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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI MONDRAGÓN

Por:   •  6/12/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.983 Palavras (12 Páginas)  •  192 Visualizações

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI

MONDRAGÓN

 

LUCAS BASTOS NAVARRO PAES

Relatório Técnico-científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Barueri, para a disciplina Economia Internacional do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior.

Prof. Tadeu Zaccarelli Tavarez

Barueri – SP

11/2020


Introdução:

Mondragón é um município espanhol da província de Guipúzcoa, na comunidade autônoma do País Basco, pertencente à região do Alto Deva. Tem uma população de 22 051 habitantes de acordo com a revisão do registro municipal de 1 de Janeiro de 2013 publicado pelo Instituto Nacional de Estatística. A sua extensão é de 30,8 km², e a sua densidade é de 716,36 habitantes. / km². Arrasate é o nome basco da cidade que existia antes da fundação da cidade atual e cuja localização exata ainda não foi determinada. No entanto, se a toponímia for obedecida, Arrasate seria encontrado na encosta sudoeste do monte Santa Bárbara, enquanto o Mondragón medieval foi construído a leste desse monte.

Mondragón é a sede do movimento cooperativo basco (Mondragón Corporación Cooperativa) e um dos principais centros industriais da comunidade autônoma, bem como a sede da Universidade de Mondragón.

Hoje o nome do município é Arrasate / Mondragón. Essa dupla denominação resolve uma disputa que data de algumas décadas atrás e estabelece que o município se chama Arrasate e Mondragón em qualquer uma das duas línguas oficiais: espanhol ou basco. Em basco, a palavra Mondragoe também é usada, uma palavra basca derivada do romance Mondragón.

Fundação histórica da cidade:

A cidade de Mondragón foi fundada em 1260 pelo rei castelhano Alfonso X, o Sábio, no local onde existia uma aldeia chamada Arresate ou Arrasate. Assim, na carta de fundação do povoado pode-se ler a seguinte frase: aquela avie antes do nome de Arresate que nos denominamos Montdragon.

Existe uma lenda conhecida que atribui o nome de Mondragón (derivação do Montdragón original) à existência de um dragão chamado Herensuge que vivia no Monte Santa Bárbara e que aterrorizava os habitantes de Arrasate e arredores. Este dragão foi derrotado pelos ferreiros da região e o povoado que nasceu no abrigo do Monte Murugain recebeu em sua memória o nome de Montdragón. Os historiadores pensam, entretanto, que o nome não foi originado por lenda, mas sim que a lenda foi inventada a posteriori para tentar explicar o nome, e eles acreditam que esse nome evocativo foi simplesmente uma ocorrência poética do sábio rei. O nome de Mondragón também pode ter algum tipo de relação com Frey Guillen de Mondragón, comandante de Consuegra, cavaleiro de San Juan, que concedeu a carta a Turleque em 1248 e que por sua vez era amigo íntimo do monarca Alfonso X, desde então Ainda criança, foi-lhe concedida a propriedade do castelo e da cidade de Archena recentemente conquistada pelo emir Ibn Hud, como comandante da ordem de San Juan. É muito provável que ambos coincidissem novamente durante o processo do Pacto de Jaén e as subsequentes escaramuças militares castelhanas que coincidiriam no tempo com a entrega da Carta de Puebla a Mondragón, entregue em algum ponto perto de Santisteban del Puerto ou Iznatoraf.

História da economia local:

Desde a Idade Média, a economia de Mondragon gira em torno da metalurgia. Nos primeiros decretos da Irmandade de San Valerio fica claro que já no século XV a maioria dos quase 1.900 mondragoneses que existiam então se dedicavam à obtenção do aço e sua transformação. Um aço conhecido pela marca Mondragón Steel. Essa produção era realizada na siderurgia e de forma tradicional.

No final do século XIX, esta longa tradição siderúrgica foi ligada às novas técnicas industriais, e a economia local foi reorientada para as modernas instalações metalúrgicas, cujos produtos se destinavam ao mercado nacional e à exportação. Dentro da metalurgia, o setor de serralheria se desenvolveria especialmente.

Em 1906 foi criada a empresa Unión Cerrajera de Mondragón (UCEM), como resultado da fusão de duas empresas anteriores: Vergarajauregui, Resusta y Cía. (nascido em 1869) e Serralheiro Guipuzcoana. A UCEM era uma empresa modelo integral, que abrangia todo o processo produtivo desde o aço à parte metalúrgica, e que não se limitava apenas à produção de chaves e fechaduras, como o seu nome parece indicar. Durante boa parte do século XX e até ao surgimento do movimento cooperativo, a UCEM, juntamente com outras empresas de menor porte, foi o motor da economia Mondragonese. A outra grande empresa Mondragonese, juntamente com a UCEM, foi La Cerrajera Moderna ELMA, S.A. fundada em 1925.

Em meados do século XX e no entorno da Escola de Aprendizagem, criada como obra social pela UCEM, o movimento cooperativo basco começou a ganhar corpo, a partir da constituição de empresas inspiradas nos princípios cooperativistas. Um dos principais promotores deste movimento foi o padre José María Arizmendiarrieta. Foi criada uma Escola Politécnica (actualmente integrada na Universidade de Mondragón) e a partir da primeira promoção desta escola, em 1955, foi fundada em Vitória a primeira cooperativa, denominada ULGOR (actual Fagor Electrodomésticos). Esta cooperativa, que em 1959 se instalou definitivamente em Mondragón, dedicada ao fabrico de linha branca, iria crescer até se tornar uma das principais empresas do sector a nível nacional e uma das principais empresas do País Basco. Numerosas cooperativas industriais se desenvolveriam em torno da Fagor, diversificando-se em diferentes ramos industriais, bem como uma caixa de poupança, Caja Laboral Popular, e uma seguradora, Seguros Lagun Aro. No início da década de 1980, todas essas cooperativas autônomas, mas inter-relacionadas, se reuniram, formando a Mondragón Corporación Cooperativa (MCC).

Importancia de Mondragón:

 
Mondragón é um dos principais centros industriais, tanto em Guipúzcoa como no País Basco. Mondragón é o epicentro do movimento cooperativo basco, que se cristalizou na segunda metade do século XX com a criação de inúmeras empresas cooperativas, a maioria das quais com sede nesta cidade. A sede da Mondragón Corporación Cooperativa, que agrupa a maior parte delas, está localizada em Mondragón.

Mondragón garante cerca de 12.000 empregos, razão pela qual não só emprega grande parte da população do município, mas também atrai trabalhadores de municípios próximos e mesmo de regiões vizinhas.

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