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O Caso De Chernobyl

Por:   •  21/9/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  135 Visualizações

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Pensar nas usinas nucleares como grandes máquinas a vapor para a exemplificação é o seguinte, temos o núcleo do reator que é composto por urânio, o mesmo quando decai gera energia como subproduto, e é essa energia que será aproveitada, então é colocado um cano de água perto do combustível, a energia liberada pelo decaimento do urânio aquece a água que então entra em ebulição e vira vapor, e esse vapor é canalizado até uma turbina fazendo-a girar, então é ai que a energia elétrica surge. E para a repetição do processo é preciso canalizar o vapor, e logo após resfria-lo, até virar água liquida, enquanto o urânio e o núcleo do reator estiver funcionando ele vai continuar aquecendo a água, então é esse o processo que utilizam na geração de energia nas usinas. Logo, é possível ter noção que operar uma usina é muito mais complexo do que imaginam, e para um maior controle dessa energia que está sendo gerada, há uma necessidade de um moderador e hastes de controle. Não é seguro fazer com que o urânio decaia totalmente, ou nunca decaia, para que a água vire vapor, então para obter um controle maior é adicionado o moderador, e no caso especial de Chernobyl, utilizava-se o moderador de grafite.

  • Função do moderador – os nêutrons liberados pelo decaimento radioativo do urânio possuem velocidades altíssimas e para garantir que a reação da cadeia do urânio continue por bastante tempo é preciso desacelerar esses nêutrons para obter mais chances de serem absorvidos por outros átomos de urânio e com isso continuar a reação em cadeia. Dentro da usina também  é preciso das hastes de controle para ajudar na constante, pois, se perder o controle do decaimento dos átomos de urânio, obtém-se problema.
  • Reator RBMK – Reaktor Bolshoy Moshchnosty Kanalnyy  (Reator Canalizado de Alta Potência). O reator ao qual citado possui vários componentes que transmitiam insegurança, os soviéticos usavam água para refrear o núcleo junto ao grafite, tornando-se algo peculiar, pois, a água já pode ser usada como moderador de nêutrons quanto um absorvedor , o fator do moderador RMBK possuírem grafite como moderador, criava uma situação perigosa.

  • O teste

No dia do teste, os operadores começaram a diminuir a potência do reator, e 12 horas depois do inicio do processo, o reator estava operando com 50 % da potencia normal, logo que o reator diminuísse para 30% iriam começar os testes, mas, inesperadamente os controladores da rede elétrica, pediram para que os teste fossem interrompidos, pois, havia uma grande demanda energética, e portanto o reator precisaria está funcionando, assim os operadores deixaram o reator operando com a sua capacidade de 50% por mais 9 horas, então após umas horas os controladores permitiram que o teste desse prosseguimento, então ai as coisas começaram a dar errado, o teste era pra ser feito durante o dia com uma equipe devidamente preparada, mas, a equipe já havia ido embora, assim o turno da noite daria continuidade com o teste, que por sua vez não estava preparada. O xenônio começo a se acumular então teria sido como envenenamento do reator e a consequência disso a potência continuara a diminuir apesar dos operadores não terem feito mais nenhuma alteração, logo, o supervisor do turno noturno começou uma discursão com o chefe engenheiro mostrando que no manual mandava que a potência do reator não poderia ser menor que 700 megawatts, mas, o engenheiro afirmava que 200 megawatts seriam seguros, então logo ouviram o engenheiro, e o teste seguiu, a potência do reator continuou a cair por causa do envenenamento do xenônio, quase chegando na potência de desativar o reator, quando ela chegou em 5% do mínimo necessário para a realização do teste, os operadores decidiram tirar a maioria das hastes de controle para fazer a potência aumentar, assim o reator continuava cada vez mais instável, apesar de que conseguiram atingir novamente a potencia de 200 megawatts o envenenamento estava cada vez maior, logo depois, um operador que estava próximo ao reator, notou que as tampas das hastes de controle estavam pulando sem parar em cima do reator, detalhe, cada uma dessas tampas pesavam 350 quilogramas.

 Nesse ponto todas as bombas de água que eram usadas para resfriar estavam funcionando com pouca energia, assim diminuiu a quantidade de água que conseguia chegar no sistema sendo ai que entra o coeficiente de vazio positivo, bolhas de vapor começaram a se formar na água que deveria resfriar o núcleo, o vapor diferente da água liquida, quase não consegue absorver nêutrons a reação estava completava descontrolada, conforme mais e mais água ia se transformando em vapor. O único elemento que absorvia os nêutrons teria sido tirado do sistema, já que todas as hastes de controle haviam sido tiradas no núcleo naquele momento, sendo assim, a única coisa que restava era o moderador de grafite , que fazia a reação ocorrer rapidamente, então o reator começou a esquentar rapidamente, e a potência aumentando sem controle, então o supervisor apertou o botão de emergência AZ-5 para desligar o reator. As hastes de controle que deveriam ser colocadas rapidamente para desativar o reator, travaram logo no começo, o reator chegou a 120 vezes a sua potência normal de operação e cada vez mais vapor estava se acumulando na tubulação, a tampa de 1000 toneladas é arremessada pra cima por conta da explosão, o núcleo agora estava exposto, conforme o oxigênio entrava no núcleo o grafite que servia como moderador, começou a pegar fogo.

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