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Fordismo

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Por:   •  22/10/2014  •  2.761 Palavras (12 Páginas)  •  2.328 Visualizações

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FORDISMO E A REVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

RESUMO

Fordismo é o nome dado ao modelo de produção em massa, instituído por Henry Ford. Esse método consistia em aumentar a produção através do aumento de eficiência e baixar o preço do produto. O Fordismo é utilizado até hoje na construção de automóveis. Foi e continua sendo o único modelo de produção capaz de atender a demanda exigida pela sociedade atual. O Fordismo inovou não apenas toda a estrutura de Administração de Empresas, como veio para acabar com o sistema quase escravista do trabalho nas indústrias, estruturando a carga horária de trabalho para 8 horas diárias e 40 horas semanais, vindo na contramão das quase 16 horas que as indústrias forçavam seus funcionários a labutar em troca de míseros salários. Ford, em contrapartida inovou também sendo o pioneiro em pagar bem seus empregados, o que todos da época consideravam um imenso absurdo. Todas essas inovações não estavam na cartilha da Administração de Empresas daquela geração, todos diziam que uma indústria não poderia fazer o caminho contrario do que estavam gerenciando na época (Exploração da Mão de Obra), pois o caminho para esse empresário e sua empresa seria a falência. Ford inovou, explorou, arriscou e comprovou que pagar bem a quem servia, dar-lhes condições de trabalho humanizadas e produzir em massa geraria um produto com preço acessível à população. Inovar é o caminho, procurar novas alternativas, mesmo quando existe um sistema organizado dizendo que de outra forma não gerará resultados.

Palavras-chaves: Administração, Fordismo, Mão de obra.

1 INTRODUÇÃO

O conceito de trabalho evoluiu ao longo do tempo, onde surgiu à necessidade de criar novos modelos de gestão, no qual as relações do trabalho são indispensáveis para o sucesso organizacional. Essa transição se inicia com o obsoleto e desumano trabalho quase escravo que veio junto com a Revolução Industrial para o Fordismo.

O Fordismo não apenas mostrou a seta em direção ao inovador sistema de produção, como apontou a inovação do sistema Administrativo, mesmo quando toda uma teoria e pratica realçavam que o caminho traçado funcionava conforme o sistema adotado por uma burguesia egocêntrica e quase escravagista, do qual sugava cada gota de sangue de seus funcionários para obter seus lucros, muitos morreram em linha de produção, nos chão das fábricas enriquecendo seus patrões numa busca desenfreada pelo lucro.

Podemos citar alguns destes tristes estudantes que massacraram a massa trabalhadora. John Rockfeller o figurão do Stand Company oil, dominou a indústria do Petróleo com o seu monopólio. Assim como John Morgan e Vanderbilt, essas figurações transformaram a America, mas também massacraram seus servidores, com pagamentos miseráveis e jornadas de trabalhos de doze a dezoito horas por dia, de seis a sete dias de trabalhos contínuos, produzindo não apenas a riqueza material de seu País, como a burguesia eminente daquela geração. Os empresários seguiam esse modelo de gestão para o seu sistema de produção.

Para tanto, o visionário empreendedor Henry Ford, que no século passado inovou o sistema de Produção da Administração, fundador da Ford Motor Company. Ford foi o primeiro empresário a aplicar o sistema de montagem em série de modo a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo.

A introdução de seu modelo Ford T revolucionou não apenas os transportes, mas toda a indústria dos Estados Unidos. Ford fez o caminho contrario e provou que era possível pagar salários muito acima da média com oito horas de serviços diários e quarenta horas semanais, ainda hoje utilizamos o mesmo sistema Fordismo na jornada de trabalho.

Para Henry Ford, produção em massa, mais vendas a baixo custo, era igual a grandes lucros.

Embora a produção em série já fosse conhecida na época, pela primeira vez uma empresa se aproveitava de todas as suas vantagens para a fabricação de uma máquina de grande porte e complicada como um automóvel, produto que exige qualidade e segurança em primeiro lugar. A idéia da produção em série é reproduzida até hoje nos mais diversos tipos de negócios, até mesmo nas cadeias de “fast food”. Com a linha de montagem, Ford conseguiu baixar significativamente os preços dos seus veículos. Bem vindo ao mundo do Fortismo e da Revolução da Administração da Produção, e por que não dizer: Fortismo e a Revolução da Administração de Empresas.

