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Marketing - Adversidade Imobiliária

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Por:   •  2/12/2013  •  2.474 Palavras (10 Páginas)  •  234 Visualizações

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Tema: Adversidade imobiliária

Introdução

Nos anos anteriores, a população da cidade de Quirinópolis-GO, presenciou um crescimento da economia fabuloso, que possivelmente não se repetira. A oferta de empregos aumentou, o comércio aqueceu, investimentos no setor privado alcançaram índices históricos.

Os preços dos imóveis dispararam, aluguéis passaram do teto, o setor da construção civil sofreu o maior aumento de todos os tempos, o preço da mão de obra disparou. Loteamentos, mini condomínios, casas populares, construtoras, canteiro de obras gigante. Mas como a história de booms imobiliários nos mostrou por vezes e mais vezes, o sonho uma hora tem que acabar.

Para saber qual a presente e futura situação do Setor imobiliário de Quirinópolis, primeiro vamos analisar o que alavancou o crescimento econômico da nossa cidade, para que possamos avaliar qual será sua consequência, e se podemos buscar soluções para evitar ou pelo menos minimizar um possível quadro negativo.

Analise

Quirinópolis é um município goiano de aproximadamente 45 mil habitantes situado a 272 Km da capital, Goiânia, fundado inicialmente em meados do século 19, por famílias advindas do sul de Minas Gerais e de São Paulo. O município está as margens do Rio Paranaíba, e tem o privilegio de estar em um dos maiores pólos de agronegócios do país, o pólo que compreende as cidades de Rio Verde e Jataí.

A cidade viveu toda sua historia em torno de dois negócios: Agricultura e Pecuária. A cidade era pacata, as ruas calmas e tranquilas, e o comercio caminhava lentamente na medida normal para uma pequena cidade do interior. O cenário mudou drasticamente a partir do final do ano de 2003, inicio de 2004, quando a cidade começou a receber aquele que seria um marco no perfil econômico da cidade, com a chegada da primeira usina de Cana de Açúcar, hoje mais conhecida por Usina Bioenergética, seguindo logo depois, pela chegada da segunda.

O setor sucroenérgetico veio com o propósito de transformar essa municipalidade através da industria da cana de açúcar, principalmente com a produção de etanol. Sua proposta era de tornar Quirinópolis no maior produtor de bio combustível do mundo até 2016. A cidade rapidamente se transformou se um dos grandes destinos de trabalhadores migrantes de outros estados que vieram suprir a escassez de mão de obra, tanto qualificada quanto não qualificada, necessária para a imediata implantação as refinarias. A cidade chegou a ser citada a revista EXAME como novo pólo de empregos, a nível nacional.

Outros fatores foram importantes para o crescimento econômico da cidade nos últimos anos, e por incrível que pareça, o principal fator esta a milhares de quilômetros de distancia , tem olhos puxado, e fala madarim. China

O crescimento astronômico da China na ultima década foi responsável por grandes parte do crescimento econômico do brasil. A demanda por nossas commodities e isso nós temos de sobra, para suprir a sede de crescimento dos chineses provocou um efeito cascata em todos os setores da economia brasileira. Mas o que isso tem haver com o setor imobiliário em Quirinópolis? Tudo. bom , na realidade em tudo,mas muito.

Com a escassez de recursos naturais na China, que adotou o Brasil como um de seus principais parceiros, e crise econômica mundial de 2008(ironicamente desencadeada por uma crise imobiliária, nos EUA), o mundo abriu os pra um mercado promissor, tropical, rico em recursos naturais, de gente feliz, de democracia, o país do samba e do futebol, o nosso querido Brasil. O mercado internacional começou a despejar dinheiro no país, em ações na bolsa, empresas, construtoras, imóveis off-plan, imóveis físicos, enfim, o tipo de investimento que faria brilhar os cifrões nos olhos do tio Patinhas. Só não contavam com a ignorância, a burocracia e a corrupção dos gestores deste país.

A inserção das usinas no cenário econômico de Quirinópolis mudou drasticamente a vida dos cidadãos dessa cidade. Apesar do aumento do poder aquisitivo, principalmente da classe média, os problemas não tardaram a aparecer. As ruas já não são mais aquelas ruas pacatas e tranquilas, o barulho aumentou, a criminalidade aumento, problemas de transito falta de planejamento, além do principal e tão menosprezado, o impacto Ambientais.

Com o aumento do poder aquisitivo e das linhas de credito, e com chegada dos migrantes, o numero de veículos na cidade aumentou de cerca de cinco mil para vinte e cinco mil automóveis nos últimos anos. Apenas de 2010 a 2012, a quantidade de acidentes aumentou em 52%, e acidentes com vitimas em 31% segundo dados da 12ª CIPM.

O que também aumentou foi a facilidade de credito e linhas de financiamento imobiliário, principalmente pela Caixa Econômica Federal. Nenhum segmento teve tanto impacto quanto o setor habitacional. Construção Civil, loteamentos e setor imobiliário tiveram aumento astronômico. Casas que a oito anos atrás foram vendidas por quarenta mil a cinquenta mil, hoje não custam menos de duzentos mil. O preço médio dos imóveis disponíveis no Bairro Morumbi, por exemplo, fica em torno de duzentos e noventa e cinco mil. Terrenos que valiam quinze mil a 5 anos atrás, hoje saem por noventa mil. O aluguel também aumentou. Uma casa de três quartos custa em média R$900. Vale lembrar que a renda per capita do "quirinopolino" segundo o SEBRAE, 2010, é de R$805.

Como a demanda por moradia aumentou, os investidores gozaram por certo tempo de lucros muito acima da média BDI(Budget Difference Income) ou Benefício e Despesas Indiretas na tradução livre, que fica em torno de 35% nos imóveis prontos. Fala-se inclusive de lucros de 100%, isso, num período de nove meses entre construção e venda. Do ponto de vista do investidor, isso é muito bom, obviamente. No entanto, do outro de vista econômico, e principalmente, do ponto de vista social, esses índices são extremamente inviáveis pois prejudica o desenvolvimento sustentável do negocio, e ainda, praticamente elimina a chance do trabalhador ordinário obter a casa própria.

Avaliando a quantidade e o valor dos imóveis disponíveis no mercado de venda da cidade hoje, os seguintes dados foram obtidos.

 Uma casa usada de três quartos custa em média R$244mil

 Uma casa nova de três quartos custa em média R$290mil

 Uma casa nova de três quartos no Bairro Morumbi custa em média R$295mil

 Uma casa nova de três quartos no Bairro Sol Nascente custa em

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