Empreendedorismo Feminino

Introdução

Atualmente, observa-se, uma importante reorganização do mercado de trabalho, consequência de inúmeras transformações na economia do país. Muitas mudanças estão acontecendo, em especial para as mulheres. O trabalho feminino aumenta constantemente no Brasil, causando mudanças na composição do mercado de trabalho.

O mercado empresarial tem compreendido cada vez mais que competência e dedicação são características que distinguem um bom empreendedor, independente de sexo. Apesar das desigualdades que as mulheres ainda sofrem em diversos setores da economia, o mercado de trabalho tem tido grande destaque para elas.

Tratando-se das micro e pequenas empresas, os negócios em que as mulheres estão a frente chegam a constituir quase a metade deste setor, é o que mostra o estudo da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 2010, que as mulheres já são 49,3% dos empreendedores brasileiros, o que confirma a importância do empreendedorismo feminino no Brasil econômica e socialmente, uma vez que, os negócios de sucesso proporcionam empregos e inovação para a população.

O empreendedorismo envolve pessoas criativas, que estabelecem os objetivos que querem atingir e correm riscos para realiza-los transformando ideias em oportunidades de negócios. Segundo Filion 1991, o empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.

Um estudo do Sebrae 2013, As Mulheres Empreendedoras no Brasil, mostra que as empresárias estão mais escolarizadas, têm mais acesso a informações e buscam participar de atividades antes predominantemente masculinas. Atualmente, as famílias possuem menor números de filhos e novos valores relativos à inserção da mulher na sociedade, o que também favorece o aumento na participação do público feminino no mercado de trabalho. Enquanto os homens são mais objetivos, as mulheres possuem

visão global dos negócios, o que gera melhor análise e criação dos produtos.

Objetivos

Elaborar um levantamento do crescimento das mulheres no mercado de trabalho na última década em São José dos Campos como comparativo as pesquisas existentes sobre o assunto. Analisar o avanço feminino nos negócios por setor, através de entrevistas com empresárias em determinadas atividades, como lojas de acessórios, calçados e vestuário. A partir dessas informações, estimar a porcentagem das mulheres bem sucedidas em seus negócios que conseguem conciliar vida profissional a pessoal.

Justificativa

O aumento do número de mulheres empreendedoras que estão a frente de um negócio cresce a cada dia, segundo dados fornecidos pelo estudo do Sebrae 2013 (As mulheres empreendedoras no Brasil) que mostra que na última década a representação feminina no comando dos negócios cresceu 21%, mais que o dobro do crescimento verificado entre os homens, assim sendo de extrema importância para o desenvolvimento econômico do país.

O empreendedorismo

Do ponto de vista histórico, o empreendedorismo se desevolveu a partir do século XX, como consequência das alterações causadas pelo capitalismo. Sua evolução começou pela produção até a década de 1970. Nessa época, o mercado era oportuno para a oferta, ou seja, o foco era na maior produtividade dos recursos para ganhar cada vez mais. Nessa circunstância, o empreendedor ainda não assumia riscos.

“Nesse contexto, o empreendedor é apenas um coordenador da produção e tem poucas escolhas a fazer. Na ausência de um progresso técnico e num ambiente sem incertezas [...] o empreendedor é tratado como ator passivo, cujas funções se resumem a transformar fatores em produtos e otimizar a utilização de resursos na produção.” (CAMARGO, 2008, p.112)

Logo depois, a partir da década de 1970, o quadro se inverteu. A oferta era predominante no mercado, dispertando rivalidade entre as empresas. Nessa fase, o empreendedor já não se preocupa em somente executar, e sim, em executar tudo melhor que seus concorrentes. Agora, o foco passou de produzir mais, para agregar mais valor ao que se faz, deixando o cliente cada vez mais satisfeito, garantindo a sobrevivência do negócio.

Nesse âmbito que começaram a surgir os fundamentos que originaram o conceito para o empreendedorismo. Consequência de um espaço em que se faz necessário anteceder as mudanças para ter um negócio de sucesso.

Tratando o assunto de maneira prática, pode ser considerado um processo inovador, onde pessoas com iniciativa e planejamento, assumam riscos para realizar uma nova oportunidade de negócios obtendo assim, seus ganhos. Entretanto, a temática envolve uma complexidade maior.

Mas, afinal, qual é a melhor definição para empreendedorismo? Existem muitas, uma das mais antigas é a do economista Joseph Schumpeter (1949): "O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos materiais." De acordo com Schumpeter, o empreendedor é mais conhecido como aquele que cria novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou seja, é possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas. Neste caso o termo que se aplica é o empreendedorismo corporativo.

Há anos, o empreendedorismo tem sido considerado tema de pesquisa em diferentes áreas. Assim, o assunto se tornou suscetível a algumas abordagens, dentre elas, as principais: econômica e pscicológica. Dentro dos processos de pesquisa, essas áreas mostram diferentes perspectivas para o conteúdo em questão, uma vez que o conceito pode ser aplicado a criação de novos negócios, a gestão pública e socialmente.

Por esse motivo, Baron (2007) considera difícil a missão de definir empreendedorismo. “Não é de surpreender, então, que não exista atualmente um consenso sobre a definição de empreendedorismo como uma área de estudo de negócios, ou como uma atividade em que as pessoas se envolvem.” (BARON, 2007, p.6)

Outra visão, é a de Kirzner (1973). O autor tem uma abordagem diferente para o assunto. Segundo ele, o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Ambos, porém são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento às informações, esta alienado com os acontecimentos ao seu redor, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

Sendo assim, o empreendedorismo