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Analise De Mercado

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Por:   •  13/10/2014  •  4.894 Palavras (20 Páginas)  •  240 Visualizações

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Publicado nos anais do 2o Encontro Científico da CNEC, 9 e 10/07/2004. PPGA CNEC/FACECA. Varginha, MG.

<Também disponível on-line em http://www.administradores.com.br – articulista: Luciel H. de Oliveira, 2004.>

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Estratégias da Indústria de Refrigerantes:

um estudo sobre as “Tubaínas”*

Henrique Moreira Campos - henrique.m.campos@bol.com.br

Graduando em Economia, CNEC/FACECA

Luciel Henrique de Oliveira - luciel@uol.com.br

Professor do Mestrado em Administração CNEC/FACECA

Resumo – Quais as estratégias usadas pelas indústrias de tubaínas para enfrentar as grandes

empresas do setor? Como estas empresas conseguem sobreviver e crescer em um mercado tão

competitivo? Este trabalho é um estudo exploratório, que procura analisar a indústria de

refrigerantes no Brasil, através das estratégias Genéricas de Porter, destacando ao crescimento e a

estratégia das pequenas marcas, genericamente chamadas de “tubaínas”. Inicialmente descreve-se

a importância econômica da indústria de refrigerantes, para depois abordar a sua cadeia

produtiva, e analisar as estratégias desenvolvidas pelas indústrias de refrigerantes. Finalmente são

destacados dois casos particulares de indústrias de refrigerantes localizadas na região sul de

Minas Gerais. Verificou-se que as estratégias genéricas de Porter (liderança em custo,

diferenciação e foco) explicam bem as estratégias usadas pelas indústrias de tubaínas para

enfrentar as grandes empresas do setor. Por meio de concentração em uma delas, ou de

combinação das três, as empresas conseguem sobreviver e crescer neste mercado hiper

competitivo.

1. Introdução

O verbete "tubaína" não consta nos dicionários Aurélio e Michaellis. Tubaína é o nome

de um refrigerante sabor "tutti-frutti", produzido por indústrias nacionais, com muitas variações

regionais. Segundo Penteado, citado em matéria da Revista Recall (2003), o nome "tubaína" foi

criado pelo italiano Pedro Pattini e utilizado para batizar, inicialmente as balas por ele fabricadas

no início de sua atividade empresarial no Brasil. Na década de 1940, quando passou a produzir

refrigerantes, estes herdaram o nome. Hoje, a Ferráspari utiliza em seus rótulos "Tubaína" ou

"Turbaína", marcas registradas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial)".

Assim, tubaína é marca registrada da empresa Ferráspari, de Jundiaí (SP), e se

popularizou graças aos concorrentes que, ainda nas décadas de 1940 e 1950, pediram autorização

ao proprietário da marca para utilizarem o sufixo do nome em seus produtos. Com isso, surgiram

a Taubaína, a Itubaína e algumas outras. Segundo Penteado, citado em matéria da Revista Recall

(2003) a Ferráspari optou por permitir que empresas maiores utilizassem esta denominação para

promover, indiretamente, o seu produto, gerando o neologismo, que significa refrigerante

popular, de baixo preço, de sabor mais adocicado, geralmente comercializado em garrafas de

cerveja ou em garrafas PET1. A popularização do nome deve-se à metonímia, fenômeno

lingüístico que se dá quando a marca assume o nome do objeto.

Em geral, os refrigerantes populares, muito doces, com preço mais baixo e marca local

são conhecidos pelo nome genérico de tubaínas. Enquanto alguns fabricantes até tiram proveito

* Publicado nos anais do 2o Encontro Científico da CNEC, 9 e 10/07/2004. PPGA CNEC/FACECA. Varginha, MG.

Também disponível on-line em http://www.administradores.com.br – articulista – Luciel H. de Oliveira.

Publicado nos anais do 2o Encontro Científico da CNEC, 9 e 10/07/2004. PPGA CNEC/FACECA. Varginha, MG.

<Também disponível on-line em http://www.administradores.com.br – articulista: Luciel H. de Oliveira, 2004.>

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do nome, outros vêem o termo como um sinônimo pejorativo e não querem ser associado a ele.

Em alguns pontos de venda, uma garrafa de tubaína chega a custar menos do que uma garrafa de

água. Atualmente, uma das mais conhecidas é o refrigerante "Itubaína", um produto da

Schincariol.

Os pequenos e médios fabricantes de refrigerantes usam a estratégia de conquistar os

consumidores pelos seus preços populares, e alguns tem conseguido roubar importantes fatias do

mercado de multinacionais. Na última década, além de oferecer preços atrativos, estas empresas

também tem investido em qualidade para ampliar vendas e mudar a imagem dos seus produtos,

através da diversificação de estratégias de promoção e venda, de embalagens, da produção de

marcas próprias para redes de hipermercados e até mesmo conquistando mercado externo,

investindo em novos sabores e fórmulas.

O consumo de refrigerantes no Brasil é de 11,9 bilhões de litros, situando-se em 2002,

em terceiro lugar

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