2 FORDISMO E A REVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

O Fordismo, idealizado por Henry Ford, revolucionou a administração de empresas, pois permitiu produzir produtos mais baratos e em maior quantidade.

Henry Ford, nascido na cidade Americana de Springwells em trinta de Julho de mil oitocentos e sessenta e três, foi um empresário com visão evolutiva em comparativo com sua geração. Ao contrário dos outros empresários de Administração de Empresas da época, Ford sempre viu o consumo da população como forma para trazer o bem estar social. Idealizador do Fordismo e fundador da Ford Motor Company em mil novecentos e três (aos quarenta anos de idade), Ford (1903) certa vez afirmou: “O dinheiro é a coisa mais inútil do mundo, não estou interessado nele, mas sim no que posso fazer pelo mundo com ele.” e assim fez durante toda a sua vida. A teoria do Fordismo era revolucionária para a época, pois pela primeira vez o bem estar social foi levado em conta para se atingir o sucesso financeiro.

Para poder ganhar mais dinheiro, Ford desenvolveu um sistema onde pagava melhor os empregados e também onde vendia produtos mais baratos.

Mas segundo os conceitos básicos da administração de empresas aumentar os custos (pagar melhor os funcionários) e reduzir o valor de venda dos produtos não traz justamente o prejuízo? Sim, traz! Mas essa era justamente a questão chave: no Fordismo, o lucro não vem da venda de produtos caros e luxuosos e sim da venda de produtos baratos, simples e que todos podem comprar, o lucro para o Fordismo deve vir da quantidade de produtos vendidos.

Esse conceito, a produção em escala industrial, passou a ser à base da administração de empresas e da indústria mundial a partir de então.

2.1 A ADMIMISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ANTES DO FORDISMO

Antes da introdução do Fordismo no início do século 20, a indústria de automóveis era voltada para o público rico. Os automóveis eram um artigo extremamente raro e luxuoso que somente os ricos poderiam ter, eles custavam o preço de uma casa e exigiam uma manutenção caríssima. Como poucos eram vendidos, não havia estímulo para a evolução tecnológica dos carros, os automóveis do início do século 20, época em que Ford fundou a sua empresa, eram praticamente os mesmos de cinquenta anos atrás.

Foi nesse cenário que Ford visualizou a sua grande chance de se destacar na administração de empresas e mudar para sempre o mundo ocidental.

2.2 A FUNDAÇÃO DA FORD MOTOR COMPANY E O INÍCIO DO FORDISMO

Com alguns dólares no bolso ( Vinte e oito mil dólares pra ser mais exato ) e umas boas idéias na cabeça, Ford juntamente com mais onze investidores que acreditaram na teoria do Fordismo fundou a Ford Motor Company em mil novecentos e três.

Para demonstrar que carros de alta qualidade tecnológica poderiam ser produzidos a um preço barato (um dos princípios do Fordismo), um protótipo produzido pela Ford Motor Company bateu em mil novecentos e quatro o recorde de velocidade terrestre até então aproximadamente 1,6 kilometros em 39,4 segundos (quase 140 quilômetros por hora).

Assim que iniciou as atividades da sua montadora de carros, uma das primeiras medidas de Ford foi pagar cinco dólares por dia aos seus funcionários (pagar bem aos funcionários era outro princípio básico do Fordismo).

Apesar de parecer pouco para os dias de hoje, na época os especialistas em Administração de Empresas ficaram assustados: Ninguém nunca pagou um salário tão alto para um operário de fábrica!

Por pagar bem aos empregados aconteceu um fato interessante: os melhores mecânicos e profissionais de engenharia mecânica dos Estados Unidos acabaram indo para a Ford Motor Company, isso aumentou muito a capacidade tecnológica da empresa e permitiu que em poucos anos eles já estivessem lançando os melhores carros da América (superioridade tecnológica para baixar custos, outro princípio do Fordismo).

