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A Empresa Plena

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Por:   •  19/4/2013  •  851 Palavras (4 Páginas)  •  1.049 Visualizações

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A Empresa de Corpo, Mente e Alma

A empresa-objeto existe para ganhar dinheiro, apenas. A empresa-inteligente existe para conquistar parcelas de mercado, apenas. A empresa-sensível quer uma boa equipe, apenas. A empresa-plena é contrária ao apenas. A empresa-plena quer tudo: ter lucros, um bom posicionamento mercadológico através de uma boa equipe.

A empresa-plena não é a empresa do apenas e essa é uma das suas diferenças com a maioria das empresas que por aí estão. Não contenta-se com pouco. Quer fazer a diferença. Para isso, a empresa-plena busca o equilíbrio do corpo, da mente e da alma. Sabe que no desenvolvimento equilibrado desta tríade encontra-se o verdadeiro sucesso.

Uma empresa é formada por processos, estrutura, métodos e procedimentos. É também formada por produtos, clientes e mercados. E é ainda formada por sentimentos e emoções. O intercâmbio energético disso tudo forma a empresa-plena, na metáfora do corpo, da mente e da alma.

O equilíbrio na tríade do corpo, da mente e da alma caracteriza a empresa-plena. A empresa-plena não acontece naturalmente, necessita de gerenciamento. É comum, no entanto, os dirigentes de empresas colocarem tempo e esforço naquilo que a empresa já tem de sobra. Exemplo: a empresa-objeto, de corpo delineado, recebe mais esforços voltados ao desenvolvimento do corpo; a empresa-inteligente, de mente exercitada, recebe mais esforços voltados para o desenvolvimento da mente; a empresa-sensível, de preocupada com a alma, recebe mais esforços para o desenvolvimento da alma. Com isso, a empresa recebe uma overdose daquilo que ela menos precisa.

A visão sistêmica e a capacidade de diagnóstico permitida pela tríade, faz com que os dirigentes de empresas possam concentrar tempos e esforços naquilo que a empresa realmente necessita para atingir o equilíbrio.

O equilíbrio formado pela empresa-plena é uma meta. A tendência natural das empresas é o desequilíbrio. Qualquer dispersão leva ao desequilíbrio; o equilíbrio exige atenção contínua, eterna vigília e ação planejada. No entanto, a empresa-plena não é uma formatação acabada. Não existe ponto de chegada. Uma empresa pode estar em equilíbrio e ser plena em tamanho diminuto ou pode ser ampla, manter o equilíbrio e continuar plena. Ser plena no tamanho certo é um desafio. Saber crescer sem perder o equilíbrio é o segundo desafio. Manter-se plena no tamanho ótimo é o terceiro desafio. Mudar para continuar plena é o desafio permanente.

Os desafios sempre trazem recompensas. O gerenciamento do equilíbrio faz com que a empresa-plena seja recompensada da seguinte forma: da mente, a competitividade necessária para a empresa fazer frente à concorrência e satisfazer as necessidades dos seus clientes; da alma, a criatividade e a capacidade de produzir idéias das pessoas da empresa; do corpo, a rentabilidade e os resultados econômico-financeiros.

Os dirigentes da empresa-plena estão preocupados com que as pessoas sejam capazes de "pescar". Afinal, não constróem empresas para que sejam suas, mas de todos. Uma das habilidades dos líderes da empresa-plena é fazer com que as pessoas sintam que a empresa é também delas. Conseguem isso através de uma visão compartilhada da empresa. Quando isso acontece, fica mais fácil compreender o negócio, a finalidade dos produtos e serviços, a concorrência, o mercado, o cliente.

A empresa-plena começa na necessidade de um cliente e termina na satisfação desse mesmo cliente. Para que isso aconteça é necessário um processo de trabalho que tenha fluidez. Um processo é formado por várias entradas (input) e várias saídas (output). Fazer isso economicamente e de maneira funcional é o desafio de todas as empresas. O corpo possui recursos necessários para que isso ocorra. Ainda que necessários, não são suficientes. As pessoas que participam e contribuem com esse processo precisam estar conscientes dos seus papéis. É onde a alma entra em ação. Se todos entenderem que é o cliente quem paga a conta, o melhor é mantê-lo o mais satisfeito possível. Com esse nível de consciência as pessoas preferem unir-se para satisfazer o clientes antes que a equipe do concorrente o faça. Não competem entre si, mas com a equipe adversária.

A empresa-plena atua tanto no nível da consciência das pessoas da empresa como nos níveis das competências. Isso significa que antes de saber como fazer é preciso saber o que e por que fazer.

A compreensão do que se passa com a empresa, saber onde ela está e para onde tende a ir faz com que o desenvolvimento da consciência preceda o desenvolvimento das competências em um saudável processo seqüencial de aprendizado. Se a consciência precede a mudança, pode-se concluir que a empresa-plena é o modelo de empresa voltado à renovação e portanto não-estático nem estagnado.

As empresas, no entanto, são como geléias. Sem gerenciamento, inclinam-se ao sabor dos ventos. O desequilíbrio é a regra. O desafio está em manter a tríade em um formato de triângulo equilátero. É importante que a tomada de consciência seja de corpo, mente e alma mas é também importante que o desenvolvimento das competências se dê no corpo, na mente e na alma. Só assim será possível garantir o sucesso de maneira sólida e sustentada.

Texto extraido do livro "A Empresa de Corpo, Mente & Alma" de Roberto Adami Trajan da Editora Gente.

Bernardo De Filippis

Economista com pós graduação em Qualidade e Produtividade

Diretor Executivo da Eduqualiti Educação e Qualidade

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