O empreendedorismo no Brasil

O empreendedorismo no Brasil

O empreendedorismo tomou grandes forças no Brasil em meados da década de 90, através da criação de entidades como Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa). Anteriormente a este contexto, o empreendedorismo não tinha papel importante no mercado brasileiro e muito menos na criação de pequenas empresas. O empresário que tinha tendências empreendedoras não conseguia informações sobre o assunto, o cenário econômico e político no pais não era propício para a jornada empreendedora.

Como afirma Dornelas (2012, pg.14)

“O Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junta a essa entidade todo o suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio.”

O pequeno empresário tem no Sebrae, o conhecimento e suporte para abrir seu primeiro empreendimento, e também conta com consultorias para esclarecer alguns problemas cotidianos de seu negócio. Segundo Dornelas (2012, pg. 14) “O histórico da entidade Softex pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990.”

A história da Softex se confunde com começo da trajetória do empreendedorismo no Brasil. A entidade foi constituída com a intenção de encaminhar as organizações de criação de software do país para o tão sonhado

mercado exterior, com o auxílio de muitas ações que proporcionaram ao empresário da área a qualificação em gestão empresarial e tecnológica.

Através dos programas desenvolvidos junto a Softex em solo brasileiro, unido a empresas incubadoras e a cursos, universidades de ciências da computação e informática, que o tema empreendedorismo iniciou o seu caminho na sociedade brasileira. Antes disso temas como plano de negócios ou business plan, eram ridicularizados e desconhecidos pelos pequenos empresários brasileiros.

Mais de 20 anos depois, o Brasil entra em uma nova e ousada era, a era do empreendedorismo, com grande potencial o país pretende desenvolver um programa de ensino de empreendedorismo, um grande programa que só é comparado aos Estados Unidos, onde mais de 2.000 escolas introduzem o empreendedorismo. Ousadia com possibilidade de crescimento, ações históricas e recentes começam a direcionar para o lado do empreendedorismo. Segue abaixo alguns exemplos da evolução histórica:

Os programas Genesis (Geração de Novas Empresas de Software, Informação e Serviços) e Softex, foram criados na década de 90 e apoiavam o empreendedorismo em software;

O Programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, que foi destinado à capacitação de mais de 6 milhões de empreendedores brasileiros;

Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae, ações destinadas a formação e capacitação de empreendedores;

Movimento de criação de empresas

pontocom em meados de 1999 e 2000 e com isso o surgimento das empresas start-up de internet, criadas por jovens empreendedores;

Segundo dados da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismo de Tecnologias Avançadas) destaque para o grande crescimento de incubadoras de empresas no Brasil, com isso mais de 400 incubadoras estavam em atividades no país em 2010;

Lei da Inovação, instituição do Simples, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Programa Empreendedor Individual;

Divulgação na mídia nacional da semana anual do empreendedorismo mundial, com workshops e seminários;

Vários cursos e programas praticados nas universidades brasileiras sobre o empreendedorismo e criação de negócios, e o desenvolvimento do empreendedorismo no ensino médio, cursos técnicos e educação fundamental;

Atualmente, algumas escolas estão focados em empreendedorismo social e empreendedorismo corporativo, não só na criação de novos negócios;

Programas específicos criados por escolas de administração de empresas, incluindo os cursos de MBA (Master of Business Administration) e cursos de pequena extensão, como programas a distância (EAD);

Grande número de professores universitários com títulos de mestre e doutor relacionados a temas de empreendedorismo e com isso motivação para a dedicação ao ensino do empreendedorismo;

Grande quantidade de entidades de apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo no

Brasil;

Realce do Governo Federal no auxílio a micro e pequena empresa;

Estabilização de programas de suporte à criação de novos empreendimentos com recursos de concessão econômica como, Finep, fundações de amparo à pesquisa, CNPq, BNDES, entre outros;

Acréscimo da quantidade de brasileiros adultos constituindo negócios, com maior relevância e importância para os empreendedores das classes sociais C e D;

Crescimento do número de milionários e bilionários brasileiros, tendo como auxilio para esse crescimento na maioria das vezes o processo empreendedor como pilar para esse efeito;

A maior atenção dos fundos de capital de risco e private equity mundiais em empresas nacionais;

Absoluta dedicação dos brasileiros e também de investidores estrangeiros na Bovespa e bolsa de valores nacional;

O reconhecimento em relação a palavra empreendedorismo, já não é um tema oculto, é conhecido em todo país;

O conhecimento sobre planejamento, que está atrelado ao empreendedorismo;

A progressão do movimento das franquias no Brasil, também um exemplo do desdobramento do empreendedorismo nacional.

E resumo, os últimos 20 anos foram cheios de aberturas em relação ao empreendedorismo, e na última década ficou em destaque a elaboração dos pilares para a nova fase do empreendedorismo no país. Essa nova fase pode ser configurada por dois valorosos eventos que acontecerão no Brasil nesta década, a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e

Olimpíadas de 2016. Esses importantes marcos na história do Brasil, contribuem em novas oportunidades empreendedoras e disponibilizarão a geração e o andamento de novos empreendimentos no país. É o momento que o Brasil estará em evidencia e o empreendedorismo o protagonista desta fase.