2.3 O PROJETO DE UMA FÁBRICA SEGUNDO O FORDISMO

Segundo Mirian Mota (2014):

A concepção Fordista, a fábrica antes de mais nada, deve seguir o modelo de Administração de Empresas vertical. Em outras palavras, tudo deve pertencer ao mesmo dono e deve ser controlado de maneira centralizada. Quando construiu a fábrica da Ford Motor Company, Henry Ford projetou uma fábrica gigantesca: Basicamente entravam as matérias primas de um lado (borracha, aço, ferro, madeira, vidro) e saiam carros prontos do outro lado, tudo era fabricado no mesmo local e seguindo uma ordem lógica específica.

Os motores, os pneus, o estofamento, era tudo fabricado dentro de um mesmo espaço. Do ponto de vista da Administração de Empresas, a visão do Fordismo é interessante porque permite um maior controle, mas também tem as suas desvantagens.

De acordo com a teoria da Administração de Empresas, quando se controla o processo todo, em geral, se perde em eficiência: uma indústria que fábrica pneus, motores e estofamentos não pode ser mais eficiente que uma fábrica especializada em motores por exemplo.

Outra concepção importante do modelo de fábrica do Fordismo era a linha de produção. Embora o conceito de linha de produção já existisse há um tempo e fosse bem conhecido pelos Administradores de Empresas da época, foi Henry Ford que aperfeiçoou e aplicou com sucesso esse conceito pela primeira vez.

Na fábrica Fordista, não são os operários que tem que ir atrás do trabalho, é o trabalho vem até eles. Os funcionários praticamente não precisavam se mexer, as peças e componentes iam andando sobre esteiras e os funcionários ficavam parados trabalhando em pequenas funções bem específicas.

Segundo a teoria do Fordismo, fazendo trabalhos pequenos e bem específicos os funcionários produziriam mais já que ficariam extremamente treinados em sua função e não precisariam se preocupar com mais nada.

2.4 MODELO DE FÁBRICA IDEAL PARA O FORDISMO

Modelo de Fábrica Fordista: Entram as matérias primas e saem os produtos prontos. De modo resumido, a fábrica ideal para o Fordismo tinha as seguintes características de trabalho e administração de empresas:

A fábrica deveria ser grande e centralizada, produzindo todos os componentes necessários para a montagem do produto. Os produtos fabricados deveriam ser simples e de fácil fabricação, assim poderiam ser fabricados em grandes escalas e a um preço barato.

“Linha de Produção idealizada por Ford.”

Os funcionários deveriam trabalhar de um modo bem específico, fazendo apenas uma única função. Os funcionários deveriam ganhar bem e ser valorizados para aumentar a motivação e produzir mais. Aplicando a risca esses conceitos de administração de empresas, Henry Ford conseguiu acumular uma das maiores fortunas do início do século passado e também produzir mais de vinte milhões de carros até mil novecentos e trinta, contribuindo para que o automóvel se tornasse um dos símbolos do mundo Ocidental. A Superação do Fordismo por novas Teorias de Administração de Empresas. O auge do modelo do Fordismo se deu nas décadas de mil novecentos e cinquenta e mil novecentos e sessenta, nesta época diversas outras indústrias adquiriram este modelo. A própria General Motors e a Volkswagen, concorrentes da Ford, cresceram aplicando os conceitos do Fordismo. No entanto, a rigidez e a lógica do modelo Fordista que eram o seu ponto forte, foram também o motivo da sua decadência: os consumidores já não se contentavam mais com a rigidez dos modelos padronizados dos modelos de carros Ford. Em mil novecentos e setenta, a General Motors assume a liderança do mercado de carros fabricando automóveis mais chamativos, coloridos e variados.

A GM também começou a aplicar novos conceitos de Administração de Empresas tais como a descentralização o que diminuiu a burocracia e os custos. Nesta época o Fordismo com a sua produção industrial simples e massificada passa a ser substituídos pela produção industrial enxuta e administração de empresas baseadas na eficiência. Apesar do Fordismo ser a base de grande parte das teorias de administração de empresas modernas, o Fordismo em sua forma original já não é aplicado nas empresas dos dias de hoje.

