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Análise De Balanço Vale

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Por:   •  10/6/2014  •  2.533 Palavras (11 Páginas)  •  1.455 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho buscamos identificar fatores positivos e negativos sobre a posição financeira e econômica da empresa Vale S.A., baseados nos números divulgados em seus balanços patrimoniais dos anos de 2010, 2011 e 2012. Comparando valores como receita, lucro e patrimônio líquido com o mesmo período do exercício anterior, determinaremos sua evolução. Também serão calculados indicadores de balanço, com objetivo de identificar características não visíveis nos números do balanço.

Abstract: Análise vertical e horizontal de balanço patrimonial e demonstração de resultados da empresa Vale S.A dos anos 2010 a 2012, cálculo de índices de rentabilidade, estrutura de capital, giros e prazos médios e liquidez. Depois de feita as análises, chegou-se a conclusão de que a empresa obteve uma queda em seu desempenho, mas o mesmo não resultou em prejuízo.

2 HISTÓRICO

Durante a construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas, os engenheiros ingleses responsáveis pelo projeto descobriram uma grande reserva de minério de ferro na região. Vários grupos de investidores internacionais adquiriram terras próximas a Itabira e em 1909 se uniram e fundaram a Brazilian Hematite Syndicate, um sindicato com a finalidade de explorar essas reservas que em 1910 foram avaliadas em 2 bilhões de toneladas métricas.

Em 1911, Percival Farquhar adquiriu todas as ações do sindicato e mudou o nome para Itabiara Iron Ore Company. Nessa época discutiam-se várias questões em torno do minério de ferro e a produção de aço, visto que muitos brasileiros argumentavam que uma usina siderúrgica não poderia ser bem sucedida sem capital, direção e carvão estrangeiros. De outro lado, a opinião era a de que uma indústria básica como a do aço, não deveria ser controlada por concessionários estrangeiros, nem depender de carvão importado.

Farquar planejou exportar cerca de 10 milhões de toneladas/ano de minério de ferro para os Estados Unidos, utilizando navios pertencentes ao sindicato e em troca trazer carvão para o Brasil, tornando assim o frete mais econômico e ainda tinha como projeto instalar uma siderúrgica em condições de fabricar produtos básicos de aço no Brasil. Era o que Epitáfio Pessoa, presidente da época, almejava. Uma moderna ferrovia industrial até as instalações portuárias, uma linha de navegação e a usina siderúrgica e em troca, Farquar obteria direitos de monopólio sobre a ferrovia da região mineira do Rio Doce até o porto de Santa Cruz. O Contrato de Itabiara foi assinado em 1920, todavia seu projeto de exportação não chegou a sair dos papéis, pois encontrou vários opositores que proclamavam que o erro cometido na experiência colonial de 200 anos anteriores, não deveria ser repetido, pois Portugal havia levado o grosso da produção da mineração aurífera. Segundo eles, os estrangeiros como Farquhar deixariam apenas buracos vazios no solo brasileiro.

Quando Getúlio Vargas assumiu o poder, na revolução de 1930, os plano de Farquhar foram inviabilizados de vez. Ele arrendou as reservas de ferro que pertenciam a Farquhar e criou a empresa estatal Companhia Vale do Rio Doce S.A. em 1942.

Após sua fundação, a Vale consegui expandir sua produção de minério, mas de forma lenta. O país tinha grandes reservas do mineral, mas a demanda era reduzida. No final dos anos 50, a empresa extraia cerca de 3 a 4 milhões de toneladas/ano. Um faturamento pequeno, dado ao baixo valor econômico do mineral bruto.

Em 1961, o novo presidente da Vale, Eliezer Batista, percebendo as necessidades dos japoneses de expandir seu parque siderúrgico, danificado na segunda guerra, criou o conceito de distância econômica, o que permitiu a Vale entregar minério de ferro ao Japão. Essa tratativa aumentou a produção da vale para 5 milhões de toneladas/ano.

Em 1966 sua produção já alcançava 10 milhões de tonelada/ano e em 1970 atingiu a marca de 56 milhões de tonelada/ano, ano no qual a estatal assumiu a liderança mundial na exportação de minério de ferro e nunca maia a perdeu.

Em 1979, Eliezer, após duras e complexas negociações, conseguiu tornar a Vale, (que era minoritária, com uma participação de 49,75%), a sócia majoritária do complexo Carajás que fora descoberto, na década de 1970, pela U.S. Steel e que é uma grande província mineralógica que contém a maior reserva mundial de minério de ferro de alto teor, além de grandes reservas de manganês, cobre, ouro e minérios raros.

O projeto Grande Carajás entrou em operação em 1985, o que permitiu a Vale bater novo recorde na extração de minério de ferro, em 1989, com 108 milhões de tonelada/ano.

Em 1993, a Fundação Getúlio Vargas classificou a Vale como a primeira empresa no ranking nacional. Dois anos depois, em 1995, FHC incluiu a estatal no Programa Nacional de Desestatização. Em 1997 foi privatizada e leiloada por R$ 3,3 bilhões, valor inferior ao lucro de três meses de operação e que representava apenas uma fração do patrimônio total da empresa, avaliada em R$ 100 bilhões.

No ano de 2006 a Vale anunciou a incorporação da INCO canadense, a segunda maior mineradora de níquel do mundo. Após essa incorporação, o novo conglomerado empresarial Companhia Vale do Rio Doce Inco, tornou-se a 31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado de R$ 298 bilhões.

A partir de 2007 a marca e o nome fantasia da empresa passaram a ser apenas Vale, nome pelo qual sempre foi conhecida nas bolsas de valores.

O atual diretor-presidente é Murilo Ferreira, que foi nomeado em maio de 2011.

O Conselho de Administração da Vale é controlado pela Valepar S.A., que detém 53,3% do capital votante da Vale (33,6% do capital total).

A mineradora foi registrada na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em outubro de 1943 e na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em abril de 1968. Em fevereiro de 2000, ingressou na Bolsa de Valores de Madri (Latibex), em junho do mesmo ano, na New York Stock Exchange (NYSE), em julho de 2008 na NYSE Euronext Paris e em dezembro de 2010 Hong Kong Stock Exchange (HKEx).

Atualmente a Vale opera em 13 estados brasileiros e nos cinco continentes e possui mais de dez mil quilômetros de malha ferroviária e 9 terminais portuários próprios. A mineradora investiga, produz e comercializa minério de ferro e pelotas, níquel, fertilizantes, cobre, carvão, manganês, cobalto, metais do grupo da platina e metais preciosos no Brasil e

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