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Ranking Global de Competitividade

Por:   •  28/11/2018  •  Resenha  •  1.454 Palavras (6 Páginas)  •  172 Visualizações

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Ranking Global de Competitividade

No ranking mundial de competitividade (Global competition report-GCR) do Fórum econômico Mundial do ano passado, o Brasil conseguiu interromper a série de quedas registradas desde 2013 e subiu uma posição no ranking que avalia a competitividade, ocupando a 80ª colocação entre as nações avaliadas, considerando 3 subíndices e 12 pilares competitivos. A melhora brasileira ocorreu em aspectos como combate à corrupção, pelo aumento da liberdade do judiciário e inovação.

Requisitos Básicos

Com relação ao subíndice de Requisitos Básicos, o Brasil caiu 1 posição em 2017. Dentre seus pilares estão instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária.

O maior avanço dentro dessa categoria se deu no indicador Instituições, em que o Brasil subiu 11 posições. Segundo o relatório, a investigação dos escândalos ocorridos no país contribuiu para essa melhora, mostrando os efeitos de investigações e levando à maior transparência e percepção de procedimentos bem-sucedidos para inibir a corrupção nos limites da constituição.

Em relação à economia, houve reversão no cenário. Após dois anos de queda no PIB e piora nas condições macroeconômicas, o Brasil apresentou uma leve melhora, trazendo a inflação e os gastos do governo de volta ao controle. Apesar dessa melhora, o pilar de cenário macroeconômico foi aquele em que o Brasil teve seu pior desempenho na comparação com outros países, ficando em 124º de 137 posições

Com a forte crise econômica e elevada limitação do investimento público, o Brasil perdeu uma posição no pilar infraestrutura.

Como fator de preocupação temos o desequilíbrio das contas públicas, que fez o governo anunciar a revisão da meta fiscal ano passado além do elevado sistema tributário brasileiro, corrupção e ineficiência da burocracia estatal.

Aceleradores de Eficiência

Com relação ao subíndice de Aceleradores de Eficiência houve uma melhora em sua posição em 2017. Dentre seus pilares estão: educação superior e treinamento, eficiência no mercado de produtos, eficiência no mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho do mercado.

Esse subíndice foi o que  apresentou o melhor desempenho no país, uma vez que dos 5 pilares, quatro apresentaram melhora em 2017.

A reforma trabalhista aprovada em julho do ano passado fez o país ganhar três colocações em eficiência do mercado de trabalho, principalmente nos itens que se referem à cooperação nas relações com o empregador do trabalho  e à profissionalização da gestão. A reforma trabalhista, com a flexibilização das leis, simplificando as relações de trabalho e desafogando o judiciário, consiste em oportunidades que podem ser bastante exploradas no país. Com a ampliação das possibilidades de negociação e a flexibilizações de questões como jornada e tempo de trabalho, espera-se que a produtividade aumente, assim como os salários no médio prazo. Houve um bom desempenho também no pilar tamanho do mercado, mas não há motivos para comemorações, devido aos altos gastos do governo e inflação.

Além disso, as parcerias público-privadas são vistas como outro espaço a ser explorado. Privatizações e licitações podem permitir a redução de custos por parte do governo, desafogamento da máquina pública e incentivo para a entrada de novos players na oferta de atividades e funções até então exclusivas do Estado.

Fatores de Inovação

Com relação ao subíndice de Inovação e sofisticação, o Brasil também melhorou sua classificação  ganhando 15 posições em Inovação, indicando que o avanço das reformas e a melhora no arcabouço regulatório ajudaram o Brasil a ter um ambiente mais favorável à inovação, condição para a retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social. O Fórum Econômico Mundial destacou o avanço em inovação como o mais significativo no período, com recuperação em capacidade de inovação, maior colaboração de negócios entre indústria e universidade, maior qualidade de pesquisa e cientistas mais bem treinados.

Em comparação com outros países em desenvolvimento, o Brasil tem um sistema de inovação relativamente bem desenvolvido e uma infraestrutura científica favorável. Possui várias universidades bem posicionadas no ranking mundial, um papel crescente na produção do conhecimento mundial e uma estrutura econômica diversificada. No entanto, do ponto de vista da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o país ainda enfrenta muitos desafios na promoção da ciência e tecnologia e na criação de um ambiente mais adequado para a inovação.

Ranking Global de Inovação

O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (Global Innovation Index, GII), levantamento realizado anualmente pela Universidade Cornell, Insead e Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), órgão vinculado à ONU. Apesar da evolução, o país ainda ocupa o 64º lugar entre 126 economias. O estudo analisou 80 indicadores, que vão desde as taxas de depósito de pedidos de propriedade intelectual até a criação de aplicativos para aparelhos portáteis, gastos com educação e publicações científicas e técnicas

Esse movimento de ascensão do Brasil no GII deve ser recebido com otimismo, mas muito ainda precisa ser feito para alcançarmos posições mais elevadas. O desenvolvimento tecnológico do país ainda precisa ser fomentado, assim como as pesquisas na área. Além disso, a inovação ainda é restrita a poucas multinacionais e alguns centros de pesquisa ligados a universidades públicas. São raros os casos de empresas brasileiras com esse DNA. Porém, empresas tradicionais estão se adequando a esse novo momento e têm buscado, principalmente, parcerias com as startups. Espera-se que esse avanço no ranking sirva para impulsionar ainda mais em direção à inovação e aumentar a visibilidade no mercado.

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