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Logistica

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Por:   •  25/3/2015  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  225 Visualizações

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CUSTO BRASIL – LOGÍSTICA

Damos o nome genérico de custo Brasil a um conjunto de problemas estruturais da economia e burocracia do País, que torna nossos produtos e serviços mais caros e menos eficientes, dificultando investimentos e o crescimento interno.

Não existe uma medida clara do que compõe o Custo Brasil, mas percebemos esse “custo” nas dificuldades enfrentadas pelas empresas com relação aos altos impostos e taxas, sistemas trabalhista, previdenciário e fiscal complexos e pesados, infra-estrutura deficiente (por exemplo: rodovias, portos), corrupção e impunidade em diversos setores da sociedade, déficit público, taxa de juros elevada, dentre outros. Para efeito de exemplo, a carga tributária que incide sobre a economia brasileira é de aproximadamente 40% do PIB (Produto Interno Bruto), uma das mais altas do mundo.De acordo com um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) de 2010, o Custo Brasil faz com que um mesmo produto agrícola seja produzido no Brasil com preço 36% maior do que nos EUA e Alemanha. Entre os componentes do Custo Brasil medido pela Abimaq está o impacto dos juros sobre o capital de giro, que na média gera custo 7,95% superior ao dos concorrentes internacionais, e preços de insumos básicos, cuja diferença de custos é de 18,57% entre a produção nacional e a americana e alemã. Outros fatores de custo adicional: impostos não recuperáveis na cadeia produtiva (2,98%), encargos sociais e trabalhistas (2,84%), logística (1,90%), burocracia e custos de regulamentação (0,36%), custos de investimento (1,16%) e custos de energia (0,51%).

Na área de transportes, temos dois sérios problemas no Brasil: o roubo de cargas e a precária infra-estrutura logística.

Complementando essa série de informações, destaco um número que desafia o bom senso, ainda mais quando se trata do escoamento de uma das principais fontes de recursos externos para o Brasil: o escoamento do agronegócio. Apesar de todos os avanços do agronegócio (mais tecnologia, maior profissionalização, maior produtividade) o presidente de uma grande empresa de terras agrícolas no Brasil destaca que a falta de infra-estrutura é gritante: o transporte rodoviário da soja cultivada no Mato Grosso até o porto de Santos, por exemplo, tem um custo três vezes maior que o frete cobrado para levar a commodity do Brasil à China. Você leu certo. É mais barato mandar a soja pro outro lado do planeta que transportá-la aqui dentro do país.

O quesito roubo de carga não deixa de ser também relevante e importante. De acordo com a Fenseg (Federação Nacional dos Seguros Gerais), a situação é tão grave que algumas seguradoras têm saído da área ou se recusado a fazer apólices de empresas de setores como eletroeletrônicos, celulares e medicamentos. O roubo de cargas no estado de São Paulo, por onde circulam 53% das cargas transportadas no país, cresceu 23% no primeiro semestre do ano passado.

Segundo Paulo Roberto de Souza, coronel reformado do exército e assessor de segurança da federação e da associação nacional de transportes, os custos com seguros e medidas de gerenciamento de risco das empresas giram entre 12% e 15% com relação ao faturamento anual, em média. “Mas conheço empresas de grande porte nas quais o valor chega a 17% do total”, diz

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