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O Mercantilismo e Fisiocracia

Por:   •  23/6/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.285 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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A partir da leitura do capítulo 2 do livro “História do Pensamento Econômico” de Hunt e do capítulo 2 do livro “Manual de Economia Professores da USP”, apresente as principais ideias e conceitos econômicos veiculados pela corrente mercantilista e fisiocrática de economia.

Mercantilismo

O mercantilismo foi um conjunto de práticas e pensamentos econômicos ocorridos na Europa no período compreendido pelo final da idade média (Século XV) até meados do século XVIII, período esse de extrema escassez de prata e ouro no país, sem esses recursos os estados não tinham moedas o suficiente para atender a demanda crescente do comercio. Com isso, a nação viu-se necessitada da busca por novas políticas que aumentassem suas riquezas, essa visão era conhecida como bulionismo ou metalismo, que residia na acumulação pelo país de metais preciosos, esses recursos eram atraídos para através da exportação de produtos gerados no comercio interno e mantidos por restrições de importação.

No início do mercantilismo, o lucro de um mercador, fruto da venda de um produto era derivado do valor excedente associado a venda do item, que deveria superava os gastos necessários para obtê-lo e todos os gastos envolvidos na sua venda. O valor de um determinado artefato era dado pelo esforço do artesão para converter as matérias-primas em produto, o custo pago pela matéria prima e o lucro obtido pelo artesão deveria ser justo para que ele pudesse ter uma renda que o permitisse manter o padrão de vida de um artesão da época, essa é a premissa da ideia de valor e lucro que existia antes do mercantilismo, o valor de uma mercadoria era dado pelo custo de produção.

Os primeiros mercantilistas passaram a deixar de lado a ideia de que o valor de uma mercadoria era atribuído pelos custos de produção e disseminaram a concepção de que o preço vem do valor de troca, da demanda, mas principalmente do valor de uso, uma mercadoria sem uso não tinha valor algum. Graças  as diferentes condições de produção e a pouca mobilidade de recursos o custo de um produto variava bastante entre regiões e países, logo, se um mercador adquiria um produto em uma região por um preço baixo ele poderia vender por um preço maior em outra região, obtendo um lucro maior, da mesma forma outros mercadores eram a traídos pela mesma possibilidade de lucros altos, e com a maior oferta o preço consequentemente diminuía, e as companhias de comercio iam para muito longe para evitar concorrentes, gerando assim uma busca por monopólios protegidos pelo estado por parte das companhias de comercio, os mercantilistas acreditavam que a riqueza vinha da expansão do comercio.

Buscando aumentar as riquezas do país, o estado intervia fortemente na economia para atrair metais preciosos de fora com a importação, alcançando seus objetivos através de investimentos nas indústrias que recebiam subsídios, isenção de impostos e eram protegidas pelos direitos alfandegário das exportações, o estado também investia fortemente nos setores que mais exportavam melhorando a qualidade dos produtos, por outro lado, eram tomadas outras medidas que tinham como objetivo desestimular a importação de produtos chegando até a ser proibida a compra de determinadas mercadorias estrangeiras.

Os mercantilistas achavam que o controle dos parâmetros de oferta das mercadorias é que iria manter os altos lucros. Contudo, em meados do século XVIII, essa ideia foi se tornando precária e o capitalismo foi criando força à medida que as condições mercantilistas foram se tornando insatisfatórias, com a difusão do comercio e o aumento da concorrência diminuíam continuamente as diferenças relativas de preços entre as regiões, com o passar do tempo quase todos os autores mercantilistas condenaram os monopólios que o estado protegia, o protecionismo e o favoritismo da economia, surgia assim uma nova filosofia, de que em um mercado os preços poderiam flutuar livremente caso existisse a concorrência. O individualismo pregava que todo homem motivado pelo interesse próprio deveria ter a liberdade de competir em um comercio livre, visando maximizar o bem-estar público, com isso os capitalistas começaram a lutar por mais direitos.

Com o surgimento do individualismo ocorreu o fim das ideias mercantilistas, fazendo surgir um novo modelo, onde o lucro e dado pelos custos de produção das mercadorias e não mais pelo preço que são vendidas, surgindo o primeiro esboço da teoria valor-trabalho onde era determinado o valor de uma mercadoria através do trabalho e o esforço associado para gerar os produtos, que só possuirá valor de troca se a matéria prima for transformada pelos trabalhadores, que passaram a ter uma importância fundamental no comercio.

Fisiocracia

A fisiocracia é uma teoria econômica política que surgiu através da revolução francesa, com diversos problemas socioeconômicos e, por conseguinte, com o declínio do mercantilismo. Na época, houve desordem tributária como o acúmulo vultuoso na dívida externa graças ao sistema mercantilista com as barreiras alfandegárias, assim como o aumento dos impostos e da população, e privilégios para grupos econômicos. Com isso, o grupo de reformadores sociais franceses, seguindo as ideias de François Quesnay (economista mais reconhecido pelo movimento), vem à tona para opor-se ao sistema mercantilista e levantar o pensamento econômico fisiocrático.

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