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Desde o início da Filosofia, os pensadores procuraram investigar a realidade elaborando teses baseadas em argumentos lógicos e coerentes a fim de analisar o conhecimento de modo amplo e racional. Na modernidade, os tipos de conhecimento assumem novas di

Por:   •  30/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  482 Palavras (2 Páginas)  •  427 Visualizações

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Na Grécia, especificamente em Platão, por exemplo, o conhecimento (episteme) se oporia à opinião (doxa). Aquele deveria ir além desta e das suas condições que são baseadas na perspectiva de cada indivíduo. O conhecimento deveria alcançar o universal, dessa maneira, conheceríamos o homem quando desvelássemos sua essência universal (o que posso falar de todos os homens), ou qualquer outra coisa, como uma cadeira, quando também atingisse tal patamar. No diálogo Teeteto, o conhecimento é descrito como "uma opinião seguida de uma explicação racional". A opinião poderia ser verdadeira, mas só teria como ser verificada através de uma explicação racional (a maiêutica socrática ou a dialética platônica). Aristóteles da sua maneira, na famosa Metafísica, diz que o conhecimento se dá quando podemos expôr as quatro causas de um objeto: causa formal, material, eficiente e final. Cada uma explicaria uma dimensão do objeto: 1) sua forma, 2)a matéria de que é feito, 3) o que, numa cadeia lógica, o fez tal como é, 4) por fim, sua finalidade. Mesmo que por outro caminho, ainda é uma explicação racional que dá o aval para o conhecimento.

     A filosofia, aliada à teologia depois da queda do império romano, reinou como forma de conhecimento absoluta até meados dos séculos XVI e XVII. Nessa época, a própria filosofia já começa a questionar os paradigmas e dogmas da filosofia teológica cristã da idade média, por conseguinte, a se colocar novos critérios de verdade e se é possível ou não o conhecimento verdadeiro. Desse modo, surge a ciência empírica, com outra modalidade de conhecimento. Passamos a conhecer um objeto não só quando explicamos racionalmente uma opinião (ou uma tese, teoria), mas precisamos por em experimento tal tese. Isso não só nos daria a certeza do verdadeiro, como também seria um método mais eficaz para o novo modelo de vida e produção que surge na modernidade. Por exemplo, imaginemos que uma cidade queira produzir armas no século XVII. Caso um mestre armeiro queira produzir um tipo específico de arma, ele poderia desenhá-la baseado somente numa teoria aparentemente racional. Isso poderia ocasionar o fato de que, na prática, as armas produzidas não operassem como o previsto. A ciência empírica, ou ciência experimental, faria experimentações com a teoria da arma, de modo que só passaria a produzi-la caso a teoria tivesse o aval da experiência. A ciência se torna não só a disciplina que prova o verdadeiro conhecimento, mas também um meio mais econômico de produção material. A filosofia perde seu estatuto absoluto, mas não morre, permanece colocando problemas e questionando até a própria ciência - vide as grandes críticas de Hume, já no século XVIII. Em suma, a grande diferença do conhecimento filosófico antigo para o conhecimento científico moderno é a exigência de experiências e comprovações neste último, além de suas formulações matemáticas, o que também passou a ser considerado como meio de construir a ciência do objeto.

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