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Jogos, jogos e resolução de problemas

Tese: Jogos, jogos e resolução de problemas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/8/2014  •  Tese  •  1.923 Palavras (8 Páginas)  •  377 Visualizações

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Jogos, brincadeiras e resolução de problemas

Na educação geográfica, queremos que os alunos obtenham informações e que saibam analisá-las e relacioná-las, para que possam entender o que acontece no mundo.

O processo de aprendizagem pode ser entendido como um processo de aquisição do conhecimento e também como teoria que auxilia na forma de ensinar, ou como um método para criar condições para o aluno aprender um determinado tema ou conteúdo.

O professor precisa analisar constantemente suas intenções e os materiais didáticos, ressaltando novos aspectos e observando se está havendo aprendizagem ou não.

É difícil imaginar uma aula de geografia sem mapas, documentos, fotografias e também jogos. A organização das aulas a partir do planejamento, pode auxiliar o professor a desenvolver o conteúdo de uma maneira mais significativa.

Os jogos e as brincadeiras são situações de aprendizagem que propiciam a interação entre alunos e professor, estimulam a cooperação, contribuem também para o processo contínuo de descentração, auxiliando na superação do egocentrismo infantil, ao mesmo tempo em que ajudam na formação de conceitos. Atuam no campo cognitivo, afetivo, psicomotor e atitudinal. Os jogos auxiliam a aprender a pensar e a pensar sobre o espaço em que vive.

Os jogos e as brincadeiras são entendidos como uma situação em que se tem de tomar decisões e cooperar com os outros jogadores. Espera-se desenvolver situações de aprendizagem voltadas para as atitudes, focadas na formação cidadã e no respeito ao próximo.

Um dos fundamentos principais do jogo como atividade de ensino é criar e executar maneiras nas quais os alunos consigam chegar ao resultado final por meio de erros e acertos, conferindo o papel no desenvolvimento cognitivo. Pensar no jogo como atividade didática e ampliar o sentido dos objetivos de aprendizagem e avaliar o papel da pedagogia.

Além dos jogos e das brincadeiras, é possível desenvolver atividades por meio de situações-problemas, que estimulam o raciocínio do aluno para que ele possa compreender conceitos e proposições e conduzir estratégias para analisá-los e associá-los os dados da realidade.

As situaçoes-problema podem ser entendidas como questões que necessitam de um método que auxilie o aluno a tornar-se competente nas suas ações.

A metodologia do ensino possui vários caminhos pedagógicos, e a resolução de problemas é um deles. As situações-problema, que abordamos anteriormente, fazem parte da metodologia da resolução de problemas. Por meio dela, podem-se criar algumas situações que estimulem o aluno a pensar várias hipóteses, razões ou dúvidas em relação ao objeto estudado, fazendo com que o professor tenha de questionar, direcionando o processo dessa crítica anti o problema exposto.

No processo de aprendizagem em geografia o jogo é parte dele, mas é importante que ao jogar o aluno se aproprie dos conteúdos que estão sendo trabalhados.

O significado da construção dos conceitos

Para se trabalhar especificamente com conceitos como paisagem, região, espaço, território, lugar e meio físico, é necessário que haja um certo conhecimento dos fundamentos epistemológicos referentes à compreensão desses conceitos e sua mudanças ou na história do pensamento geográfico, bem como na geografia escolar.

Na aquisição do conhecimento, devem-se evidenciar as capacidades de raciocínio por meio da interligação entre os conceitos, possibilitando a organização de uma rede de conceitos que estruturam o conceito-chave que está sendo o principal. Em função disso, há necessidade de aprofundar questões acerca das teorias da aprendizagem para se ter clareza dos caminhos que nortearão o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, a didática que irá estruturar o passo-a-passo da relação entre teoria e a prática de sala de aula.

Quando o aluno não entende o significado da palavra, terá, sem dúvida, dificuldade em compreender o conhecimento científico no caso escolarizado. O desconhecimento da linguagem ou das palavras compromete o entendimento do conteúdo em questão. Esse fator é essencial, na medida em que a atribuição de significados diferentes ao conceito implica entendimento incorreto.

Mas o que é conceito?

Os alunos ao colocados cotidianamente diante de vários conceitos que são elaborados e reelaborados tendo como referência as ideias do cotidiano que são confrontadas nas aulas, ou seja, os conceitos são provenientes de vários referenciais culturais e teóricos e, por vezes, são pontuais ou fragmentados, e o desafio está em organizá-los. Para Bachelard (1996), significa sair da contemplação do mesmo para buscar o outro, para dialetizar a experiência, ou seja, é preciso diversificar o pensamento e superar as certezas, reorganizando as ideias e os saberes. A partir das experiências e observações do mundo real assentam-se as noções e conceitos que são, em um primeiro momento, intuitivas e, por meio de mediação das atividades didáticas, aulas expositivas, situações-problemas e projetos educativos confrontados e reestruturados ou reelaborados, tornando mais coerentes os saberes científicos.

Uma proposta pedagógica se forma a partir de um elo entre quem ensina e quem aprende. Para isso, é preciso ter uma aula dialogada, com pergunta; e aberta para receber perguntas; uma aula que parta das referências dos alunos e traga para as explicações científicas as dúvidas e as experiências do dia-a-dia. Na construção de um conceito, por exemplo, é necessário que ele seja contextualizado, que haja espaço para a história do fenômeno estudado.

O conceito é uma ideia a cerca de um objeto ou fenômeno. Ou seja, a ideia que se tem, por exemplo, de uma cadeira não é a cadeira fisicamente. Ao se referir a uma cadeira, todos os que compartilham desse conceito compreendem que se trata de um determinado objeto com forma e função específicas. Mesmo que no pensamento um tenha tido a ideia de uma cadeira de madeira igual à que possui em casa, outro tenha pensado em uma cadeira de metal, e ainda, outro tenha pensado na cadeira que utiliza na escola, ocorre que todas elas existem, mas o que realmente importa não é uma ou outra, e sim as representação do objeto para que todos possam compartilhar da mesma ideia.

Nesse sentido, o conceito de cadeira só existe no planos das ideias, para que possamos estabelecer a comunicação entre pessoas que compartilham dessa mesma malha de significados. Daí a intrínseca relação entre e a construção dos conceitos de um determinado indivíduo e a sociedade em que ele está inserido, e é isso que nos permite

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