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UMA ANÁLISE DA CRISE ECONÔMICA ATUAL SEGUNDO A FUNDAMENTAÇÃO DE KALECKI

Por:   •  2/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  620 Palavras (3 Páginas)  •  298 Visualizações

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UMA ANÁLISE DA CRISE ECONÔMICA ATUAL SEGUNDO A FUNDAMENTAÇÃO DE KALECKI

Emanuel Viana

Graduando de Economia

Primeiramente devemos entender que a crise atual teve seu início em 2008 localizado mais especificamente nas hipotecas subprime Americana, com isso, os governantes Europeus diziam que estávamos diante de uma crise importada dos EUA, e que a força econômica Europeia deteria a crise financeira e impediria que a “economia real” fosse afetada, não foi o que aconteceu e a crise acabou se manifestando por todo o mundo, com diversas conseqüências para a zona do euro, como forte desemprego que atingiu níveis oficiais de crescimento em torno de 1,6 milhões em 2008, chegando aos 18 milhões de desempregados, representando 7% da população ativa. Segundo afirma Kalecki, “não só ocorre desemprego em massa durante a depressão, como também o nível de emprego médio durante o ciclo se apresenta consideravelmente abaixo do máximo atingido na fase de prosperidade”. Portanto, a atividade econômica é drasticamente reduzindo durante os períodos de depressão.

 Podemos perceber que na Europa houve uma diminuição significativa da atividade econômica, as empresas diminuíram seus lucros, por causa da diminuição da demanda efetiva, houve a retração dos investimentos pelas organizações, muitos bancos europeus tinham títulos americanos que desvalorizaram com a crise, ocorrendo a retração do crédito e tendo os governos que intervir na atividade econômica facilitando o credito para os bancos que estavam em dificuldade para continuar com suas atividades.

Conforme explica Kalecki (1954, p. 10),

Se a demanda não é necessariamente igual à produção, então o progresso econômico depende não apenas do acréscimo da capacidade produtiva mas também dos determinantes do aumento da demanda efetiva, imprescindível para pôr em operação aquela acrescida capacidade.

Os gastos públicos aumentam consideravelmente a diminuição do PIB com a queda da demanda efetiva, o desemprego chega a nível bastante alto, segundo o jornal estadão de 02 de outubro de 2012 “O caso mais grave continua sendo o da Espanha, onde 25,1% da população economicamente ativa está desempregada. Na Grécia, o índice chega a 24,4%, o segundo maior do bloco. Portugal completa o pódio negativo, com 15,9%”.

Com o aumento dos gastos públicos e o baixo crescimento econômico diminui a arrecadação do estado, sendo necessário que os países financiem seus déficits através de empréstimos, posteriormente é necessário aumentar a arrecadação pública para pagamento da divida, mais o crescimento da economia é pequeno ou nulo, faz-se necessário os cortes de despesas onde afetam principalmente as gastos sociais (previdência, saúde e educação), novos empréstimos são realizados para pagamento da dívida anterior, o déficit aumenta já que o crescimento é pequeno, aumentando também os cortes do governo nos investimentos, a austeridade acaba piorando a situação dos países, possibilitando a ocorrência de calote pelos países endividados. Ao invés de investimentos nos gastos sociais, a austeridade parece trazer cada vez mais os países da zona do euro para a recessão, onde todo o bloco não passa ileso da crise, até mesmo França e Alemanha.

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