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Relação entre a taxa de câmbio e a balança comercial entre 1995 e 1998 e 2003 e 2006

Seminário: Relação entre a taxa de câmbio e a balança comercial entre 1995 e 1998 e 2003 e 2006. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/9/2014  •  Seminário  •  910 Palavras (4 Páginas)  •  273 Visualizações

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Este trabalho tem por objetivo examinar a relação existente entre a taxa de câmbio e o resultado da balança comercial nos períodos compreendidos entre os anos de 1995 e 1998 e os anos de 2003 e 2006. Esta análise busca responder as razões pelas quais a valorização do câmbio resultou em déficits na balança comercial no primeiro período analisado e permitiu a existência de um considerável superávit no segundo período.

2. Análise do período de 1995 a 1998:

Este primeiro período foi caracterizado pela recente implantação do Plano Real, por meio de uma política econômica que estava baseada em três princípios básicos: 1º) forte apreciação da taxa de câmbio, 2º) aumento da taxa de juros real e 3º) superávit fiscal primário.

Para dar credibilidade ao Real perante o mercado externo, o Governo precisou aumentar suas reservas internacionais em dólar, por meio de uma maciça compra desta moeda no período de transição que antecedeu sua implementação, atingindo um nível bastante superior à quantidade de reais em espécie nas mão dos brasileiros e em poupança. Com isso foi possível atrair a confiança dos investidores visto que a economia estava lastreada em dólares e nossas reservas desta moeda eram suficientes para eventuais trocas por reais.

Com a intenção de manter a estabilidade de preços o governo promoveu a abertura para importações, por meio da redução de tarifas e indexou a economia ao dólar, caracterizado pelo uso de uma âncora nominal onde o Banco Central, através de uma banda assimétrica, determinava na prática a taxa de câmbio dentro de uma mini-banda. O quadro 1 apresenta a trajetória da taxa de câmbio nominal no período.

Quadro 1 – Taxa de câmbio nominal no período de 1995 a 1998

Este período também foi caracterizado pelo contágio de crises externas, como a do México e da Ásia, que promoveram uma forte pressão sobre as reservas em dólares, fazendo com que o governo mantivesse as taxas de juros em patamares elevados com a finalidade de atrair mais capital estrangeiro e assim reduzir a pressão sobre o câmbio e manter nossas reservas cambiais a níveis significativos para época, conforme ilustrado no quadro 2.

Quadro 2 – Reservas internacionais

De acordo com Meyer, Paula e Pires, a implantação do Plano Real, em julho de 1994, e a combinação de fatores como estabilidade da moeda, apreciação da taxa de câmbio nominal, redução das tarifas e utilização de importações como forma de controle de preços domésticos são apontados como os principais fatores explicativos para o crescimento das importações e queda das exportações e, consequentemente, para a deterioração das contas externas neste período, conforme apresentado nos quadros 4 e 5, ainda que tenha havido uma valorização do câmbio no período.

Quadro 4 – Balança comercial – FOB, período de 1995 a 1998

Quadro 5 – Transações Correntes.

3. Análise do período de 2003 a 2006:

Após a crise cambial de janeiro de 1999, a taxa de câmbio nominal é caracterizada por uma alta volatilidade, com intensos movimentos de desvalorização. A partir de 2003 a trajetória da taxa de câmbio se inverte, passando a apresentar um movimento de forte apreciação, conforme apresentado no quadro 6, e os números da balança comercial e das transações correntes iniciam uma tendência de crescimento positivo, conforme apresentado nos quadros 7 e 8.

Quadro 6 – Taxa de câmbio nominal entre 2003 e 2006.

Quadro 7 – Balança comercial – FOB, período de 2003 a 2006.

Quadro

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