho e aos longos períodos de produção; e o tamanho do mercado existente na região em questão.

É importante notar que a divisão do trabalho está intimamente relacionada à troca: ao quebrar o processo produtivo, uma pessoa sozinha não é mais capaz de satisfazer suas necessidades, passando então a depender da troca para satisfazê-las.

O conceito de excedente diz respeito ao valor que o trabalho adiciona ao processo produtivo. Smith supõe que o preço de todas as mercadorias

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