2.5 A CONTRIBUIÇÃO DE HENRY FORD PARA A ADMINISTRAÇÃO MODERNA

Henry Ford (1863-1947) talvez seja uma das pessoas mais conhecidas do mundo da Administração moderna, iniciou sua vida com um simples mecânico chegando a ocupar o cargo de engenheiro chefe de uma fabrica, porem o seu maior feito foi ter constituído a Ford Motor Company cujo um dos maiores sucesso foi o Ford Modelo T, foi o produto que popularizou o automóvel e revolucionou a indústria automobilística, foi produzido por dezenove anos entre os anos de mil novecentos e oito, e mil novecentos e sete, era um veiculo confiável, robusto, seguro e principalmente barato, qualquer um era capaz de dirigi-lo ou consertá-lo.

Além de ser um grande empresário e ter projetado o sistema de linha de montagem também conhecido Fordismo, quais as outras contribuições?

• Criou a assistência técnica de grande alcance;

• Repartiu em 1914, parte do controle acionário da empresa com os funcionários;

• Estabeleceu jornada de 8 horas e salário mínimo de U$5,00/dia;

• Utilizou um sistema de concentração horizontal e vertical onde produzia desde a matéria prima inicial ao produto acabado criando até a distribuição através de agencias própria.

Ford também adotou três princípios básicos na sua carreira de homem de negócios:

• Princípio de intensificação: diminuição do tempo de produção e rápida colocação do produto no mercado.

• Princípio de economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em transformação para assim recuperar rapidamente custos com matérias primas e salários por exemplo.

• Princípio da produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização.

Seguindo os passos de Ford outras indústrias seguiram seu percurso adotando o Fortismo: Industrias de cosméticos, chocolates e motocicletas, dando o ponta pé inicial na produção em alta escala, tornando os EUA um país de produção em massa e crescimento financeiro sem precedentes para a época. O Dia da Mulher teve origem com as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, na Primeira Guerra Mundial.

Após a Guerra e a Segunda Revolução Industrial, as indústrias incorporaram as mulheres para mão-de-obra, e devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram frequentes. O trabalho era tão desumano na fabricas que no ano de mil oitocentos e cinqüenta e sete, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de dezesseis horas por dia para dez horas. Estas operárias que, nas suas dezesseis horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de cento e trinta mulheres morreram queimadas. Em mil novecentos e dez, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o Oito de Março como "Dia Internacional da Mulher.

O Dia da Mulher se tornou a celebração das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, e foi adotado pelas Nações Unidas e consequentemente por diversos países. Um dia para celebrar a luta feminina por melhores condições de vida, trabalho e de direito ao voto. Condições que o Fordismo não radicalizou, mas amenizou e mostrou novos horizontes para a vida serviçal nos chão das fabricas.

3. CONCLUSÃO

Conclui-se através deste artigo, a importância significativa que Henry Ford teve na evolução da Administração da produção. Ford teve espírito empreendedor e de inovação, atitudes indispensáveis na sobrevivência de uma empresa. Seguir velhas regras e velhos conceitos podem levar a morte de um empreendimento.

O risco faz parte do conceito de Administração, deve-se agir com precisão e agilidade nos momentos cruciais da evolução do segmento, enxergar as oportunidades da atividade no momento certo, para sobreviver no mundo dos negócios que é uma selva predadora, é imprescindível.

Henry Ford seria apenas mais um grande empresário se percorresse o mesmo caminho que todos estavam percorrendo e já haviam percorrido. Mas, ele olhou além da linha do horizonte, decidiu humanizar e expandir a produção e se tornou um ícone.

4 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003.

TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI, 2008.

WIKIPEDIA. A Enciclopedia livre. Linha de Produção. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_de_Produ%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 20 de Maio de 2014.

MOTA MIRIAN. O Fordismo e a Revolução da Administração de Empresas. Disponível em: http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/gestao-e-administracao/fordismo-revolucao-administracao-empresas/ Acesso em20 de Maio de 2014.

LINHA DE PRODUÇÃO IDEALIZADA POR FORD. O Fordismo e a Revolução da Administração de Empresas. Disponível em:http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/gestao-e-administracao/fordismo-revolucao-administracao-empresas/ Acesso em20 de Maio de 2014.

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