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Empreendedorismo Feminino

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Por:   •  11/11/2014  •  3.991 Palavras (16 Páginas)  •  707 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO FEMININO: RAZÃO DO EMPREENDIMENTO

AMORIM, Rosane Oliveira1

BATISTA, Luiz Eduardo2 RESUMO O empreendedorismo feminino está em evidência, por conta do processo de feminização do mercado de trabalho, e ocorre assim um aumento gradativo de empreendimentos organizados por mulheres, tornando-se cada vez mais importante conhecer sua importância no cenário econômico, e primordialmente as razões que as mulheres têm para empreender e ainda revelar uma parcela das particularidades do empreendedorismo feminino, destacando a trajetória da mulher no mercado de trabalho, setores de empreendimento, gestão feminina e conseqüências para a sociedade, segmentando por necessidade e/ou oportunidade. Esse Artigo trata-se de uma pesquisa teórica, partindo de leituras sobre empreendedorismo, o perfil empreendedor, administração de empresas, desigualdade do gênero, dando ênfase na mulher como empreendedora uma vez que a literatura se encontra muito carente de obras especificas ao assunto. Através do levantamento teórico, foi constatado que as mulheres no decorrer da história passam a assumir tarefas que diferem do ambiente familiar e doméstico por conta das mudanças na sociedade e que possuem características similares e diversas na sua busca por seu lugar no mercado de trabalho, características estas decorrentes da trajetória do feminismo e na necessidade de sustentação da sociedade durante as 1ª e 2ª Guerras mundiais, ainda pode-se constatar que as mulheres tendem a empreender por necessidade de autonomia e sustento, com um estilo de gestão peculiar, o resultado do empreendedorismo feminino gera empregos, expansão econômica para a sociedade e crescimento pessoal, profissional e financeiro para a então empreendedora. Palavras - chave: Empreendedorismo feminino, mercado de trabalho, oportunidade e necessidade. INTRODUÇÃO

Como a atuação feminina no papel de empreendedora é relativamente recente, encontra-se maior quantidade de dados sobre empreendedores do sexo masculino, na maioria das vezes ainda as informações não estão divididas conforme

¹ AMORIM, Rosane Oliveira. Discente do 8º semestre do curso de Administração do Centro de Ensino Superior de Primavera (CESPRI). Rosaneamorim33@hotmail.com 2 BATISTA, Luiz Eduardo. Orientador – Docente do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior de Primavera (CESPRI). luizeduardo@gmail.com

o gênero. Apesar dessa falta de informação constituir um fator de dificuldade, torna-se também uma importante justificativa para a execução deste trabalho e de outros trabalhos sobre o tema.

Os chamados empreendedores exercem a função de atender às necessidades mutantes da sociedade, auxiliando o crescimento do mercado. Os empreendedores “não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento.” (CHIAVENATO, 2007, p.18). Para Dolabela (2006, p. 29) “O empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive (época e lugar)”. A atividade empreendedora não é recente, existe desde „sempre‟, pois inovar é parte da natureza humana. Dolabela (2006, p. 30) mostra ainda que [...] “o empreendedor é o responsável pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento social. Por meio da inovação, dinamiza a economia”.

O empreendedor é o detentor da capacidade de reinventar os meios para atender às crescentes necessidades da sociedade e proporcionar grandes transformações tanto econômicas como sociais e até mesmo ambientais.

O empreendedorismo assume variadas formas e para fazer uma descrição da situação atual, esta pesquisa pergunta: por qual razão a mulher empreende?

Para isso, torna-se necessário identificar a mulher empreendedora Brasileira; conhecer a história dessa mulher no mercado de trabalho; levantar os setores em que o empreendedorismo feminino é maior e a importância do estilo de gestão feminino para a sociedade atual.

Empreender é uma tarefa tanto para homens quanto para mulheres, independente de sua classe social ou profissão. Basta que a pessoa deseje, use da sua criatividade, inove, motive e assuma riscos. Segundo Dogen (1989, p. 11) [...] “O empreendedor, por definição, tem de assumir riscos, e o seu sucesso está na sua capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles [...]”.

TRAJETÓRIA DA FEMINIZAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO E DO EMPREENDEDORISMO

Para mostrar a feminização do mercado de trabalho e do empreendedorismo precisamos listar alguns fatos históricos que impulsionaram e justificaram esse caminho.

Durante o decorrer da história verificou-se que, quando ocorrem mudanças na sociedade, a mulher passa a assumir tarefas que diferem do ambiente familiar e doméstico, costumeiros dos períodos em questão.

Entretanto a sociedade usou, por muito tempo, o argumento da diferença biológica para justificar a desigualdade entre homens e mulheres, porém foi observado por Oliveira (1997, p.11) que “O funcionamento do cérebro desvendado agora não indica, em nenhum momento, que as características masculinas são melhores e as femininas piores. Eles têm habilidades diversas”.

Inicialmente as mulheres eram consideradas menos capazes para o trabalho fora de casa que os homens, “lugar de mulher é em casa” como diz um velho ditado.

A Revolução Industrial começou a modificar lentamente esse quadro. O número de mulheres empregadas aumentou significativamente, trouxe a mulher para trabalho fabril quando o aumento da produtividade era necessário, apesar disso tanto a jornada de trabalho quanto os salários eram muito desiguais. Ainda no século XIX iniciaram-se algumas reivindicações sobre direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho, dentre outros. Com a crescente industrialização, as mulheres empregam-se como assalariadas nas indústrias e oficinas, mas sem abandonar seus lares e suas funções, começam a sim a ter uma dupla jornada.

Um forte impulsionador da entrada da mulher no mercado de trabalho deu-se no século XX com as 1ª e 2ª Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente). A ausência dos homens enviados para combate e posteriormente a quantidade de homens mortos durante o conflito tornou imprescindível a contratação de mulheres para funções que antes eram exclusivamente masculinas. As mulheres ganharam mais espaço no mercado de trabalho. Nesse período nascem os primeiros movimentos feministas. As mulheres começaram uma luta mais organizada por seus direitos e pela igualdade de oportunidades no trabalho.

Foi nos anos 70 que, no Brasil, a mulher ingressou de maneira mais precisa no mercado de trabalho, surgindo por fim os movimentos

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