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O Estudo das Classes C D e E Revela Oportunidades Para o Setor de Alimentos

Por:   •  9/8/2015  •  Artigo  •  866 Palavras (4 Páginas)  •  428 Visualizações

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Estudo das classes C D e E revela oportunidades para o setor de alimentos

A consultoria Plano CDE, especializada no universo das classes C, D e E, apresenta os resultados de um estudo feito para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que revela oportunidades para o setor de alimentos no Brasil a partir do avanço da qualidade nutricional dos produtos destinados aos consumidores de baixa renda.

Para desenvolver o mapeamento, a Plano CDE ouviu 18 executivos de grandes e médias empresas, incluindo seis das 10 maiores empresas de alimentos do País, localizadas em São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Paraná. A metodologia também envolveu entrevistas com os Ministérios da Saúde e de Desenvolvimento Social e com os líderes das principais ONG’s da área de nutrição do País.

Haroldo Torres, economista, demógrafo e diretor da Plano CDE, explica que, de uma forma geral, as ações voltadas para os consumidores da base da pirâmide têm encontrado um terreno fértil, seja em função do crescimento econômico dos países emergentes verificado na última década como pelo potencial desses mercados como fonte significativa de expansão dos negócios.

“No Brasil, por exemplo, as classes de menor renda têm se beneficiado do aumento na oferta de alimentos, devido tanto às melhorias na distribuição de renda quanto ao desenvolvimento do agronegócio”, observa Torres.

Contudo, para as empresas entrevistadas, alguns obstáculos inibem o avanço da oferta de soluções nutricionais para consumidores de menor renda. Entre as principais queixas estão a morosidade para aprovar o desenvolvimento de novos produtos, com atrasos que podem chegar a até um ano; a regulamentação rigorosa sobre a rotulagem de produtos e a restrição às estratégias de comunicação. “Tudo isso implica o aumento dos custos e riscos para as empresas que tentam inovar”, explica o diretor da Plano CDE .

A maioria das empresas apontou barreiras, que variam de acordo com o perfil de cada uma. Entre as nacionais e regionais, os principais entraves para crescer no mercado de alimentos para esse segmento estão relacionados aos problemas fiscais e ao desenvolvimento de produtos com boa qualidade nutricional de baixo custo. Já as multinacionais enfatizaram as dificuldades de distribuição e a mudança da mentalidade corporativa, tradicionalmente voltada aos mercados de alta renda.

Ambos os perfis, entretanto, consideram a adequação dos preços dos produtos à realidade dos consumidores das classes C, D e E uma barreira importante de se equacionar para avançar no desenvolvimento de itens para esse mercado.

Segundo o estudo, as multinacionais lideram as poucas iniciativas específicas registradas para o consumidor da base da pirâmide, com investimentos no desenvolvimento de produtos destinados a esse perfil de cliente, potencializando a qualidade nutritiva dos alimentos. As principais multinacionais entrevistadas têm uma atuação definida para as classes C, D e E e buscam soluções nutricionais que atendam a essa demanda. Segundo o levantamento, esse perfil de empresa tem como foco as vendas e os resultados, empenhando-se em adaptar a marca da empresa, os modelos de negócios e a cultura corporativa às necessidades desses consumidores.

Sob o aspecto do desenvolvimento nutricional, muito pouco é feito pelas empresas nacionais, que, em geral, se mostram menos informadas, mas preocupadas em atender os requisitos legais e acompanhar as tendências de enriquecimento nutricional verificadas junto à concorrência, principalmente as multinacionais. Ainda assim, mesmo sem uma estratégia definida para a baixa renda, elas estão presentes nesse segmento. Suas estratégias de negócio estão alinhadas ao ambiente regional, aliando preço e distribuição às características locais, e seus nutricionistas dedicam-se às questões regulatórias.

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