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Macroeconomia - Contabilidade nacional

Seminário: Macroeconomia - Contabilidade nacional. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/5/2014  •  Seminário  •  5.829 Palavras (24 Páginas)  •  698 Visualizações

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Aula nº 11 – Macroeconomia – Contabilidade Nacional

Objetivo:

Desenvolver no aluno o conhecimento da Macroeconomia, relacionada à ao estudo da Contabilidade Nacional, aprendendo os seguintes itens:

• Os conceitos de Renda, Produto e Despesa Nacional

• As diversas formas de contabilização do Produto

• A identidade entre os três conceitos mencionados acima

• As diferenças entre Produto Nominal e Real

• As principais relações entre os componentes do Produto

1 Introdução

A Macroeconomia estuda os grandes processos da Economia nacional como um todo. Ela observa as variáveis econômicas (oferta, demanda, preços, etc.) em termos agregados, ou seja, abrangendo todos os agentes econômicos na escala de todo o território do país que está em foco. Por isso, costuma-se falar nos agregados macroeconômicos, que são as variáveis mais abrangentes da Economia. Produção, emprego e desemprego, nível de preços e inflação, participação do Governo na economia, exportações, importações, entrada e saída de capitais, taxa de câmbio: esses são os principais aspectos abordados por esta subdivisão das Ciências Econômicas.

A Macroeconomia surgiu como ramo específico dos estudos econômicos a partir da obra do grande economista John Maynard Keynes: a “Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda”, publicada em 1936. Essa obra revolucionou as concepções tradicionais da Teoria Econômica.

A principal corrente de idéias econômicas na época era a chamada escola neoclássica, surgida nos fins do século XIX. Havia economistas críticos dessa escola – a começar pelos marxistas, mas incluindo alguns outros economistas independentes -, porém o predomínio dos neoclássicos nas Ciências Econômicas, nas universidades dos países avançados e entre os políticos e empresários, era incontestável. Keynes apoiou-se na maioria das concepções básicas dos neoclássicos, mas introduziu modificações fundamentais e criou uma nova maneira de pensar nos problemas macroeconômicos.

O objetivo principal da obra keynesiana era explicar como era possível a existência de desemprego em massa nas economias capitalistas desenvolvidas. Esse fato manifestou-se com a Grande Depressão de 1929 e durou quase toda a década de 1930. A teoria neoclássica não tinha explicações para o problema e propunha soluções que, na época, eram disparatadas. Keynes abordou a questão de um novo ângulo e ofereceu respostas mais efetivas para enfrentar a situação. Suas sugestões acabaram incorporadas ao corpo principal da Teoria Econômica e, nas três décadas seguintes à Segunda Guerra Mundial (1939-45), tornaram-se o receituário comum nos países avançados.

O estudo da Macroeconomia apóia-se no registro estatístico dos principais fluxos da produção e da renda. Este registro (denominado Contabilidade Nacional) segue normas e princípios definidos, cada vez mais uniformizados em escala internacional. A partir do impulso dado pela teoria keynesiana, os países desenvolvidos e, a seguir, todos os países que se empenhavam na busca do desenvolvimento econômico em moldes capitalistas, passaram a sistematizar esses registros na segunda metade do século XX.

Para compreender a Contabilidade Nacional, um bom início de conversa pode ser uma revisão da aula que trata do fluxo circular da renda. Esse fluxo vai nos mostrar de forma simplificada os principais agregados macroeconômicos: o Produto, a Renda e a Despesa.

• Produto: é a denominação genérica para toda a produção de bens e serviços finais de uma economia. Costuma-se usar dois modos de contabilizá-lo: o Produto Nacional Bruto (PNB) e o Produto Interno Bruto (PIB). O PNB é mais usado nos EUA; o Brasil usa mais o PIB. Veremos como eles são calculados e a relação entre ambos; na verdade, são maneiras distintas de medir o fluxo anual da produção nacional de bens e serviços.

• Renda: como você viu na Aula 1, citada, as famílias recebem remunerações pela venda de seus fatores de produção às empresas. Essas remunerações são chamadas de Renda. A renda da terra é o aluguel, a do capital é o lucro (ou os juros, quando o capital é emprestado por terceiros) e a renda do trabalho é o salário. Assim, aluguéis, lucros, juros e salários são os principais componentes da Renda Nacional de um país. O valor da Renda Nacional iguala o valor do Produto Nacional (veremos adiante como ocorre essa igualdade).

• Despesa: os agentes econômicos (empresários, consumidores, governo, outros países) compram a produção de bens e serviços da economia nacional. Essa distribuição do produto entre os agentes que o adquirem é um elemento importante do estudo da Macroeconomia.

A primeira expressão importante da Macroeconomia é a que afirma a igualdade entre esses três conceitos. De fato, trata-se de uma igualdade por definição, o que faz com que a consideremos mais do que uma igualdade: é uma identidade macroeconômica. Assim, dizemos que o Produto sempre é igual à Renda e à Despesa, em termos agregados.

2 Mensuração da atividade econômica: Poduto Interno Bruto = PIB

Para realizar a medição de produção de um país, a medida mais utilizada é o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma da produção de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, em determinado período de tempo. É importante observar que o PIB inclui não apenas a produção de bens (tangíveis), como também a produção de serviços (não tangíveis). Além disso, vale observar que o PIB refere-se a um fluxo medido num determinado de tempo (pode ser um ano, um trimestre e assim por diante), medida esta que não deve ser confundida com o conceito de estoque (que é uma somatória de fluxos).

O PIB é composto por três setores econômicos: o primário, o secundário e o terciário. No setor primário, estão incluídas as atividades relativas à agricultura e a pecuária; o secundário concentra as atividades relativas à indústria extrativa, indústria de transformação (metalúrgica, química, eletroeletrônica, material de transporte etc.), construção civil e os serviços industriais de utilidade pública, como energia elétrica, telecomunicações etc. Já o setor terciário envolve as atividades relacionadas ao comércio (atacadista e varejista), serviços, setor financeiro, transportes etc.

De maneira geral, existem três formas de medir a atividade econômica de um país,

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