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Economia mercantil-escravista – O Sistema oligárquico, sua formação e crise.

Por:   •  29/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  521 Visualizações

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Economia mercantil-escravista – O Sistema oligárquico, sua formação e crise.

Segundo José Márcio Rego e Rosa Maria Marques, processo de substituição da mão-de-obra nativa pela negra foi mais rápido na região Nordeste, núcleo inicial da produção açucareira, que demandava a força de trabalho proveniente da África. No resto do país, a implantação do sistema foi mais lenta, pois seu custo era alto fora das zonas dinâmicas da economia. Resolvido o fator trabalho, a monocultura pôde iniciar-se; eram extensas unidades produtivas tocadas por inúmeros trabalhadores.

O conceito de engenho ampliou-se a todas as terras e culturas, tornando-se equivalente a propriedade canavieira. As extensas terras eram ocupadas principalmente com as grandes plantações, mas também eram usadas para a agricultura de subsistência e a pastagem dos animais. Até o século XVII a produção de açúcar na América portuguesa era líder no mercado mundial, e só perdeu espaço quando entraram no cenário americano as produções concorrentes da América Central e das Antilhas.

Ainda durante o ciclo açucareiro, Lisboa enfrentaria dificuldades advindas das invasões holandesas na região Nordeste. A manutenção dos interesses portugueses na região Nordeste tornou-se mais difícil, sendo garantida na ponta das baionetas.

IMPORTANTE - “O Brasil é um dom do açúcar” Porque?

 Experiência anterior

 Condições naturais favoráveis

 Mercado Europeu atraente

Algumas Atividades Complementares: mandioca, tabaco, algodão (XVIII), pecuária (alimento e transporte – índio ou mestiço em sistema de parcerias)

O ouro brasileiro provocaria grandes mudanças, que levariam ao esgotamento da primeira fase do açúcar. As demais atividades declinaram diante da importância desse metal. O ouro trouxe para Minas Gerais, junto com as classes dominantes, um contingente populacional atraído pela ilusão do enriquecimento rápido. Os bandeirantes paulistas tinham como objetivo principal a captura de índios, contudo foram esses aventureiros que encontraram o ouro mineiro na região das cidades históricas.

A repercussão da descoberta do metal gerou um movimento migratório inédito para o Brasil, alterando o perfil populacional, sobretudo pelo surgimento de uma camada média na escala social. A indústria da mineração consolidava-se pela exploração das jazidas, que era realizada, de um lado, nas lavras e, de outro, pelo trabalho dos faiscadores.

A maior produção era obtida nas grandes lavras, que reuniam um número elevado de trabalhadores, a maioria dos quais era escrava. Não se registra a presença do índio. Diferentemente do ciclo econômico anterior, havia uma maior mobilidade social; um escravo podia chegar até a estabelecer-se por conta própria, trabalhando por quotas e acumulando o suficiente para adquirir a própria liberdade. A atividade aurífera exigia um controle maior por parte dos colonizadores, em virtude de sua importância como fonte de riqueza.

O controle era praticado por meio de atos, regimentos, regulamentos e vigilância local. É dessa época a determinação da quinta parte – o quinto – como taxação sobre o ouro extraído. A Fazenda Real enfrentava muitos contratempos para a fiscalização da cobrança desse imposto, pois era um tributo alto e os mineradores não poupavam criatividade para burlar o fisco e maquiar o montante da produção obtida.

Espontaneamente ou de forma compulsória, por meio do derrame, uma quantia de 100 arrobas (ou 1.500 quilos) tinha de ser entregue à fiscalização. Tamanho abuso de Lisboa determinou um clima de revolta, culminando com a Inconfidência Mineira, que, apesar de todos os percalços, conseguiu pôr um fim nesses atos predatórios para a colônia.

O século XVIII chegou ao seu final conhecendo a decadência da mineração brasileira. O ouro, que ainda era encontrado, geralmente nos leitos e nas margens dos rios (ouro de aluvião), tornara-se pouco abundante. Outra preciosidade explorada à época foram os diamantes. Em comparação com o ouro, sua produção foi pequena, mas conheceu a mesma lógica exploratória.

A corrida pelo ouro em direção a Minas Gerais alterou o quadro populacional interno, promovendo a ocupação do Centro-Oeste e a mudança do eixo econômico. Desenvolveram-se também, na região, a agricultura e a pecuária, como atividades acessórias para a manutenção da produção mineradora.

Outra conseqüência foi a transferência da capital, em 1763, da Bahia para o Rio de Janeiro, pois a comunicação entre Minas e a Metrópole seria estabelecida com mais facilidade por intermédio do porto carioca.

IMPORTANTE - Mudanças na Vida Colonial;

 Nova legislação – específica para a região das Minas – intendência das minas, o quinto, casas de fundição, capitação, datas e derrama;

 Aumento populacional – 300mil em 1700 para 3.300 mil em 1800;

 Crise do abastecimento;

 Aumento do custo de vida;

 Mudança do eixo político e econômico para o centro-sul;

 Sociedade mais flexível e urbanizada.

Com o florescimento da mineração, a agricultura atravessou um período de decadência. Fenômeno oposto ocorreria no século XVIII, quando novamente a agricultura se tornaria a maior fonte de recursos da colônia.

A aliança portuguesa com o governo inglês colocava Portugal numa posição privilegiada no emaranhado das guerras européias, e o Brasil pôde aproveitar as novas oportunidades para oferecer suas mercadorias tropicais. Com as novas tecnologias desenvolvidas na Revolução Industrial, o algodão tornou-se a principal matéria prima da época.

Com o surto

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