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HABERMAS E A FILOSOFIA DA MODERNIDADE

Por:   •  3/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.011 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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HABERMAS, Jurgen. 1981c Kleine politische Schritten I - IV. Frankfurt/M., Suhrkamp Verlag. /(Trad. em português do ensaio). A modernidade: um projeto inacabado. In: ARANTES, O.B.F., ARANTES, PE. Um ponto cego no projeto moderno de Jurgen Habermas. São Paulo: Brasiliense, 1992. p.91-123.

Jüger Habermas, filósofo e sociólogo alemão, nasceu em 18 de junho de 1929 na cidade de Düsseldorf. Participa da teoria crítica e do pragmatismo, além de ser membro da Escola de Frankfurt. Muito conhecido por suas teorias sobre a racionalidade comunicativa e a esfera pública, Habermas foi assistente de Theodor Adorno.

Ao ganhar da cidade de Frankfurt o Prêmio-Adorno no ano de 1980, Habermas agradeceu a honra com o discurso “A modernidade: um projeto inacabado?”, no qual procurava mostrar que, apesar de Adorno tratar a modernidade como um projeto malsucedido, ele acredita que é apenas um projeto inacabado que está em busca de sua emancipação e autonomia. Além disso, Habermas afirmou que ao invés de se renunciar a modernidade e seu projeto inteiro, a sociedade deveria tirar lições em cima dos erros cometidos revitalizando e complementando esse projeto através da via da razão comunicativa. Esse discurso também foi, de certa forma, uma resposta aos diversos pós-modernistas que concordavam com Adorno, como Jean-François Lyotard.

A modernidade, para Habermas, começou a partir de três eventos históricos da Europa: Reforma Protestante, Revolução Francesa e, principalmente, o Iluminismo. Sobre seu conceito, o autor aponta que:

O conceito de modernidade traduz sempre a consciência de uma época que se situa em relação com o passado da antiguidade para se compreender a si própria como resultado de uma passagem do antigo ao moderno.

Ou seja, o moderno só é moderno quando há algo no passado para se olhar para trás. Habermas considera moderno tudo aquilo que permite a um fato se renovar espontaneamente e clássico como o que sobrevive as épocas que passam. Nesse contexto, a modernidade veio quebrando as barreiras antes construídas pelas tradições medievais (principalmente na área religiosa).

Habermas parte do pressuposto que os indivíduos da sociedade moderna são membros de uma coletividade, são vários subsistemas que, juntos, constituem um todo. Nesse âmbito, o autor apresenta uma orientação de sociedade “autogoverno”, ou seja, uma sociedade na qual as pessoas possam ser livres de qualquer dominação. Ao defender a autonomia da sociedade, Habermas refere-se ao desprendimento do sistema, permitindo o funcionamento dos subsistemas à base de princípios próprios e racionais e que, acima de tudo, para que um subsistema não seja subordinado de outro, mas sim tenham liberdade própria. Sendo um dos princípios da modernidade, a subjetividade é o poder de cada pessoa pensar de forma individualizada, crítica e autônoma, não mais utilizando razões divinas ou influências do tipo.

Cada subsistema, ao ter a autonomia e a capacidade de decidir por si mesmo, faz com que seus indivíduos desenvolvam uma consciência moral própria principalmente através da racionalidade. Um exemplo disso é a ciência e a escola, que quando autônomas, se desprendem de amarras e influências religiosas e podem “caminhar sozinhas” utilizando a razão.

Habermas cita Daniel Bell, que diz que o modernismo surgiu apoiando um poder ilimitado dos indivíduos, que tem uma exigência de experiência individual autêntica. Contudo, essas exigências são “exacerbadas” e inconciliáveis com a realidade das pessoas.

Ao falar sobre estética, Habermas diz que a beleza nada mais é do que a representação de uma coisa e o juízo de gosto só diz respeito a relação entre a representação do objeto e os sentimentos de prazer ou desprazer ao vê-lo. Para o autor, a arte passou não ser mais para expressar educação moral ou divindades e expressões religiosas. Passou a ser utilizada para entender

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