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O MERCADO FINANCEIRO

Por:   •  5/5/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  932 Palavras (4 Páginas)  •  223 Visualizações

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1. Mercado financeiro

1.1 Política monetária

A Política monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a liquidez global do sistema econômico. Dessa maneira, esse tipo de política praticada pelo Estado tem o poder de impactar diretamente a inflação e a taxa de juros de um país. E assim, impactar diretamente a economia. Para gerir a economia de um país, as autoridades se utilizam de uma série de instrumentos de política monetária. Pode-se dividir ela em dois grandes grupos: a política monetária restritiva e a política monetária expansionista.

1.2 Política monetária restritiva e expansionista

Política monetária restritiva engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos. Política monetária expansiva é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Incidirá positivamente sobre a demanda agregada.

2. Instrumentos

2.1 Compra e venda de títulos públicos

        É o mercado aberto onde os bancos realizam operações de compra e venda de títulos públicos federais. Assim, o Governo pode atuar nesse mercado, através do Banco Central, comprando e vendendo títulos públicos federais. Quando o governo compra títulos, eles está inserindo moeda na economia, e assim incentivando a política expansionista.

        O oposto ocorre quando há a venda de títulos. Ao ser efetuada a venda, é retirada moeda da economia e trocada em forma de títulos. Por isso, a venda é utilizada para reduzir a liquidez de uma economia, e faz parte da política restritiva. Exemplo: através do Tesouro Direto, é possível comprar os títulos vendidos pelo Tesouro Nacional.

2.2 Depósito compulsório

        O depósito compulsório é o recolhimento, pelos bancos, de um percentual sobre os valores depositados de acordo com a política do Banco Central. Este pode ser encarado como uma taxa que os bancos pagam ao Banco Central. Neste sentido, o recolhimento pode ser feito em moeda ou em títulos públicos federais. Assim sendo, quanto maior a taxa de depósito compulsório, menos recursos os bancos possuem para emprestar e, por consequência, menos dinheiro circulará na economia. Ou seja, o depósito compulsório limita a quantidade de recursos que os bancos podem fornecer. Por isto, o seu aumento faz parte de uma política monetária contracionista. Enquanto que a sua redução faz parte de uma política monetária expansionista.

2.3 Redesconto        

        No redesconto bancário o Banco Central concede “empréstimos” aos bancos comerciais a taxas acima das praticadas no mercado. Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos comerciais somente quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a demanda de recursos depositados não cobrem suas necessidades. Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros para estimular os bancos comerciais a pegar estes empréstimos. Os bancos comerciais por sua vez, terão mais disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado, consequentemente a economia aquece.

        E quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os bancos comercias a pegá-los. Desta forma, os bancos comerciais que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia desacelera.

4 Exemplo real do uso da política monetária no Brasil

        O Brasil com suas grandes oscilações e volatilidade econômicas torna-se um ambiente propício para a constatação do uso de políticas monetárias. Tanto é, que em um curto espaço de tempo, o país oscilou entre políticas expansionistas e contracionistas. Geralmente, em países mais desenvolvidos, a oscilação entre políticas se dá em espaços longos de tempo, não sendo raro um país desenvolvido passar mais de uma década sem grandes alterações na condução da política macroeconômica. O Brasil, entretanto, entre anos de 2016 de 2018 variou de uma política amplamente contracionista para uma expansionista. O Brasil passou por uma grande alta da inflação de 2014 até 2016, devido a políticas estimulantes do consumo que já não davam o resultado esperado. Como vimos, a inflação possui efeitos nocivos sobre uma economia, é uma forma de contê-la é através de uma política monetária contracionista. Pois bem, assim foi feito no Brasil, e isto pode ser constatado acompanhando a evolução da taxa Selic, que saiu do patamar de 7,25% para chegar no pico de 14,25% em julho de 2015. Isto para conter a inflação, que ainda chegaria ao pico de 10,70%, um patamar considerado elevado. A taxa Selic ainda foi mantida no patamar de 14,25% até novembro de 2016, quando a inflação deu sinais de que reduziria. Pode-se dizer que esta política teve sucesso, visto que a inflação de 2017 ficou abaixo dos 3%, um patamar muito baixo se tratando de Brasil. O controle da inflação no entanto, como descrito no texto, foi obtido através de uma redução significativa do PIB e uma elevação do desemprego. A partir do final de 2016 o país deu início a uma política expansionista, com a Selic chegando até o menor patamar da história do país em 2018.

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