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O ABC da greve

Por:   •  16/9/2017  •  Resenha  •  2.294 Palavras (10 Páginas)  •  858 Visualizações

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ABC da Greve

          ABC da greve trata de uma das greves mais importantes da história: a greve dos metalúrgicos do ABC paulista (Santo André, São Bernardo e São Caetano), em 1979. Os sindicatos e movimentos sociais viviam sob a sombra da repressão e da intervenção durante todo o tempo, empresariado e governo partilhavam de uma postura nitidamente conservadora e havia uma aliança de interesses entre esses dois.

          Os empresários faziam aliança com o governo para ignorar acordos com os sindicatos e manter os trabalhadores sob constante ameaça. Os grevistas eram tratados como criminosos, o que tornava as reivindicações salariais um ato de muita coragem e atitude.

          No início a greve, as motivações imediatas, a forte repressão policial nas ruas termina com a trégua aceita pelos sindicalistas, quando estes voltam ao trabalho enquanto negociavam com os empresários.

          A classe operaria viviam em condições precárias enquanto os empresários viviam em mansões, próximo das empresas. As péssimas condições de vida dos operários, vivendo em favelas com salários baixos e um o aumento do custo de vida, e obrigados a conviverem com a baixa qualidade de serviços públicos como saúde, saneamento e educação. A moradia era em péssimas condições.  

           Mulheres e crianças trabalhavam na mesma função para ganhar um salário baixo. Os empresários mandavam militares para acabar com a greve. Com o fim da trégua, quando algumas fábricas, como a Ford, descumprem o acordado com os sindicatos e cortam o ponto dos grevistas pelos dias em greve.

          Já no pátio da Volkswagen cheio de fuscas é a primeira imagem do filme, em seguida é mostrada uma fábrica vazia. Em São Bernardo do Campo, onde se reuniam de 60 a 90 mil metalúrgicos durante a greve. Os sindicalistas queriam apenas reivindicar seus direitos. Lula era porta voz dos grevistas, mas quando ele se ausentou por dois dias as manifestações perderam forças. As falas de Lula remetiam à honra dos trabalhadores, direitos, não à luta de classes etc., embora esses discursos circulassem, entre os sindicalistas. Lula lutou muito pela classe e tomou decisões iniciais. Nas falas de Lula era possível enxergar determinadas estratégias entre os grevistas.

          Os sindicalistas tentavam manter um ambiente tranqüilo e conservador. Na verdade não era permitida greve. E ainda, a abertura que o governo deu... em parte era boa.

          A greve de 1979 foi um marco histórico, movimento foi além das fronteiras do sindicalismo. A Igreja Católica, também entrou no desafio.

Linha de Montagem

           São Bernardo do Campo um dos municípios que integra o ABC, cidade moldada pela industrialização. Esta concentrada a grande indústria automobilística, carro chefe da economia nacional responsável pelo PIB.

          Em 1979 desencadearam um movimento que chamou a atenção de vários países. No inicio do movimento sindical em São Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se tinha as maiores greves de metalúrgicos na região, desafiando a repressão da ditadura militar. No estádio da Vila Euclides, era onde os operários decidiam os novos rumos do movimento.

Nas palavras de Lula:

Em primeiro lugar a greve não começou em 1979, ela começou alguns anos atrás principalmente no congresso de trabalhadores feito em 1974. Depois veio a campanha de reposição salarial. Em seguida a greve de 1978, tudo isso se juntou ao desejo dos trabalhadores de conquistar algumas reivindicações. A reivindicação dos trabalhadores era a estabilidade de emprego, liberdade e autonomia sindical, salário mínimo unificado e contratação coletiva de trabalho.

          Em 1979 os empresários não ofereciam o que os trabalhadores pediam, na realidade queria a volta do trabalho, para depois ser discutido. E a classe apoiava a greve e tudo que Lula dizia. Em março de 1979 houve a intervenção federal do sindicato dos metalúrgicos.

          O filme relata o apoio dos trabalhadores ao sindicato e a luta do sindicato dos trabalhadores, mesmo com a intervenção do governo e dos empresários. Lula ficou ausente por dois dias sem manter contato com os trabalhadores, porque houve uma intervenção federal.

          No dia 10 de maio do mesmo ano teria uma assembléia, os trabalhadores apoiavam a foi diretoria.

          As forças armadas foram usadas para intimidar os trabalhadores.

Os trabalhadores tiveram o apoio da Igreja. Os mesmos criaram um fundo de reserva durante a greve, como festivais e futebol beneficente. Os trabalhadores estão descontentes com seus salários e a baixa qualidade de vida e resolvem parar as máquinas.

“A trégua dos 45 dias aceita pelos operários em função de um acordo segundo o qual as empresas não poderiam dispensar nenhum dos trabalhadores durante o prazo de 120 dias, várias fabricas mão respeitaram o acordo. Em 27 de abril – Equipamentos Vilares dispensa 308 trabalhadores. A resposta dos trabalhadores é a greve”.

           Foram feitas varias prisões. Com a prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de Segurança Nacional (LSN).

          O governo interferiu na volta da diretoria do sindicato...

          Esses trabalhadores deram início às grandes greves e ao renascimento do movimento sindical brasileiro.

“Durante 14 meses de intervenções pela primeira vez no Brasil uma diretoria sindical cassada e condenada continua na frente da luta da categoria utilizando com alternativa a infra-estrutura do fundo de greve e criando desta forma as condições para retomada do sindicato”...

A classe operaria vai ao paraíso

          A década de 70 seria, no entanto, um período de profundas transformações no capitalismo do mundo todo, em que se inclui a Itália. Depois de um período de conquistas para a classe trabalhadora. O resultado seria que muitos dos direitos conquistados seriam pela burguesia da época, para diminuir os custos e poupar a força de trabalho.

         O homem cada vez mais se torna uma máquina, é o homem que tem de adaptar-se à máquina. O papel do trabalhador na geração de riqueza passa a ser questionado, a crise capitalista faz com que a organização dos trabalhadores se depare com o aumento do desemprego.

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