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O Mercado de Câmbio

Por:   •  5/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.555 Palavras (7 Páginas)  •  183 Visualizações

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3. O Mercado de Câmbio

O mercado de câmbio é a troca de moedas estrangeiras. É um mercado muito importante, pois todos os países possuem uma economia e uma produção local, porém o comércio é internacional. Cada país possui a sua moeda, então é necessário estabelecer políticas nas relações de troca.

A responsabilidade de definir as diretrizes e normas de uma política cambial cabe ao Conselho Monetário Nacional, enquanto o Banco Central é responsável pela execução dessa política. Vale ressaltar que a política cambial vai tratar das diretrizes e normas, principalmente em relação à cotação de uma determinada moeda frente às outras. Já o mercado de câmbio, é como esse mercado se organiza, quais as instituições autorizadas, o que é um contrato de câmbio e como funciona quando um país fará essa troca internacional.

Os principais participantes deste mercado são os bancos comerciais, empresas que se envolvem no comércio internacional, instituições financeiras como firmas de administração de ativos e companhias de seguros e o banco central de um determinado país. É importante salientar que existe também a participação de indivíduos neste mercado, como um turista que necessita de uma determinada moeda estrangeira, por exemplo.

Quando falamos de mercado de câmbio, faz-se necessário abordar o regime cambial, que é a forma como se estabelece a taxa de câmbio. Essa taxa depende das variáveis macroeconômicas de um país e de sua relação com o resto do mundo. Podemos dizer que o que interfere na taxa de câmbio de um país seria o risco-país, o nível de emprego e desemprego, inflação, o nível de desenvolvimento, entre outros. No entanto, cada país possui regimes cambiais, que são formas como o banco central pode estabelecer para definir a taxa de câmbio. Existem três tipos de regime cambial:

                                                                     

Câmbio Flutuante: “O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura. Neste sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em intervalos curtos de tempo”. (http://www.suapesquisa.com/economia/cambio_fixo_flutuante.htm)

Na prática, as taxas de câmbio flutuante não são muito positivas para países que estão em desenvolvimento e que possuem instabilidade monetária ou política, em que o Banco Central não é confiável. Com qualquer sinal de uma instabilidade, a taxa de câmbio não flutua, ela simplesmente afunda. O problema não se restringe apenas a taxa cambial, com a valorização de moedas estrangeiras pode ocorrer a inflação e com uma possível desvalorização dessas moedas, a queda das exportações

A vantagem seria que é o mercado em si que regula as taxas de câmbio e, dessa forma, não haveria distorções cambiais na economia.

Câmbio Fixo: “O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o dólar) é fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um valor fixo em relação a essa moeda-lastro”. (http://www.suapesquisa.com/economia/cambio_fixo_flutuante.htm)

A principal vantagem do câmbio fixo é que o governo tem um maior controle sobre a inflação, no entanto, caso a moeda nacional seja muito valorizada frente ao dólar, por exemplo, pode ocorrer uma diminuição considerável nas exportações e um aumento nas importações, causando assim um déficit na balança comercial. Vale reiterar que com a moeda interna valorizada, a tendência é que haja mais importações, e com a moeda estrangeira mais valorizada, mais exportações. Isso se deve principalmente pelo fato de que todas as transações internacionais são feitas em dólar, e com o mesmo valorizado, quem vende/exporta lucraria bem mais, e se desvalorizado, quem compra/importa lucraria mais.

Câmbio Atrelado: “Neste sistema cambial, a autoridade monetária do país (no Brasil é o Banco Central) permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado limite (valor máximo e valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda cambial. Quando as taxas de câmbio saem deste intervalo, então ocorre a intervenção do Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda estrangeira. Com isso, ele consegue fazer com que a taxa passe a operar dentro daquele intervalo estabelecido.” (http://www.suapesquisa.com/economia/cambio_fixo_flutuante.htm)

A taxa de câmbio atrelada, portanto, é a tentativa de implantar a taxa flutuante e a fixa ao mesmo tempo, mas na verdade, não consegue ser nenhuma das duas. O principal problema é que ocorre um confronto entre a política monetária e a política cambial, pois o Banco Central tenta aplicar as duas políticas ao mesmo tempo, porém ambas são excludentes, ou seja, impossíveis de serem efetuadas simultaneamente. Com a taxa de câmbio fixa não há política monetária e com a taxa de câmbio flutuante não há política cambial.

A principal vantagem desse modelo seria a possibilidade da variação cambial, e diferentemente da taxa fixa, sem muitas valorizações e desvalorização. Outra vantagem é que atende às necessidades do mercado cambial, pois as bandas podem ser mudadas de acordo com a situação econômica interna ou externa do momento.

3.1 O Mercado de Câmbio na América Latina

Com a queda nos preços das commodities, países da América Latina vêm sofrendo impactos negativos em suas economias e moedas. As ações dos países latino-americanos despencaram em 2015 com a queda do preço do barril de petróleo, abaixo de U$50.

Os principais mercados da região, metais e commodities agrícolas estão passando por um momento muito ruim, para se ter ideia, em relação ao preço de 2012, houve uma queda de preço considerável dos metais, mais de 30% e cerca de 20% dos commodities agrícolas.

O crescimento econômico destes países está estagnado, em 2014, América Latina e Caribe, de acordo com o Banco Mundial, cresceram, juntos, apenas 0,8%, e até 2017, a previsão de crescimento do PIB médio é de 2,6%.

O Brasil, por exemplo, em setembro de 2015, presenciou a maior desvalorização de sua moeda desde a criação do real, o dólar foi vendido a mais de R$4. O motivo interno é a crise política e os ajustes das contas públicas, e externamente, a possibilidade dos EUA subir os juros e uma freada na economia chinesa.

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