TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Lei 102/1985 como aplicar

Por:   •  24/11/2022  •  Resenha  •  5.082 Palavras (21 Páginas)  •  99 Visualizações

Página 1 de 21

[pic 1]

Argumentação

1 Definição

Para Anthony Weston, argumentar é oferecer um conjunto de razões ou de provas para fundamentar uma conclusão.

Para Plantin, argumentar é o conjunto de técnicas de legitimação das crenças e dos comportamentos. A argumentação objetiva influenciar, transformar ou reforçar as crenças e os comportamentos da pessoa ou pessoas que pretendemos convencer.

Para Manuel Atienza, argumentar é uma atividade que consiste em dar razões a favor e contra uma determinada tese, que se pretende defender ou refutar.

O que há de comum entre essas definições:

  1. Apresentar razões para fundamentar uma pretensão ou conclusão;
  2. que as razões convenção ao interlocutor a quem se dirige a argumentação.

2  Argumentação e lógica

2.1 Argumentar é:

“uma atividade através da qual apresentamos RAZÕES para justificar uma crença, uma preferência, uma ação. É explicitar o porquê, a causa, o motivo. Quando argumentamos pretendemos convencer/persuadir/ influenciar alguém”

Exemplos: o político que apresenta seu plano de governo para ganhar a eleição, o pai que discute com seu filho sobre o que pode ou não pode fazer, o professor que ensina o conteúdo a seus alunos, o advogado que pretende convencer o juiz.

Os argumentos permeiam nossas vidas (PINTO, 2001). Através deles apresentamos as razões que acreditamos justificarem nossas afirmações, as posições que consideramos corretas e procuramos convencer nossos interlocutores a passarem para o nosso lado.

2.2 O conceito de argumentação assenta-se em quatro elementos:

a) é uma ação relativa a linguagem;

b) sempre pressupõem um problema, uma questão;

c) supõem um processo –proposição do problema e a solução do mesmo e um resultado;

d) três componentes: premissas, conclusão e inferência (ATIENZA, 2013).

 

2.3 Ao argumentar produzimos argumentos. Mas, o que são argumentos? Partiremos de exemplos:

a)  Ontem, havia nuvens no céu.  Depois, choveu.  Hoje também há nuvens. Então, hoje choverá.

 

b) Todo aquele que comete um homicídio doloso deve ser condenado. Sócrates assassinou cruelmente Corbélia. Então, Sócrates deve ser condenado.

c) Fulana se considera bela, mas pouco fotogênica, porque, apesar de elogiada por todos, nunca obteve uma foto de si mesma com a qual ficasse plenamente satisfeita.

Quais são as conclusões e como encontrá-las?

Assim sendo, do ponto de vista lógico-formal, um argumento é a sequência de enunciados, na qual um deles é a conclusão, e os demais são premissas, as quais servem para provar ou pelo menos, fornecem alguma evidência para a conclusão. Não existem argumentos com apenas um enunciado.

a) Sócrates foi condenado pelo assassinato de Corbélia.

b) Sócrates foi condenado pelo assassinato de Corbélia, pois o Defensor Público não conseguiu demostrar que ele não fora o autor.  

ARGUMENTO: PREMISSA (s) + CONCLUSÃO

2.4 Estrutura de um argumento

2.4.1 Nos textos argumentativos, os argumentos, em geral, não aparecem na forma padrão. A forma padrão é o modo estabelecido para apresentar o argumento, enunciando primeiro as premissas e a seguir a conclusão.

Vejamos como transformar textos ou parágrafos argumentativos em argumentos na forma padrão.

  1. Identifique as premissas e a conclusão;
  2. Exponha as premissas e depois a conclusão

 

Para facilitar citamos os indicadores de premissas e conclusão mais frequentes:

Indicadores de premissas

Indicadores de conclusão

porque/visto que…/dado que…/por causa de…/como…/considerando que…/devido a…/uma vez que… (e outras expressões equivalentes)

logo…/portanto…/então…/por conseguinte…/segue-se que…/daí que…/consequentemente…/por isso…/infere-se que…. (e outras expressões equivalentes)

Macetes:

Para encontrar a conclusão: o que é que este argumento pretende demonstrar?

Para encontrar as premissas: que razões ou justificações são apresentadas em favor da conclusão?

Exemplos:

a) “O ensino deve privilegiar o desenvolvimento de competências, uma vez que, hoje em dia, o conhecimento está disponível on-line e os cidadãos só precisam de saber procurá-lo, selecioná-lo e fazer a sua apropriação pessoal”

Premissas:

O conhecimento está disponível on-line.

Os cidadãos só precisam de saber procurar, selecionar e fazer a sua apropriação. 

     

Conclusão:    

Logo, o ensino deve privilegiar o desenvolvimento de competências.

b) “ A minha irmã adora cinema, por isso tenho a certeza de que vai gostar do Matrix, dado que não há apreciador de cinema que não goste do Matrix”.

Premissas:

Todos os apreciadores de cinema gostam do Matrix.

A minha irmã adora cinema.

Conclusão:

Portanto, a minha irmã vai gostar do Matrix.

c) A decisão judicial, segundo esta concepção, não precisa ser política, uma vez que envolve apenas questões de significado e de fato independentes de juízos de valor. A determinação das questões de direito podem, dessa forma, ser realizadas de modo objetivo e não ideológico. Juízes deveriam ser profissionais treinados a operar de acordo com uma lógica “independente”. 

...

Baixar como (para membros premium)  txt (31.8 Kb)   pdf (470.9 Kb)   docx (1.1 Mb)  
Continuar por mais 20 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com